Com o passar do tempo, nossa pele pode adquirir uma aparência diferente, normalmente relacionada ao envelhecimento, incluindo manchas, rugas e flacidez. Ao perceber que diversas mulheres ficam descontentes com essa mudança, a indústria da beleza despeja no mercado diversos lançamentos, produtos conhecidos como “anti-idade” e que prometem reverter, pausar ou desacelerar o envelhecimento cutâneo. Mas será que esses produtos funcionam?
SIGA O SITE RG NO INSTAGRAM
De acordo com o dermatologista Jardis Volpe, esses cremes funcionam, desde que sigam as orientações de um médico, que irá analisar a necessidade da pele de cada paciente e prescrever a formulação adequado às suas alterações. Normalmente, esses cosméticos estimulam o colágeno e elastina, fibras de sustentação da pele, mas não tem o mesmo efeito de um equipamento ou de uma cirurgia mais intensiva.
“Independentemente da idade do paciente, seja aos 40 ou 80, eles podem ter rigas naturalmente, mas precisam ter uma pele tratada, bonita, viçosa, luminosa, tonificada e hidratada. Por exemplo, uma senhora de 80 anos deve ter naturalmente sulcos e marcas, mas pode e precisa ter uma pele luminosa, com um quadro de tonicidade e uma derme reconhecida como bem cuidada”, diz a dermatologista Claudia Marçal.
A médica conta que as formulações estão cada vez mais avançadas, com o uso de tecnologias e cosméticos cujas formulações apresentam bio e nanotecnologia, que permite que os princípios ativos atinjam realmente o local desejado. “Antigamente, as formulações dificilmente passavam da primeira camada da pele. Hoje, a ciência consegue que os ativos cheguem onde devem agir”, completa.
Limpeza
Quanto mais a pele estiver higienizada, melhor será a penetração dos ativos. Por isso, é fundamental tirar a maquiagem, limpar com sabonete, esfoliar uma ou duas vezes na semana e aplicar o tônico.
“A rotina para essa paciente é iniciada com a higienização facial, tanto de manhã quanto a noite, com sabonetes naturais. Seguida por uma limpeza com um tônico – sem álcool e com extratos calmantes, para uma pele normal a seca, ou com substâncias adstringentes, para uma pele mais oleosa. Esse produto vai trazer vai trazer o benefício de complementar a higiene, mas também acalmar, hidratar, dessensibilizar, restabelecer o pH entre 5.2 e 5.5 e deixar o tecido pronto para a etapa de hidratação e tratamento”, indica o dr. Volpe.
Mas não adianta achar que o creme anti-idade sozinho poderá fazer milagres. Existem muitos hábitos que devem ser mudados, segundo a dermatologista Kédima Nassif. “Manter uma alimentação balanceada, por exemplo, é fundamental para oferecer os nutrientes para deixar o cabelo e a pele mais bonitos. A ingestão de vitaminas A, C e E são fundamentais, pois são poderosos antioxidantes que combatem os radicais livres e retardam o envelhecimento da pele”, acrescenta.
Alguns suplementos também podem ser indicados, segundo a dra. Marçal, pois eles agem de dentro para fora, promovendo estímulo ao colágeno, atuando como antioxidante, antiglicante (revertendo o efeito do açúcar na pele), anti-inflamatório e nutritivos. Além disso, segundo a dra. Kédima, o filtro solar deve ser usado por todos, já que é o principal meio de prevenção do envelhecimento e do câncer de pele.
Segundo a dermatologista Paola Pomerantzeff, a partir dos 30 anos observamos os primeiros sinais do envelhecimento cutâneo devido ao início da diminuição do colágeno e elastina e diminuição da secreção sebácea com alteração do nível de hidratação da pele.
“Com isso, podemos observar as primeiras rugas finas ao redor dos olhos e o aparecimento de manchas. Por isso, devemos utilizar hidratantes com antioxidantes e estimuladores da produção de colágeno. Se o paciente tiver manchas, o uso de despigmentantes e renovadores celulares são bem-vindos, desde que haja a orientação pelo dermatologista”, afirma a médica.