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Nova casa no Rio, SubStation promete renovar a noite carioca

Eron Falbo – Foto: Divulgação

De uns anos para cá, e isso inclui a pandemia, as grandes festas ganharam personalidade forte e deixaram de estar atreladas às boates. Muitas passaram a ser sazonais e feitas, em sua maioria, em locais abertos no Rio. Esse hábito, naturalmente, resultou no fechamento de diversas casas noturnas. Ícone de Copacabana, a Fosfobox também foi afetada, mudou de mãos e também de nome, e agora ressuscita totalmente reformada, com ares de estação de metrô nova-iorquina.

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Rebatizada como SubStation, ela agora tem entre os sócios o músico e empresário Eron Falbo, de 36 anos. Festeiro inveterado, ele, que já morou em sete países, conta que decidiu investir na noite carioca justamente pela dificuldade que tinha em encontrar festas e espaços que tivessem a sua cara e a devida representatividade. Nesta sexta, o SubStation Bar recebe a novíssima festa Pantera, comandada pelo DJ Jonas Rocha, com som eletrônico que une a dance music a ritmos brasileiros. A produção é do ator Maurício Branco. A novidade é: para entrar, a senha é o próprio dress code, ou seja, animal print ou preto.

 “Estamos querendo resgatar o underground carioca, que está dormente há anos”, conta Falbo, que conversou com RG.

Você é o novo sócio da Substation. Como surgiu o interesse de investir na noite carioca? Foi por falta de lugares bacanas? 

O Rio já esteve no mapa da vida noturna, assim como Nova York, Londres ou Paris. Esse renome não é feito por festas ao ar livre que vão e vem, mas, sim, por boates que ficam e se tornam a casa, o aconchego, dos artistas e dos frequentadores em geral. Sabendo que há uma boate que é referência, turistas podem voltar ano que vem e saber que têm um endereço certo para se divertirem. Eu entrei de sócio para fazer o Rio ter boates de novo e retornar ao mapa.

Quais são as festas em cartaz na Substation? É verdade que tem after parties?

Na SubStation, estamos querendo resgatar o underground carioca, que está dormente há anos. Estamos atrás dos artistas, dos trend-setters, dos inovadores. Para isso, estamos abertos a qualquer tipo de música que foge do mainstream, ou que não tenha representação adequada. Desde rock, funk, trap até diversos tipos de eletrônica. A partir de setembro, vamos abrir de segunda a domingo, todo dia com uma festa diferente. Entre os projetos, a after party a partir das 5h, que vai contar com a curadoria da Vivi Seixas. Ela trará os melhores DJs da cena para tocar com ela. Uma das minhas apostas é a festa Pantera, que estreia sexta, parceria do ator Mauricio Branco com o lendário DJ Jonas Rocha, que toca pelo mundo inteiro. Vão fazer uma produção incrível de dance com brasilidades, vai ter até com roller-girl e uma musa, a modelo Laís Leão.

Há muito tempo as festas da cidade estão pulverizadas em vários pontos mas parecia não haver mais o hábito de se frequentar boates. Isso está mudando?

As boates pararam de ser frequentadas e fecharam por causa dos eventos grandes e ao ar livre. Depois da pandemia, psicologicamente, faz até sentido buscar coisas grandes ao ar livre. E isso é bem legal, mas temporariamente. No geral, as pessoas precisam de familiaridade, precisam se sentir parte de alguma coisa local, conhecer os seguranças e os garçons, pedir o drinque usual. Uma boate bem administrada, que realmente serve ao público e não está só querendo ganhar em cima da temporada, sempre será bem-vinda. Meu sonho é ajudar a Dash (também em Copacabana) ser tipo uma Studio 54, e a SubStation, a casa do underground, como a  D.Edge em São Paulo, só que com gostinho carioca que é impossível de replicar.

Qual o diferencial das festas do SubStation? Como será a Pantera? 

Estamos conversando com os DJs e com os amantes da música. Sabe aquela galera que fica o tempo todo na pista e não quer ser incomodada? Depois que para a música, temos conversas longas sobre o que podemos fazer para que a SubStation seja o lugar onde acontecem todos os sonhos deles. Estamos a serviço da arte, da autenticidade e do underground. Sem eles, não há a contracultura e estamos presos no status quo. A Pantera é uma maravilha. Mal posso esperar! Uma festa disco atemporal com o que está acontecendo agora no mundo todo, trazido pra cá, para Copacabana. É imperdível!

O que uma festa precisa realmente para decolar?

Uma festa, para decolar, não precisa de marketing nem de atrações. Uma festa boa é fruto da faísca que rola entre as pessoas que estão ali. Quando elas olham umas para as outras, sorriem e sentem. Para criar esse momento, essa massa crítica que alimenta o foguete, damos iluminação calibrada, DJs sensíveis ao explosivo, criamos um ambiente caloroso, e chamamos pessoas animadas e plurais, que estão buscando uma casa para ser delas.

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