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Embaixada da França e Coquetel Molotov comemoram a Fête de la musique no Brasil 

Foto: Divulgação

A Embaixada da França no Brasil e a rede de Alianças Francesas no Brasil se uniram à turma pernambucana do Coquetel Molotov e juntos comemoram nesta segunda-feira (21.06), às 19h, a Fête de la musique no Brasil. O projeto tem o apoio do Institut Français e do Centre National de la Musique na França. A festa à céu aberto, que já virou tradição em terras francesas, acontece sempre no solstício de verão desde 1982, reunindo amadores e profissionais da música de diferentes ritmos e tribos. Como ainda não podemos comemorar nas ruas por aqui, um documentário especial sobre as relações musicais entre Brasil e França será lançado às 19h nos canais de YouTube da Aliança Francesa Brasil e do Coquetel Molotov. 

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Estrelado por L’Homme Statue – duo de Loïc Koutana, franco-africano radicado em nosso País, e o DJ e produtor brasileiro Zopelar – o filme dirigido por Olivia Lang, com produção criativa de Rodrigo de Carvalho traz entrevistas, performances e números musicais de artistas brasileiros, como Linn da Quebrada e Yndi da Silva. O documentário traz também a cantora Laure Briard e a fotógrafa e DJ Thí-Léa. 

Criada com o objetivo de dar livre acesso à cultura, a Fête de la musique é um evento popular por excelência, com as ruas da França se preenchendo de artistas emergentes e consagrados para celebrar juntos o início do verão no hemisfério norte. Ao longo de quase 40 edições, a festa se internacionalizou e é organizada, agora, no mundo inteiro. 

“Para esta edição, que será virtual, ainda marcada pelo contexto sanitário, desejamos perpetuar este espírito aberto, democrático e festivo, assim como inovar, a fim de incentivar o encontro das culturas francesa e brasileira em toda sua diversidade. Espelhando as festas juninas, que acontecem também anualmente no Brasil em junho, propomos um evento unificador, popular e de qualidade. Diferentes formatos, artistas e estéticas serão homenageados, refletindo a efervescência que anima os cenários musicais franceses e brasileiros de hoje. Este festival se coloca como uma pedra fundamental para preparar a recuperação musical pós-pandemia”, acredita Vincent Zonca, adido cultural na Embaixada da França. 

Ana Garcia, diretora do Coquetel Molotov, afirma que se sente lisonjeada em criar esse olhar diferente sobre a Fête de la musique e destaca que o festival sempre teve uma relação forte com a França. “Desde 2006 trazemos artistas de lá para tocarem e realizarem turnês pelo país em parceria com a Embaixada da França no Brasil, o Institut Français e a Aliança Francesa. Artistas como Hindi Zahra, Sebastien Tellier, Soko, La Femme e muitos outros vieram pela primeira ao Brasil por causa da nossa parceria”, lembra. 

Loïc Koutana, do L’Homme STATUE acredita que o fato de ser um artista preto, LGBTQIA+ trará um novo ponto de vista para essa relação. “Isso me faz vivenciar tudo de forma diferente da visão tradicional de um francês no Brasil”, afirma. “São dois países que se completam naturalmente com respeito e admiração mútuas entre as culturas. Eu como franco-africano achei meu compromisso de vida no Brasil e me sinto um pouco na África e um pouco na Europa aqui”, opina. 

E é exatamente as semelhanças, mesmo dentro de uma efervescente diversidade cultural, que se baseia o documentário em comemoração à Fête de la musique. Um abraço artístico apertado entre Brasil e França, mesmo em tempos de pandemia. 

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