Empresária transforma ato de dar flores em experiência de luxo

Márcia Raposo – Foto: Divulgação

Não é uma floricultura. Não são só flores. A proposta é mexer com as emoções, fornecer uma experiência inigualável e inédita: assim é a VINGT Creative Flowers, a startup de luxo que revolucionou, modernizou e levou a um patamar de alto padrão um dos segmentos mais tradicionais do mercado, o de flores. Criada por Márcia Raposo, ex-executiva de um banco privado, a marca criada durante a pandemia, em setembro do ano passado, traz arranjos florais que são verdadeiras joias, curados pela flower designer Eli Frate, em caixas altamente luxuosas esculpidas como obras de arte, inspiradas em tendências da moda, do design, da arquitetura, de decoração e de automóveis de luxo.

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 “Eu queria desenvolver algo que fosse muito alinhado com o meu olhar, meu estilo, meus valores, e, principalmente, meu grau de exigência, que tivesse algo ‘perfeito’ em produto e também em serviço. Além de que, como atuei em grande banco cuidando do ciclo de vida e da experiência do cliente, quis aplicar os mesmo conceitos e grau de exigência de um consumidor de produtos de luxo”, destaca Márcia, fundadora da flower shop de conceito inovador e uma empresa inédita no mundo. 

O DNA da marca carrega características da empresária, que conta ter muita afinidade e empatia com tudo que envolve o mercado de luxo, no sentido de encantar clientes, seja por diferenciais e qualidades de produtos ou por serviços diferenciados neste universo. “Eu me desafiei a desenvolver algo diferenciado para impactar o público consumidor destes segmentos”, acrescenta.

Márcia conta que criou a marca após extensa pesquisa do mercado de luxo. “Durante a pandemia, aproveitei para estudar o mercado nacional e internacional no segmento de flores e avaliar o potencial para inovar com um produto que tivesse as características que eu já tinha em mente. Visto o potencial, apesar do mercado de São Paulo já ser bem rico em floriculturas, resolvi avançar com o desenvolvimento do meu business. Primeiro passo foi contratar uma consultoria de branding que já atuou anos com meus projetos do banco e tínhamos toda a afinidade para construir algo com a minha cara e olhar, mas eu gostaria de um trabalho super profissionalizado para a construção da nossa marca, das nossas personas, do mercado, do produto, dos canais digitais e principalmente da estratégia de entrada neste mercado. Foram dois meses de construção de todo o estudo com a consultoria”, conta.

O posicionamento da marca é autêntico: “Not your regular flower!”. “Não somos Floricultura, pois não vendemos flores, vendemos uma experiência em flores! O nosso conceito foi totalmente desenvolvido na experiência do cliente, pois transformamos as flores em uma verdadeira joia que vem dentro de uma embalagem muito diferenciada e exclusiva, e com uma essência que mexe também com os sentidos por meio do sensorial do produto, além do impacto emocional que a caixa gera na surpresa de quem ganha, tornando tudo isso em um produto que é para aqueles que entendem que o valor do produto não está no óbvio e sim naquilo que consegue mexer com a emoção”, explica a empresária. 

As caixas com designs e acabamentos sofisticados são apresentadas em coleções, inclusive baseadas na moda, mas que enfrentam o efêmero das passarelas e costumam virar itens colecionáveis. “Como o mercado de luxo é muito enfático naquilo que o produto traz nos seus atributos e na sua essência, focamos muito nesses detalhes para a valorização do nosso produto. As caixas têm corte e design exclusivos da VINGT e contam com edições limitadas, produzidas de forma artesanal e com material de altíssima qualidade, levando até três horas para produção de cada uma delas, além de resultar em um presente que é sustentável, por ser posteriormente utilizada como peça de decoração em ambientes ou de diversas formas de acordo com a criatividade do cliente. Nossos arranjos são de coleções exclusivamente desenvolvidas e assinadas pela curadoria de uma flower designer muito conceituada no mercado de luxo, a Eliane Frate, diferenciando assim nossos arranjos do óbvio. E não podemos deixar de destacar os mínimos detalhes que compõem a caixa e que trazem todo o charme e delicadeza: nossos lindos cartões vêm dentro da caixa com mensagem personalizadas para cada cliente; nossos cones abraçam os arranjos com um lindíssimo laço feito à mão; e apresentamos uma essência marcante desenvolvida internacionalmente para a nossa marca, e que remete aos melhores momentos”, explica Márcia. 

