Foto: Divulgação/iStock
Quando a jornalista e ex-apresentadora da Rede Globo, Izabella Camargo, revelou que sofria da Síndrome de Burnout, em 2018, nem todos àquela altura sabiam o que isso significava. Ela foi uma das primeiras pessoas conhecidas do grande público que abordou o assunto, hoje mais debatido do que nunca. Na ocasião, Izabella teve um “apagão” no meio do telejornal em que falava sobre a previsão do tempo, mas esse foi apenas um dentre vários sintomas que ela já vinha apresentando.
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A Síndrome de Burnout é caracterizada por um esgotamento físico, mental e psicológico, decorrente de um estresse relacionado à alta carga de trabalho e às várias tarefas a cumprir em pouco tempo. Uma pessoa acometida pela doença pode dormir por até oito horas, mas é provável que acorde cansada no outro dia, e vai enfrentar uma rotina desgastante mais uma vez.
A Síndrome de Burnout atinge mais o público feminino do que o masculino. Não é só uma percepção baseada em senso comum, já que historicamente as mulheres têm acumulado funções – cuidam da casa, dos filhos e trabalham fora -, mas é resultado de um relatório feito pela McKinsey & Co., em parceria com a LeanIn.Org. Dos 65 mil trabalhadores entrevistados, os dados mostram que mais mulheres do que homens relataram sofrer da síndrome. E mais: um terço delas revelou que considera reduzir ou abandonar a carreira.
Na pandemia, os casos aumentaram. Muitas mulheres tiveram de cuidar dos filhos, que não podiam ir para a escola, por causa das medidas de restrição, ao mesmo tempo em que trabalhavam e cuidavam da casa. Essa situação deixou grande parte delas sobrecarregada, levando ao diagnóstico de Síndrome de Burnout.
Prevenção e tratamento
Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout na sua lista de doenças relacionadas ao contexto profissional. Vale dizer que a síndrome pode e deve ser tratada. Para isso, é preciso buscar ajuda profissional e realizar sessões de psicoterapia, por exemplo. Em alguns casos, o uso de medicamentos é indicado. Ao mesmo tempo, é preciso abandonar a rotina desgastante de trabalho e focar na melhora da própria saúde.
Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar. Não leve trabalho para casa nem passe horas digitando mensagens para o chefe enquanto almoça ou janta. É preciso se desligar, curtir um tempo com a família ou fazer algo que goste, como ler um livro ou ver um filme, por exemplo. Quando não temos essa pausa necessária, o corpo vai dar sinais de que está adoecendo.
Em especial, neste momento pelo qual estamos passando, tem sido muito difícil gerenciar o estresse. O medo de não encontrar um novo emprego, por exemplo, tem acometido muitas mulheres, que já estão passando por problemas decorrentes da pressão no trabalho. Mas é importante manter-se positiva e procurar vagas em ambientes que sejam aderentes ao seu perfil profissional, seja em empresas privadas, terceiro setor ou até mesmo buscar por concursos públicos ainda em 2021. Para quem deseja seguir uma carreira pública, por exemplo, pode ficar de olho nos concursos de 2022 e ter um tempo a mais para se preparar e descansar a mente. A prioridade é uma vida saudável.