Beto Pacheco, um dos principais relações-públicas do País – Foto: Thiago Bruno
O relações-públicas Beto Pacheco tem uma das trajetórias mais admiráveis no mundo da moda e comunicação brasileiras. No começo, foi garçom em Nova York, “assistente do assistente”, carregava sacolas e fazia de tudo para estar perto desse universo. Em 25 anos de carreira, já organizou grandes festas e eventos de projeção nacional e internacional. Esteve por trás dos bailes da amfAR e da Brazil Foundation. Agora, assina o primeiro evento de gala em seu nome, o Baile do BB, que acontece em 26 de agosto no ballroom do hotel Rosewood, em São Paulo.
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A noite, como ele conta, será marcada pelas memórias afetivas que criou desde que chegou a São Paulo para trabalhar, com cerca de 20 anos. O próprio nome da festa é uma homenagem ao seu apelido de “bebê”, que ganhou dos amigos quando chegou na capital paulista. “Eu dou força para quem está começando porque foi o que eu tive aqui. Quando comecei, eu não fazia nada de ‘importante’, carregava sacola, era assistente de produtor. A gente vai conquistando, tudo vem a partir da conexão com as pessoas. É isso que o baile traz”, explica.
Dessa vez, tudo começa e termina com a conexão, mesmo com aqueles que não podem estar perto fisicamente. O evento para cerca de 800 pessoas terá uma parte dos lucros dos convites – que custam R$ 1.500 cada – destinada à Casa Santa Teresinha, instituição que cuida de crianças e adolescentes com genodermatoses, doenças genéticas raras e graves, que afetam a pele e outros órgãos.
“Agora estamos retomando os encontros, mas essas são pessoas que nunca puderam ter isso. São crianças muito recriminadas, que não conseguem ter uma vida social normal. As pessoas agem como se elas estivessem agredindo os outros pela doença que elas têm, mas elas só querem viver”, lamenta Beto.
A falta de contato, inclusive, foi algo que prejudicou ele próprio durante a pandemia. Para alguém acostumado ao agito de tantos encontros – em alguns períodos, ele chegava a fazer 28 eventos por mês –, o isolamento social imposto pela pandemia pode soar como o silêncio de um quarto de hotel vazio depois que um rockstar volta de um estádio lotado.
“Eu fiquei bem para baixo. Meu pai, que morava comigo, faleceu, os eventos estavam todos parados, foi uma fase complicada”, compartilha. “Foi então que começaram a vir minhas memórias afetivas de todos os trabalhos que eu já tinha realizado. Quando você fica sem trabalho, trancado dentro de casa, você começa a refletir sobre as coisas que você já fez, até pra te dar força de voltar.”
E Beto está de volta com mais força do que nunca. No ano passado, ele assinou um primeiro projeto de festa em seu nome, a Festa do BB, que reuniu 200 convidados, entre Anitta, Jade Picon, Matheus Mazzafera e outras celebridades. De atração surpresa, Ludmilla apareceu para agitar os convidados na pista de dança. Neste ano, a lista de convidados de um dos RPs mais importantes do país não deve ficar para trás.
A decoração também vai acompanhar o clima de celebração, trazendo memórias de viagens de Beto para destinos como Turquia e Israel. “Quero fazer uma festa pras pessoas entrarem em um outro mundo, fazerem uma viagem, que vai ser um presente para as pessoas também”, diz.