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Você já ouviu falar de Woven City, a cidade entrelaçada?

Woven City ficará situada aos pés do Monte Fuji, no Japão – Foto: Toyota Motor Corporation

Em 23 de fevereiro de 2021, na província de Susono, no Japão, foi lançada a pedra fundamental para a construção da primeira cidade inteligente da Toyota, chamada de Woven City (Cidade Entrelaçada). O projeto foi concebido como um “laboratório vivo”: os residentes da cidade serão pesquisadores e desenvolvedores de tecnologias voltadas para robótica, automação e inteligência artificial, que serão implantadas como testes na cidade antes de serem exportadas para o resto do mundo.

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Woven City terá inicialmente 2.000 habitantes, que irão ocupar uma área de aproximadamente 70 hectares, em um espaço na base do Monte Fuji. Todo o projeto, idealizado pela Toyota, terá seu design produzido por Bjarke Ingels, CEO do Bjarke Ingels Group (BIG). Em seu portfólio, constam os designs de vários projetos, como o 2 World Trade Center (Nova York), a Casa da Lego, em Billund (Dinamarca), o campus do Google, em Mountain View, na Califórnia (EUA), e a sede do Google, em Londres (Inglaterra).

A cidade propriamente dita será abastecida com células de hidrogênio, auxiliadas com energia solar de painéis fotovoltaicos, instalados nos telhados de todas as construções. Já as casas serão totalmente equipadas com tecnologia de Inteligência Artificial e robótica, para auxiliar os residentes em suas tarefas diárias.

Todos os edifícios terão sensores para monitoramento 24 horas do estado de saúde dos residentes. Além disso, as construções serão feitas de madeira tradicional japonesa, para reduzir o impacto ambiental de sua construção e, ao mesmo tempo, aliar o design clássico japonês com a inovação tecnológica do projeto.

Outro ponto de inovação e que dá o nome a Woven City é o seu sistema de ruas e transportes. A malha de ruas é formada em três vias diferentes: uma para veículos de alta velocidade, uma segunda para veículos de baixa velocidade e uma terceira exclusiva para pedestres. A ideia de três vias que se cruzam de forma octogonal cria o aspecto entrelaçado que inspirou o nome da cidade. O projeto prevê que todos os veículos sejam elétricos, com zero emissão de agentes poluentes. A primeira via é usada por veículos de passeio elétricos, estes podendo ser autônomos ou não.

Já na segunda via ficam os veículos de transporte público, autônomos e elétricos, e também uma grande quantidade de usuários de bicicleta, já que esta via funciona com uma área ampla e exclusiva de ciclofaixas que percorrem toda a cidade.

A terceira via é utilizada como passeio para pedestres, evitando que muitas pessoas estejam presentes em locais com grande circulação de veículos e podendo evitar um possível acidente.

Esse laboratório a céu aberto é o primeiro entre muitos a adotar um sistema de habitação que possui mínimo impacto para a natureza. Se bem-sucedido, será o molde para a modernização de várias cidades ao redor do globo e a criação de muitas outras para moldar um futuro mais limpo e tecnológico.

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