Tudo isso para promover uma explosão de sentidos. Sobre Eliane Frate, a empresária conta que ambas possuem grande sintonia para o olhar criativo, disruptivo e diferenciado para flores, pois gostam de tudo aquilo que é minimalista, mas ao mesmo tempo com design criativo, e sempre saindo do óbvio. “Com isso, surgiu a oportunidade de convidar a Eli Frate para assinar as ‘collabs’ dos arranjos florais para a VINGT, e montarmos o nosso modelo de curadoria, algo inclusive que funciona muito bem no mercado de luxo”.

O fato de o mercado de luxo ser bem exigente e desafiador dá ainda mais energia para Márcia. “O consumidor do luxo tem algumas características que o definem no momento da escolha de um produto ou serviço, e o maior alvo da VINGT era diferenciá-lo do óbvio, do comum e levá-lo para uma experiência de algo que atribui diferenciação, exclusividade, personalização, cuidados com toda a jornada de relacionamento para cada vez mais encantar e fidelizar por uma experiência única”, explica.

É exatamente por isso que a VINGT e Márcia possuem características que se entrelaçam e assim também funciona no processo criativo para criação das coleções, que são sempre desenvolvidas nas inspirações das tendências de cores e design do universo da moda, arquitetura, design, turismo e automotivo de luxo. 

Márcia Raposo – Foto: Divulgação

“A VINGT se conecta com todo esse universo, e por isso nossas coleções são edições limitadas e temporárias, pois serão sempre renovadas com novos olhares. O maior exemplo é esta última coleção que chamamos de VINGT FW21, ela trouxe nas cores das nossas caixas e arranjos tudo aquilo que circulou nos desfiles de moda de Milão, Paris e Nova York e no segmento de carros de luxo. Algo realmente incrível de se criar, ou melhor, inovar!”, enfatiza. 

A VINGT conta atualmente com duas coleções em seu catálogo: “Tie Dye” e “FW21”, ambas com conceito de linha minimal, com um design minimalista e clássico que combina elegância e intensidade, e linha Creative, que inspira ousadia, genialidade e criatividade sem deixar o luxo de lado.

Recentemente, a marca começou a investir no conceito corporate e as empresas estão começando a ter os primeiros contatos com  marca e produto. “Apesar de recém-criada, já temos vários projetos em andamento para a personalização trazendo a marca e cores do cliente empresarial para as nossas caixas. Um bom momento já está acontecendo nos projetos para eventos que estão voltando aos poucos com a pandemia, afinal a VINGT já foi vista como algo que poderá fazer parte dos presentes de luxo que as empresas querem dar a seus clientes e/ou parceiros. Inclusive, a VINGT já marcou presença no maior campeonato de Hipismo da América Latina realizado na Sociedade Hípica Paulista e ficamos muito honrados de ser a marca escolhida para estar no pódio entregando nossas lindas caixas e arranjos aos campeões das principais provas. Então, este pilar corporate terá sua grande escalada daqui para frente”, comemora a empresária.

Sobre as metas econômicas para o futuro, Márcia diz que o principal objetivo para uma marca nova como a VINGT é buscar a sua consolidação e penetração no mercado de luxo no segmento de flores. “Queremos que a marca seja percebida como a melhor experiência e empresa mais inovadora nesse nicho de flores e experiências na forma de presentear”, diz. A pandemia não amedronta: “No mercado de flores, eu considero que temos um produto que é atemporal e que já é bem explorado para vendas através dos canais do e-commerce e pelo whatsapp, o que não inibiu compras no período, pelo contrário, acho que as pessoas passaram a ter mais empatia e tiveram mais vontade de presentear e conectar sentimentos com as pessoas, aumentando a procura”, explica.