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Tiny house: movimento arquitetônico e social que vem ganhando força nos últimos anos

“Tiny house” moderna – Foto: reprodução/Instagram/@tiny_talo

O mundo do design de casas e interiores está em constante mudança, mas agora o seu futuro parece cada vez menor. Literalmente. A tendência da “tiny house”, movimento arquitetônico e social que defende espaços menores para viver, vem aumentando. Prova disso são as mais de 2,5 milhões de publicações no Instagram com a hashtag “#tinyhouse” e o incrível número de documentários e programas de TV que abordam o assunto.

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Embora tenha ganhado força nos Estados Unidos como uma opção mais barata durante um momento caótico, a crise econômica de 2008 que deixou muita gente sem ter onde morar, o movimento conquistou adeptos em todo o mundo. Agora, as pessoas buscam as “tiny houses” não tanto por necessidade, mas por acreditarem em um estilo de vida minimalista e aventureiro.

Interior de uma “tiny house” – Foto: reprodução/Instagram/@tinyhousesdreams

A ideia é fazer um contraponto ao consumismo, propondo que com menos metros quadrados e objetos desnecessários se cria espaço para coisas mais importantes na vida. Inclusive, muitas dessas pequenas casas também aproveitam para testar soluções mais sustentáveis no dia a dia. Por serem menores, requerem menos material para serem construídas e utilizam de 20% a 30% da energia que uma casa de tamanho normal na Inglaterra, segundo dados da empresa britânica Tiny Housing Co.

Entre as figuras do momento que demonstraram seu interesse pelo movimento está Elon Musk. O multibilionário que comanda o Tesla optou por alugar uma “tiny house” no Texas enquanto trabalhava no projeto SpaceX. Segundo ele mesmo escreveu em seu Twitter na época, viver em uma casa pequena “é mais aconchegante”.

“Tiny house” na Bavaria – Foto: Getty Images

As raízes desse estilo de vida vem desde o século 19, com o livro “Walden” do naturalista e ensaísta Henry David Thoreau, que inspira para um jeito simples de viver em meio a natureza. Mas o verdadeiro pai das “tiny houses” é Jay Shafer, que espalhou o movimento criando uma pequena casa sobre rodas e escreveu o livro “The Small House Book”, em 1999. Depois disso, Shafer ainda fundou a empresa Tumbleweed Tiny House, antes de sair para focar em justiça social e direto à moradia.

E se engana quem pensa que esse estilo de vida prega uma postura mais solitária e individualista. Mesmo que para algumas pessoas o desejo de ter uma “tiny house” passe por ficar mais recluso, para um grande número de pessoas isso é um incentivo à vida comunitária. Por isso mesmo já é possível ver alguns vilarejos de pequenas casas ao redor do mundo, muitas vezes até projetadas de forma parecida. Seja como for, para ficar sozinho ou mais próximo dos outros, o importante é aproveitar a vida com pouco.

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