A frase “Lugar de Mulher é onde ela quiser” pode até ser clichê, mas é uma verdade irrefutável nos dias atuais. A história não nos deixa mentir. Muito pelo contrário, ela escancara uma série de injustiças cometidas contra as mulheres ao longo dos séculos. E mesmo que grandes personalidades femininas, como Malala Yousafzai, Oprah Winfrey ou até mesmo a Rainha Marta, ilustrem a importância e o protagonismo feminino no curso atual da humanidade, muitas barreiras ainda precisam ser superadas em pleno século 21.
A desigualdade de gênero no mercado de trabalho é uma dessas barreiras. Muito embora a mulher esteja cada vez mais presente em espaços antes ocupados majoritariamente pelo sexo masculino, a discrepância entre gêneros é gritante. Segundo dados compilados e divulgados pelo IBGE, por meio da Pnad Contínua, o salário das mulheres é, em média, 22% menor que o dos homens. A diferença sobe para 38% quando há nível superior completo envolvido no comparativo.
A busca por oportunidades também é mais árdua entre elas. A taxa de desemprego entre as mulheres brasileiras no primeiro trimestre de 2020 era 39,4% superior à dos homens. Fora isso, para muitas mulheres a jornada de trabalho não termina com o fim do expediente. Em média, o chamado “sexo frágil” gasta cerca de 21 horas semanais com tarefas domésticas, contra apenas 10 horas e 54 minutos do sexo oposto.
Diante de tantas barreiras a serem quebradas, conheça, no Dia Internacional da Mulher, a trajetória de vida de 6 mulheres reais, fortes, inteligentes e que não têm medo de lutar pelos seu espaço no mercado de trabalho e na indústria do turismo e da gastronomia.
Jean-Love Rose Glaelle Renalus – Foto: Divulgação
Uma nova esperança de vida na capital federal
Natural de Porto Príncipe, no Haiti, Jean Love Rose Glaelle Renalus, de 26 anos, é uma mulher forte e batalhadora. Sua história, como a de muitos outros refugiados, não é alegre, mas marcada pela falta de oportunidades em seu país natal. No Brasil desde 2016, quando desembarcou em Curitiba, com apenas 21 anos e sem falar uma palavra de português, Jean-Love, como gosta de ser chamada, viu no Brasil a esperança de uma vida melhor.
Hoje, cinco anos após a sua chegada, um alegre e contagiante sorriso no rosto logo entrega a boa notícia: muita coisa mudou em sua vida. A começar pelo DDD. Após passagem por Curitiba, Jean trocou a capital paranaense por Brasília, cidade que escolheu para viver após se firmar como camareira no B Hotel. A mudança, segundo ela, foi motivada pelo frio que sentia no sul do País.
Desde então, já são três anos de B Hotel e muitas vitórias. “Quando o Rony, gerente de RH do B Hotel, eu achei uma alegria tão grande dentro de mim e até hoje eu estou aqui, trabalhando todos os dias, direitinho, sem nenhuma reclamação. Eu vim para o Brasil para trabalhar e eu sei que meus sonhos dependem disso.”
Antes de ingressar no B Hotel, Jean-Love passou por dificuldades. Foram 10 meses desempregada. Nesse meio tempo, conviveu com dias de incerteza, medo e o sentimento de frustração e impotência ao conviver com o namorado, na cidade de Ceilândia, vizinha de Brasília. Em Curitiba, assim que chegou ao Brasil, também precisou enfrentar situação semelhante.
As dificuldades no novo País, no entanto, não se equiparam a realidade encontrada por Jean-Love em sua terra natal. “Eu comecei a viver a vida com 21 anos. No Haiti eu tinha muita dificuldade para arrumar um emprego. E mesmo aqueles que conseguem concluir seus estudos também encontram essa mesma dificuldade. Além disso, no nosso país, quando a idade começa a chegar para os nossos pais, é a nossa obrigação sustentar eles”.
Pouco a pouco as oportunidades encontradas por Jean-Love aqui no Brasil vão se transformando conquistas, como a tão sonhada casa própria, adquirida recentemente. Jean-Love é só sorrisos ao falar do seu apartamento e dos sonhos que ainda pretende realizar. “É um apartamento tão lindo… pouco a pouco eu vou trazer a minha família pro Brasil.”
Mami Fumioka – Foto: Divulgação
Mulher por trás de um dos maiores conglomerados de turismo do mundo
Filha de imigrantes japoneses, que se mudaram para o Brasil em 1960, em busca de novas oportunidades, a paulista Mami Fumioka, de 55 anos, é uma mulher movida a desafios. Na vice-presidência da Quickly Travel, agência de viagens especializada no destino Japão, que ela mesmo fundou, ao lado dos irmãos, em 1998, em um pequeno escritório, Mami é a grande responsável por grandes conquistas no mundo corporativo. Foi da sua cabeça que saiu a ideia de se juntar à um dos maiores conglomerados de turismo do mundo, a JTB Group, em 2014, em uma joint-venture que vem lhe rendendo frutos até hoje, como o direito de ser uma da subdistribuidoras oficiais de ingressos para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Mas antes de se tornar uma grande executiva e ser a primeira e única mulher a ocupar um cargo de alto comando em empresas filiadas ao Grupo JTB, ela teve que percorrer um longo caminho. De família humilde, precisou começar a trabalhar logo cedo.
Foi trabalhando no Caesar, aliás, onde Mami encontrou suas duas grandes mentoras de vida, com quem tem amizade até hoje. Chieko Aoki, fundadora e presidente da Blue Tree Hotels, e Sumico Vakahara, diretora de vendas internacional, também da rede de hotéis. “Foram 13 anos de muitas descobertas ao lado de pessoas incríveis, que me ajudaram a me desenvolver como pessoa e como profissional. Um dos ensinamentos que mais valorizo é o omotenashi, filosofia que prega o respeito e hospitalidade acima de tudo.”
