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Thelminha: “Esse é um Carnaval de reencontro com a minha ancestralidade”

Thelminha – Foto: Sergio Baia

Abram alas para Thelma Assis! A médica e apresentadora terá um Carnaval agitado como musa de alguns dos blocos e escolas mais importantes do País. Neste domingo (12.02), ela vai desfilar no Unidos do Bar Brahma, em São Paulo, ao lado de Sabrina Sato e do grupo Molejo – mas não para por aí.

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Thelminha, que é sambista há 18 anos, ainda será o destaque de chão da Mocidade Alegre e musa da Mangueira. As duas escolas trazem neste ano enredos de valorização da cultura afro-brasileira, que também é algo intrínseco à trajetória da campeã do BBB 20.

“Eu me sinto muito honrada. Uma das melhores sensações que tenho desde que me tornei figura pública é quando escuto alguma menina dizer que se enxerga ao me ver na TV, em uma capa de revista, ou que a minha história encorajou ela a seguir o sonho de entrar em um curso de medicina, por exemplo. Porque eu também já estive nesse lugar e sei o quanto a representatividade faz a diferença”, conta em entrevista ao RG.

“Esse é um carnaval especial de celebração e reencontro com a minha ancestralidade. Os enredos da Mocidade e da Mangueira são fortes e me trazem sensação de pertencimento. Fiz questão que as minhas fantasias dos ensaios contassem algo que impulsionasse essas histórias que serão apresentadas na avenida.”

Sua ideia para o ano que vem é realizar a segunda edição do Sambadela, seu evento voltado para sambistas e o protagonismo do povo preto. “Quero que a próxima edição seja aberta ao público”, afirma.

Para se preparar para a verdadeira maratona que será seu Carnaval, ela tem acompanhamento de dois personal trainers, além de treino de eletroestimulação, fisioterapia e aula de samba.

Leia abaixo o papo completo com Thelminha:

RG – Você se apresenta pela primeira vez no Bloco Unidos do Bar Brahma. Como surgiu o convite e como se sente em participar do evento ao lado da Sabrina Sato?

Eu sou musa do Camarote Bar Brahma e o Unidos do Bar Brahma é o bloco oficial do camarote. Assim recebi o convite para participar e fiquei muito animada, porque adoro blocos de rua. Fazem muito parte da minha memória afetiva, porque lembro de quando era adolescente e minha mãe me levava para assistir aos bloquinhos da cidade. A Sabrina é a rainha do nosso camarote e eu estou muito feliz de estar ao lado dela em um momento que é tão significativo para nós duas.

Thelminha será musa da Mangueira no Carnaval 2023 – Foto: Sergio Baia

RG – Quais suas expectativas para essa verdadeira maratona que será seu Carnaval?

As expectativas são as melhores! Depois de dois anos, estamos voltando com o Carnaval no mês de fevereiro, o que nos possibilitou seguir com os nossos ensaios de ruas e técnicos que são tão importantes para nós sambistas. É o Carnaval raiz, do melhor jeito que a gente sabe fazer e eu já estou com o coração a mil para entrar na avenida!

RG – Você desfila nas escolas de samba em São Paulo há 18 anos. Como se sente ao ser reconhecida como musa de grandes escolas?

Eu fico muito feliz e realizada, porque como você disse, eu sou sambista há 18 anos e já passei por todos os setores de uma escola de samba. Já fui passista, já fui ritmista. Então hoje ser o destaque de chão da Mocidade Alegre, minha escola do coração, e musa de uma escola de samba tão grande como a Mangueira, é olhar para o caminho que construí e venho construindo em algo tão importante para a minha vida como o Carnaval.

RG – Como você tem se preparado para o Carnaval, tanto fisicamente quanto mentalmente?

Super! Eu estou em uma maratona intensa entre Rio e São Paulo desde janeiro por conta dos ensaios, então o preparo físico também precisa ser intenso. Estou sendo acompanhada por uma equipe que envolvem dois personais – um para treino de musculação e ganho de massa e outro para treino aeróbico, para ganhar resistência. Também faço treino de eletroestimulação, fisioterapia e aula de samba. Além da dieta balanceada. Também faço acompanhamento com nutrólogo.

RG – Tanto a Mocidade quanto a Mangueira trazem enredo de valorização da cultura afro-brasileira, trazendo mensagens de inspiração e representatividade, e você também é um grande símbolo nesse sentido para o Brasil. Como é para você ter esse papel?

Obrigada! Eu me sinto muito honrada. Uma das melhores sensações que tenho desde que me tornei figura pública é quando escuto alguma menina dizer que se enxerga ao me ver na TV, em uma capa de revista, ou que a minha história encorajou ela a seguir o sonho de entrar em um curso de medicina, por exemplo. Porque eu também já estive nesse lugar e sei o quanto a representatividade faz a diferença. Esse é um carnaval especial de celebração e reencontro com a minha ancestralidade. Os enredos da Mocidade e da Mangueira são fortes e me trazem sensação de pertencimento. Fiz questão que as minhas fantasias dos ensaios contassem algo que impulsionasse essas histórias que serão apresentadas na avenida.

RG – Quando você olha para trás, imaginou que chegaria até aqui? O que diria para a Thelminha adolescente?

Eu sempre tive muito sonhos e determinação para correr atrás deles e alcançá-los. Por mais que os obstáculos sempre existiram em minha vida e de onde eu vim tudo era mais difícil, aprendi com minha mãe a nunca duvidar da minha força e capacidade. Posso estar vivendo experiências ainda maiores do que já pensei, mas sempre me imaginei realizada e vivendo coisas incríveis. Ah, eu diria para continuar acreditando, porque vai dar certo.

RG – Já está pensando nos planos para o Carnaval do ano que vem?

Meu plano mais certo é continuar levando o samba que eu amo tanto para a avenida e para as ruas. Quero também realizar a segunda edição do Sambadela, meu evento voltado para sambistas e o protagonismo do povo preto. Quero que a próxima edição seja aberta ao público.

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