Foto: Reprodução/Instagram/@oneandre
O empresário e influencer Andre Damião nasceu no Rio de Janeiro, mas tem dupla nacionalidade, é brasileiro e angolano, herança de seu pai, Ilídio, que nasceu em Luanda. Estudou teatro e se formou em duas faculdades simultaneamente: empreendedorismo e jornalismo.
Ligado em comunicação e moda, desde cedo já postava conteúdos com falas sérias e responsáveis, mesmo lá no início, quando tinha 14 anos. Racismo, aceitação e inclusão sempre foram temas presentes em suas redes sociais. “Por ter uma família angolana, assuntos raciais sempre foram comuns em uma mesa de jantar”, conta.
Gay, ele também defenda a causa LGBTQIA+ e se importa em dar visibilidade a pessoas que não têm tanta brecha em aparecer e conseguir um local de fala. Empresário da área de comunicação, ele diz acreditar em dar chance a pessoas que, como ele, têm ambição e lutam para conquistar seus sonhos, e se preocupa em ajudar, gerar emprego e renda. “A importância de transformação, gerando espaço e oportunidade para pessoas parecidas comigo, que sonham, que lutam, que querem fazer acontecer, mas que não estão no alvo das oportunidades.” Com mais de 70 mil seguidores no Instagram, Damião é presente nas redes, e faz questão de mostrar exatamente quem é.
Leia a seguir o papo que RG teve com o Damião.
Você é brasileiros angolano, mas onde nasceu?
Aqui no Brasil, no Rio de Janeiro.
Por que duas nacionalidades?
Minha dupla nacionalidade vem pela minha parte paterna, meu pai Ilídio é angolano, de Luanda.
Você estudou, o quê?
O estudo sempre esteve presente na minha vida, já passei pelo teatro, e fiz duas graduação simultaneamente. Uma em empreendedorismo na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e jornalismo em uma universidade particular.
Como a fotografia se insere na sua vida?
A fotografia foi a munição que eu encontrei para retratar meus posicionamentos. Hoje também a uso para compartilhar meu lifestyle, looks entre outras coisas.
Foto: Reprodução/Instagram/@oneandre
Como começou sua carreira de influencer?
Minha carreira veio bem raiz, comecei compartilhando textos e fotografias que ganharam notoriedade no meu blog, e no decorrer dos anos fui transitando por outras redes e ganhando notoriedade por elas também.
Aos 14 anos você já tratava de temas como racismo, aceitação e inclusão, de onde vinha essa sua maturidade?
Por ter uma família angolana, assuntos raciais sempre foram comuns em uma mesa de jantar. Cresci com consciência de classe e consciência de raça, isso me fez crescer com um olhar lúcido para lidar com todas adversidades que pudessem surgir no meu caminho.
De que forma você expunha suas ideias?
Comecei expondo por meio de textos e fotografias, mas no decorrer e avanço das plataformas entendi a importância de ressignificar meu formato e ampliar trazendo também minha imagem e minha voz.
Como se dedica à causa preta?
Enquanto homem preto com poder aquisitivo, me dedico oferecendo equidade para pessoas pretas dentro do mercado de trabalho, seja na minha empresa ou nas milhares que tenho acesso ao longo desses anos.
E à causa LGBTQIA+?
Dando espaço para pessoas protagonizarem suas histórias.
Você é gay assumido, já passou perrengue com hater em suas redes sociais? Ou alguma ofensa racista?
Sim, inúmeras vezes, mas sempre são sempre minoria e eu não levo em consideração.
Você é ligado em moda, que marcas são suas preferidas ou estilos?
Meu estilo transita por todos os estilos, me produzo na maioria das vezes conforme meu humor. Gostos e cores refletem quem eu sou, mas também não dispenso o minimalismo.
Foto: Reprodução/Instagram/@oneandre
Já desfilou ou foi convidado para isso?
Não, mas estou aberto a convites. Quem sabe esee ano não sai? risos
Além de influencer, você é empresário, de que setor?
Minha empresa também é no mercado da comunicação, segmento de marketing de influência que vem crescendo bastante no Brasil.
Como vê a importância de gerar renda e emprego a outras pessoas?
A importância de transformação, gerando espaço e oportunidade para pessoas parecidas comigo que sonham, que lutam, que querem fazer acontecer, mas que não estão no alvo das oportunidades.