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Dia do Carménère – a a uva Fênix

Foto: Pixabay

Ressureição e resiliência são duas palavras que definem a essência da Carménère, cepa mais emblemática do Chile, que responde por 10% de toda a produção mundial de vinhos tintos. Depois de sua extinção em Bordeaux em meados do século 19, ela ressurgiu no Chile graças ao plantio de vinhas da espécie trazidas por imigrantes franceses. E ali cresceu e se proliferou vindo a ocupar cenário de destaque na viniviticultura chilena, passando inclusive a ter um dia e um terroir para chamar de seu. Nesse 24 de novembro, há bons motivos para erguer as taças com belos carménères chilenos e relembrar sua origem e saga, pois é a data em que se comemora o Dia do Carménère.

Na Concha Y Toro, quatro rótulos interpretam a grandeza da Carménère, cada um revelando características e personalidades distintas dentro de seus respectivos segmentos. E o melhor de tudo: de 24 a 27 de novembro a vinícola chilena irá oferecer 20% de desconto em uma seleção especial de vinhos Carménère – Gran Reserva, Marques de Casa Concha, Terrunyo e Carmín de Peumo – na sua loja virtual www.descorcha.com/br por meio do código Carmenereday .

Carmín de Peumo, integrante da The Cellar Collection, apresenta tonalidade vermelho escuro profundo com tons violeta. No nariz, é muito elegante, complexo e mineral, com notas de amora e um toque de cassis. Preenche a boca com taninos maduros subjacentes. Profundo, concentrado, com um retrogosto longo e matizes características do terroir de Peumo. Apresenta nuances de grafite e minerais. Fácil de beber, como um assemblage moderno de Bordeaux, mas com a fineza e o toque frutado do Novo Mundo.

Terrunyo, o primeiro vinho a ter a identidade Carménère em seu rótulo, em 1998, é o melhor embaixador de Peumo, um dos melhores terroirs para esta cepa. Profundo, de cor púrpura e escura, mostra todo o caráter da Carménère, com notas de mirtilos e bagas, cedro e violeta. Na boca é fresco e frutado. Delicado, com acidez rica e taninos doce, fruta abundante e final longo e persistente. 

Marquês da Casa Concha Carménère mostra o perfil clássico do Carménère de Peumo e representa o bom caminho desta cepa no Chile. De cor vermelho profundo e escuro, com notas intensas de ameixas maduras, salsaparrilha preta e chocolate amargo, o vinho mostra uma estrutura tânica firme e acidez marcada.

Gran Reserva Carménère, de cor púrpura intensa e escura, traz no nariz muito mirtilo, páprica grelhada e um toque de pimenta negra e branca. Apresenta boa concentração de aromas, e na boca é frutado, com sabor fresco, acidez rica, taninos doces com muita fruta, que lhe conferem um final longo. O potencial de guarda é de 5 anos, e este rótulo combina bem com queijos maduros e a típica cozinha chilena.

Estima-se que a Carménére tenha chegado ao Chile entre 1840 e 1890, misturada com outras variedades de videiras tintas trazidas por viticultores chilenos convencidos do grande potencial destas terras para o desenvolvimento do vinho. Durante décadas, a cepa foi cultivado na crença de que era uma variedade chilena de Merlot, conhecida como “merlot chileno”. Em 1994, o ampelógrafo francês Jean Michel Boursiquot, visitando o país, identificou o “Merlot chileno” como Carménère. Redescobrir essa uva tinta no país teve enorme relevância na história do vinho chileno.

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