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Nathalia Gibson: “Não quero falar sobre negritude só em novembro”

Nathalia Gibson – Foto: Divulgação

Em 20 de novembro comemoramos o Dia da Consciência Negra, mas é durante todo o mês de novembro que questões sobre racismo, igualdade, inclusão e a cultura afro-brasileira são discutidas. É nesta época que é enfatizado o fato de o negro ter um lugar na sociedade e, também, é o símbolo da luta de resistência diária que essas pessoas têm até hoje.

Para a influencer Nathalia Gibson, ainda há um longo caminho a percorrer para combater o racismo. “Infelizmente é algo que está presente na estrutura da sociedade. A população normalizou práticas, vocabulário e situações. E isso interfere diretamente nas relações pessoais, institucionais, econômicas, culturais… E, apesar de estarmos progredindo dia após dia, a luta está bem longe do fim”, afirma.

Inclusive, ainda é difícil explicar sobre racismo para aqueles que não sentem diariamente a discriminação. E, como dito antes, algumas crenças e práticas estão enraizadas na sociedade, o que torna comum a reprodução delas, embora seja totalmente errado. 

“Acredito que a forma mais correta de lidar com essas situações é cuidando do seu psicológico, porque causa danos a pessoa que sofre. E claro, recorrer ao judiciário. Afinal, racismo é crime, e aquele que o pratica precisa ser penalizado”, diz. 

Nathalia Gibson – Foto: Divulgação

Quando perguntada se já sofreu racismo, infelizmente a resposta de Nathalia é sim. “Confesso que fiquei sem saber como reagir na hora. Eu realmente não esperava, ainda mais vindo de outra pessoa preta”, conta. Mas o racismo estrutural existe e ainda é muito forte, até mesmo para pessoas pretas. “Aquela pessoa certamente passou por experiências e situações que a condicionaram a crer que o lugar de preto é apenas no lugar de servidão, que não acredita na possibilidade de ocupar outros lugares”, completa.

O importante em momentos assim é conscientizar. E a influencer deixa uma mensagem clara: “Não quero falar sobre negritude só em novembro, é algo para se lembrarem todos os meses. Nós pretos podemos ser quem quisermos, onde quisermos e quando quisermos. Ocuparemos nosso devido lugar dentro da sociedade. É uma luta diária, mas nós continuaremos firmes nela. E cada dia mais terá preto no topo”, finaliza.

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