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Outubro Rosa: por que é tão necessário fazer o acompanhamento por meio de exames?

Foto: Divulgação/iStock

O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo há 31 anos de forma extremamente relevante. E não é à toa: o nome, que remete à cor do laço, simboliza, universalmente, a luta contra o câncer de mama e colo de útero.

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Iniciado nos Estados Unidos, na década de 1990, esse movimento visa estimular a participação da população nessa luta; empresas e entidades no mundo todo adentram à campanha e investem na informação e conscientização. Uma das maneiras mais comuns de apoio é a ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros, etc. A prática é uma forma simples para que o Outubro Rosa tenha uma expansão cada vez mais abrangente para a população e que, principalmente, possa ser replicada em qualquer lugar, como uma lembrança diária de cuidar da saúde das mamas e do colo do útero.

Estima-se que, por ano, quase 60 mil novos casos da doença ocorram no Brasil, conforme os dados da organização não governamental Outubro Rosa. Os resultados são alarmantes: o câncer de mama é a causa da morte de cerca de 13 mil pessoas por ano.

Eis, portanto, a urgente necessidade de fazer o chamado “autoexame”: o diagnóstico precoce aumenta em 90% as chances de cura e possibilita que a pessoa leve uma vida com qualidade, mesmo que seja acometida pela doença.

O autoexame salva vidas

Existem algumas formas de se detectar o câncer de mama, mas a mais conhecida é o exame de toque, que consiste em examinar as mamas em busca de irregularidades, como: abaulamentos, irritações, inchaços, vermelhidão, dores, secreções sanguinolentas ou serosas, assim como retração, espessamento e inversão do mamilo ou pele e endurecimento nos nódulos. Essa busca pode ser feita fora de consultórios, realizada pela própria pessoa, sempre que possível.

Tão importante quanto o exame de toque é a realização da mamografia, o principal exame para a detecção precoce do câncer de mama. O procedimento é um daqueles que precisa estar na rotina anual de exames ginecológicos, e é importante ressaltar que pode e deve ser feito por pessoas que ainda não apresentam os sintomas da doença, mas que se encontram em uma faixa etária de risco ou têm propensão genética.

Vale destacar que a doença atinge também homens cis e mulheres trans – especialmente, os que optam pelo uso de hormônios femininos para o processo de transição –, o que torna importante o autoexame a todos os gêneros.

Dados de pesquisas, como os publicados no periódico Radiology, demonstraram que o exame em pessoas acima dos 40 anos é capaz de reduzir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama. É por isso que, no Brasil, a recomendação da mamografia é anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mas também pode ser requerida por homens da mesma faixa etária.

É consenso entre os especialistas que a mamografia, associada a exames clínicos das mamas, é a melhor estratégia de prevenção desse tipo de câncer, para evitar que mais pessoas sofram com essa doença, que pode ser tratada precocemente. Nesse sentido, é muito importante para os pacientes contar com uma clínica que realize a mamografia digital e outros exames, além de consultas com médicos especializados na área.

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