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LGBTIFOBIA: só a denúncia é capaz de barrar a impunidade

Foto: Divulgação

Junho é o mês em que celebramos Orgulho LGBTI+.  Celebrar é sinônimo de comemorar, festejar, lembrar. Infelizmente no Brasil, temos ficado mais com a lembrança. Com a saudade de muites LGBTI+ que perderam a vida por causa da LGBTI+FOBIA. Precisamos fazer alguma coisa para reverter números tão altos, crescentes e cercados de violências de todos os tipos. Atualmente, nosso país lidera o triste ranking de mortes de cidadãs e cidadãos LGBTI+. 

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Com base no incentivo a população a denunciar crimes de LGBTI+FOBIA – sim, é crime no Brasil! – a Coordenadoria Executiva de Diversidade Sexual, órgão ligado à Secretaria de Governo e Integridade Pública da Prefeitura do Rio de Janeiro, lança no emblemático mundialmente Dia do Orgulho LGBTQIA+, neste 28 de junho, a edição 2022 da campanha Rio Sem Preconceito. 

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O filme tem nomes como Malu Mader, Juan Paiva, Camila Pitanga, Caco Ciocler, Deborah Secco, Hugo Bonemer, Irmãs Brasil, Marcelo Serrado, Camila Baggio, Elton Sacramento, Danilly Ramos, Mariana Ximenes, Reynaldo Gianechinni, Zezé Motta, Pablo Morais, Thalita Carauta, Caio Prado, Nanda Costa, Lahn Lahn, Sam Porto, Thalita Rebouças, Kibba, Carmo Dalla Vechia, Mart’nália, Luiza Possi, Zélia Duncan, Marina Lima, Olga Karan, Priscila Alves e Pedro Moraes.

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União, respeito, solidariedade, empatia. Essas quatro características em uma personalidade quando unidas com a boa informação, dados estarrecedores e índices alarmantes, são infalíveis para propagar mensagens importantes. 

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A edição de 2022 do Rio Sem Preconceito é uma idealização da equipe comandada pelo coordenador da CEDS-RIO, Carlos Tufvesson e com direção de Candé Salles. Este é o segundo vídeo da pasta dirigido por ele. “Tento usar o cinema de forma plástica para dar esse recado tão duro. Desejo que chegue ao maior número de pessoas possíveis a nossa mensagem”.  O texto de Laís Pimentel é direto, de fácil identificação com quem puder o assistir. Tufvesson reforça que são 32 artistas de todas as orientações sexuais, raças, credos, alturas, manias, vontades e sonhos. “O vídeo fala por nós, por mim, por você, por quem apenas quer viver. E não é apenas a grande parte de brasileiros LGBTI+. Heterossexuais também são importantes na luta contra todo tipo de preconceito. A discriminação adoece o mundo. E neste caso, todos serão vítimas”, diz. 

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Shows

Está marcada para esta quinta-feira (30.06), a primeira noite de shows do Rio Sem Preconceito 2022. Com início às 18h, o evento é totalmente gratuito e acontece na Arena Fernando Torres, no Parque Madureira, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. A noite será uma verdadeira festa e vai contar com a apresentação da cantora Doralyce – que traz a participação das divas do Rap Plus Size – e uma edição especial da carioquíssima festa Mariwô, que ferve qualquer pista com a Hellball Rio. 

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Coordenador executivo de Diversidade Sexual, Tufvesson, vai mostrar em um telão o vídeo recém-lançado da campanha. A ideia é difundir aos quatro cantos a importância da denúncia em todos os tipos de casos, inclusive os de LGBTI+FOBIA. “A Prefeitura do Rio tem um telefone direto: 1746. Qualquer pessoa pode denunciar. Viu um senhor que é importunado por um grupo todos os dias no mesmo local apenas pelo fato de ser homossexual? Denuncie. Viu uma travesti apanhar de vários homens em alguma rua? Denuncie. Viu um rapaz ser perseguido e receber xingamento homofóbico por estar com outro rapaz, de mãos dadas? Denuncie. Viu uma menina ser agredida pelo fato de apresentar trejeitos masculinizados? Denuncie”, pede.

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Para Tufvesson, a escalada dos dados de violência física e psicológica contra a população LGBTI+ brasileira, motivam a urgência de ações do Poder Público para informar e se mostrar presente, com grande foco também no público heterossexual”, explica Tufvesson. Ele cita os índices recém-publicados do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+, que apontam um preocupante aumento de 33% de crimes de ódio contra LGBTIs no Brasil. “Esta não é uma luta só de LGBTIs, seus familiares e amigos. É uma batalha diária de toda a sociedade, que não pode ser conveniente com atitudes como essas. Ninguém precisa ser LGBTI para lutar contra a LGBTIfobia”, afirma. 

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De volta ao posto de coordenador executivo de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio em 2021, Tufvesson comparou os dados gerais de agressões à pessoas trans no ano passado, com os números dos primeiros seis meses de 2022. “É estarrecedor ser informado que violências desta natureza, já são o dobro em relação ao ano passado. E ainda vamos entrar em julho”, constata. O acesso a estes documentos é feito através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, conhecido como relatório SINAN, do Ministério da Saúde. Em 2014, após uma iniciativa da CEDS-Rio apresentada ao então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu no SINAN, a notificação de violências por motivação homo/lesbo/transfóbica. Também podem ser informadas a identidade de gênero e orientação sexual da pessoa atendida, além de oferecer um campo para o nome social da vítima.

Desde 2011, primeiro ano de atuação dentro da Prefeitura do Rio de Janeiro, uma das iniciativas mais fortes da Coordenadoria Executiva de Diversidade Sexual é a campanha Rio Sem Preconceito. Sua criação sempre foi pautada por meio de medidas eficazes para tornar a cidade mais inclusiva e com acesso a informação dos mais variados serviços oferecidos pelo Poder Público. 

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