Top

É possível continuar ou iniciar o tratamento de manchas de pele no verão?

Foto: Pexels

Durante muito tempo, tratamento de manchas no verão era usar protetor solar – impedindo que o raio solar produzisse mais manchas – e só. As tecnologias em consultório, os produtos home care, tudo ficava para as estações mais frias do ano. Pegar sol sem nenhum tipo de proteção é especialmente prejudicial, podendo acarretar uma série de complicações, como o aparecimento de manchas que causam grande desconforto estético.

SIGA O RG NO INSTAGRAM

“A exposição desprotegida à radiação ultravioleta promove um aumento na produção de melanina, pigmento responsável por conferir cor à pele. Como resultado, podemos notar o surgimento de alterações como o melasma, caracterizado por manchas marrons que surgem principalmente no rosto de mulheres, e as melanoses solares, também conhecidas como manchas senis, que são lesões benignas que surgem em áreas expostas cronicamente ao sol, como mãos e face”, afirma a Dra. Roberta Padovan, médica pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética.

Mas com o avanço de ativos, cremes e lasers, que agora são tão ou mais eficientes que os ácidos fotossensíveis e os lasers ablativos, que retiram a primeira camada da pele, é possível até mesmo iniciar o tratamento de manchas nas altas temperaturas.

Cosmético “antiaçúcar” e antioxidante

As manchas na pele surgem pela produção exacerbada de melanina, mas as manchas não são todas iguais, apesar de originarem da mesma célula. Até mesmo o alto consumo de açúcar pode influenciar.

“Nosso melanócito é a célula da nossa pele que libera melanina para protege-la das agressões e produz manchas. Dentro da pele ele fica apoiado em cima de toda a estrutura colágena. Quando este
colágeno está normal, o melanócito também trabalha dentro da sua normalidade e a pele não mancha. Quando este colágeno recebe a ação deletéria do excesso de açúcar, ele endurece e o melanócito fica
desconfortável em seu habitat e dispara uma liberação de melanina além do normal”, explica Ludmila Bonelli, cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle.

Por isso a importância de usar dermocosméticos com ativos antiglicantes como base para uma pele sem manchas. Assim será possível combater os danos do açúcar na pele, protegendo as fibras de colágeno e os melanócitos, aumentando a saúde imunológica do tecido cutâneo e revertendo hipercromias para garantir uma pele mais luminosa, com melhor textura e tom mais uniforme.

Booster de Vitamina C

Atualmente o mercado está buscando ativos que atuem de forma global e sinérgica, para potencializar ação de outros ativos.

“A Vitamina C, por exemplo, é um antioxidante que age como verdadeiro defensor da nossa pele e atua para neutralizar os radicais livres, que causam danos às células da pele e, portanto, causam rugas. Além disso, ela também aumenta a produção de colágeno e tem efeito clareador, por inibir a tirosinase, enzima que produz a pigmentação”, explica a Dra. Roberta Padovan.

O destaque, agora, está no booster de Vitamina C, um ativo botânico extraído de uma fonte riquíssima de vitamina C, uma super fruta australiana Kakadu plum, ameixa australiana. O produto, além de atuar no estímulo de SVCT-1, transportador da vitamina C nos queratinócitos, também promove luminosidade cutânea, reduz a vermelhidão e melhora a uniformidade do tom da pele.

Laser ultrarrápido Pico Ultra 300

O laser de picossegundos é extremamente rápido e potente para destruir o pigmento causador das
manchas, atuando como grande aliado no combate ao melasma, segundo a dermatologista Dra. Andressa Soares de Deus, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Com efeito fotomecânico quase puro, o laser de picossegundos  leva a um clareamento impactante com
baixo risco de hiperpigmentação pós-inflamatória, já que há pouco efeito fototérmico. A grande vantagem é que há uma resposta clinicamente visível já nas primeiras sessões, que deixa o paciente
satisfeito e estimulado a completar o tratamento”, afirma a médica.

Além disso, o procedimento pode ser realizado em pacientes de fototipo alto e bronzeados com segurança, e permite o uso em todos os períodos do ano, incluindo em locais de clima quente. Já na primeira sessão é possível ver resultados de clareamento, associado ainda a melhora de
textura e qualidade de pele, de acordo com Andressa.

Peptídeo biomimético

Segundo a farmacêutica Patrícia França, outro ativo de destaque para atuar no clareamento de manchas é o peptídeo biomimético.

“Ele atua inibindo a via celular do MITF, fator de transcrição associado a microftalmia, que é uma proteína que controla grande parte da formação de melanina. Vale destacar que os melhores resultados são obtidos quando há um tratamento 360 graus, in e out. No contexto in podemos citar os antiglicantes, desglicantes associado aos antioxidantes. Uma boa opção via oral seria Glycoxil, um peptídeo anti e desglicante, associado à vitamina C, E e polifenóis da uva”, explica a farmacêutica.

Mais de Beleza