Top

Pandemia: para se virar, DJ larga eventos e se joga na fotografia

Foto: Divulgação

 

Gustavo Alckmin, é um DJ paulista, de 29 anos, que com a chegada da pandemia se viu com um grande problema: o cancelamento dos eventos. Por ser sua única fonte de renda, ele precisou se adaptar com as frustrações.

SIGA O RG NO INSTAGRAM

“Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. Nenhum artista, seja ele grande ou pequeno, DJ ou cantor, estava preparado para ficar um ano ou mais sem fazer shows, é daí que vem nossa principal fonte de renda.”

O paulista que também é formado em publicidade e propaganda, e atuou como designer gráfico freelancer, sempre atuou em áreas que precisasse utilizar a criatividade, não foi diferente em sua carreira com DJ, onde atuou por cinco anos, até ser interrompida pela pandemia.

“Eu tinha duas opções: seguir abalado e tentar achar algum culpado para aquilo estar acontecendo, seja esse motivo político, mental, social, governamental etc. Ou, focar o restante das minhas energias em reinventar minha estrutura de faturamento usando minha criatividade e me autodesenvolver em outros aspectos dela além da música, claro, uma boa dose de positividade sempre ajuda.”

Alckmin começou a estudar fotografia e usá-la como um hobbie, para se distrair mesmo com todos os problemas causados pela pandemia.

“A fotografia foi o resultado da minha reinvenção como artista, foi um lembrete para acreditar na minha criatividade, no meu olhar e me desenvolver. Meu objetivo era não ficar parado”, conta.

Foto: Divulgação

O DJ começou a postar suas obras nas redes sociais, e além de atrair o público, que admirava as imagens pela beleza, começou a receber propostas de empresas para trabalhar como fotografo. “Algumas marcas que viam as fotos entravam em contato solicitando orçamentos para que eu, além de divulgá-las, fizesse algumas fotos mais profissionais do seu produto ou serviço. Como não tinha tantos seguidores, sabia que o caminho para valorizar meu passe seria na qualidade do conteúdo e não somente na quantidade. Nesse ponto pensei, se marcas estão querendo pagar pelo meu olhar, por que não o oferecer para decorar a casa das pessoas, será que elas também vão pagar por isso?”

“No primeiro mês vendi 11 quadros, no segundo 14 e estamos só começando”, compartilhou o fotografo, que criou seu próprio site, a fim de vender suas obras para o público.

Alckmin pretende conciliar sua carreira de DJ com sua nova carreira de fotógrafo e dá uma dica muito importante para artistas que, como ele, sofreram o baque econômico da pandemia. “A principal lição que aprendi nessa pandemia, financeiramente falando, foi não depender de uma única fonte de renda, até mesmo como profissional autônomo e empreendedor. Existem mais maneiras de ganhar dinheiro como artista e empresário, a curiosidade no olhar sempre vai me levar ao novo e a ressignificar as maneiras como me expresso e como minha arte é sentida, seja pelo ouvido ou pelos olhos, quero respirar criatividade todos os dias.”

Mais de Lifestyle