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Puente Alto tem um clima mediterrâneo semi árido com forte influência da Cordilheira dos Andes. É a parte mais fria do Vale do Maipo, cuja temperatura gira em torno dos 18°C. Próximo da capital Santiago, o clima e as condições de vindima ajudam a prolongar a maturação da uva, concentrando e intensificando os seus aromas, preservando o frescor e elegância dos vinhos. É de lá que saem as frutas para a produção dos dois rótulos da vinícola Concha y Toro, que acabam de aterrissar no Brasil: Don Melchor (2019), mais frutado, e o novíssimo Casa Concha Heritage (2020), de paladar mais complexo. Ambos endossam a importância que esta denominação de origem (DO) tem para a vinícola.
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“Marques de Casa Concha Heritage é um vinho que reflete fielmente a elegância de Puente Alto e que incorpora toda a herança dessa origem, mas com um selo diferenciado e novo”, conta Marcelo Papa, enólogo e diretor técnico da vinícola que produz o rótulo. É um blend de Bordeaux, que busca expressar fielmente o terroir de onde surgiu toda aquela tradição e herança vitivinícola. As uvas vêm de uma seleção meticulosa dos vinhedos El Mariscal e Don Melchor, composto principalmente por Cabernet Sauvignon (84%), Cabernet Franc (12%) e Petit Verdot (4%). Cada uma destas variedades confere uma característica específica ao lote, que irá variar de ano para ano em função da safra.
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Primeiro vinho ícone da indústria chilena, Don Melchor apresenta sua safra 2019, que também é um reflexo fiel de sua DO: Puente Alto. Liderada pelo diretor técnico e enólogo da vinícola, Enrique Tirado, a safra 2019 é composta por Cabernet Sauvignon (92%), Cabernet Franc (5%), Merlot (2%) e Petit Verdot (1%). Passou 15 meses em barricas de carvalho francês, novas (72%) e de segundo uso (28%). "Tudo isto deu origem a um blend requintado, com enorme complexidade aromática e grande expressão de fruta, assim como taninos ultrafinos, grande corpo e estrutura”, diz. A safra 2018 conquistou a pontuação máxima do crítico americano James Suckling, que concedeu 100 pontos ao rótulo.
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Concha y Toro apresentou os dois rótulos em um jantar, na última semana assinado por Felipe Bronze, no hotel Rosewood São Paulo. O evento faz parte de uma turnê de com aulas magistrais, realizadas não só no País, como também no Chile, Estados Unidos, China e outros mercados que ajudam a fortalecer o Chile como produtor de grandes vinhos. Os eventos são liderados pela VP de Vinhos Finos Isabel Guilisasti, também responsável pela imagem corporativa da label, além dos enólogos Enrique Tirado e Marcelo Papa.
Puente Alto
O terroir de Puente Alto desde 1968 é o grande asset de Concha y Toro, que aposta em pesquisas e estudos a fim de encontrar as melhores matérias-primas e combinações para cada rótulo. Mas desde 1880, quando Manuel Antonio Tocornal plantou as primeiras variedades francesas em Puente Alto, iniciando assim um D.O. chave na história do vinho chileno moderno. Esta vinícola, posteriormente, foi replantada em 1942 por Alfonso Chadwick com Cabernet Sauvignon (seleção massal pré-filoxera) e outras variedades bordolesas, em um total de 400 hectares de vinícola.Lá, ficam localizados os vinhedos Don Melchor e El Mariscal, onde nascem vinhos de alta qualidade com brisas frias e erosões de milenares.
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O vinhedo Don Melchor está localizado a 650 metros acima do nível do mar e é composto por 127 hectares. Ele está subdividido em 151 pequenas parcelas: vinhedo antigo (80%), plantado entre 1979 e 1992, com uma densidade de 2 mil a 4 mil plantas/ha, e o novo (20%), plantado entre 2004 e 2017, com densidade de 8 mil plantas/ha. O vinhedo El Mariscal está localizado a 600 metros acima do nível do mar e é composto por 52,95 hectares, dos quais 46,23 correspondem a Cabernet Sauvignon, 4,52 a Cabernet Franc e 2,20 a Petit Verdot. Foi plantado nos idos de 2000, no sistema clássico de treliças com densidade de 5.555 plantas/ha.