O desenvolvimento pessoal e profissional de Mami também passa por um reencontro com as suas origens, quando em 1990, deu um intervalo em sua carreira e viajou ao Japão. Do outro lado do mundo aprendeu o bê-á-bá da hotelaria e, ao retornar ao Brasil, deu continuidade ao que deixou para trás por mais de uma década. Nesse meio tempo, Mami foi mãe em 3 oportunidades e em todas as gestações continuou trabalhando, até largar o emprego para se mudar para São José dos Campos, ao acompanhar o marido em um novo projeto profissional.
No interior, tentou uma vida diferente, como dona de casa. Não se adaptou. Não demorou muito até surgir a ideia de fundar uma empresa de eventos e, ao lado dos irmãos, fundou a Quickly Travel, em 1998. O começo, como não poderia deixar de ser, foi desafiador, mas após quase 15 anos de mercado e certa estabilidade, chegou-se à conclusão de que seria preciso mais.
“Chegou o momento em que eu vi que precisávamos de algo novo. Não podíamos mais ser engolidos por grandes TMC’S. Eu também sentia a necessidade de ver os meus colaboradores crescendo dentro de uma empresa, como eu fiz no passado. Foi ai que surgiu a ideia de ir em busca de uma globalização para a Quickly. Encontramos no Grupo JTB essa oportunidade e concretizamos o negócio. É um motivo de muita honra para mim, como profissional e mulher, em ambiente predominantemente masculino, ter constituído essa parceria de sucesso.”
Além da almejada globalização e da possibilidade de crescimento, a parceria trouxe oportunidades além do imaginado. A Quickly, graças ao empenho e insistência de Mami, se tornou a grande responsável por trazer turistas japoneses ao Brasil em 2014, durante a Copa do Mundo, em 2016, durante as Olimpíadas do Rio, e mais recentemente, em 2019, tornou-se uma das três revendedoras de ingressos oficiais para os Jogos Olímpicos de Tóquio, agora em 2021.
“O segredo para o sucesso está no ikigai, que é uma palavra japonesa que significa razão de viver ou força motriz para viver. Todos nós temos um. Só é preciso encontrá-lo. Eu procuro fazer sempre o bem, ser solidária com as pessoas e estar próxima de todos. O sucesso não se faz sozinho, mas sim em equipe e com as pessoas que cercam você. E é assim que procuro fazer as coisas na Quickly Travel.”
Questionada sobre a participação da mulher no mercado de trabalho, sobretudo no mundo corporativo, Mami ressaltou a dificuldade. “Não foi fácil. Eu precisei me preparar e lutar muito para conquistar o meu espaço. Ocupo há 7 anos o cargo de Vice Presidente da Quickly Travel e conquistei o respeito de todos com quem precisei lidar até aqui. Sou a única mulher em um cargo de alto comando nas empresas do Grupo JTB e acredito que ainda há um longo caminho pela frente, mas mudanças estão ocorrendo. Um bom exemplo disso é chegada de uma mulher, Seiko Hashimoto, à chefia do Comitê Olímpico de Tóquio. Mas é preciso entender e ressaltar sempre que para a mulher, o trabalho muitas vezes não termina após o expediente. O trabalho nunca acaba, principalmente se você for mãe.”
Renata Maia Luque – Foto: Divulgação
A mulher por trás do 6º sentido Six Senses no Brasil
A paulistana Renata Maia Luque, de 39 anos, é uma mulher de pulso e com certo tino para grandes negociações e reuniões com investidores, stekeholders e até C levels. Seu vasto currículo no mercado hoteleiro de luxo a credenciou para isso. São mais de 20 anos de carreira e passagens expressivas por grandes empreendimentos. Hoje, pouco menos de um ano após sua chegada ao atual emprego, como Diretora de Marketing & Vendas, a executiva tem sido uma das grandes responsáveis por coordenar e promover uma importante novidade para a indústria do turismo nacional: a chegada da gigante Six Senses ao país, anunciada em novembro de 2020.
Renata trouxe para o Six Senses Botanique uma considerável expertise em turismo e hospitalidade no universo upscale. Conhecimento mais do que essencial para o atual momento, onde os valores e o comportamento do viajante, impedido de viajar para o exterior, vem mudando constante ao buscar no mercado interno soluções para vivenciar o luxo e até o pós-luxo em locais isolados, seguros e protegidos pela natureza.
Mãe de dois meninos pequenos, Renata sempre buscou leveza ao encarar a vida. “Tento levar a vida de forma mais leve e sem carregar muita culpa pelos momentos que não posso estar com meus filhos. Quando estou trabalhando, tento ser a melhor. Assim como quando estou com eles tento ser a melhor mãe possível, mesmo sabendo que alguns e-mails ficarão para depois.”
Aos 18, convicta do que queria para a sua carreira, Renata ingressou na faculdade de Administração hoteleira e logo conquistou uma vaga de estágio no extinto Caesar Park, um dos melhores hotéis de São Paulo.
“Foram 2 anos de muito aprendizado até que me mudei, também como estagiária, para o Emiliano, que marcava o início de uma nova era na hotelaria de luxo no Brasil. Ali foi a minha grande escola profissional, onde entrei como estagiária, cresci, aprendi, me desenvolvi e sai depois de 12 anos como Diretora de Marketing & Vendas.”
Em busca de novos ares, Renata foi para o “outro lado” da indústria ao trabalhar numa agência boutique de viagens. “Nessa nova experiência de trabalho, que durou quase três anos, eu pude aprender os dois lados do business do turismo e da hotelaria.” Com mais bagagem e histórias para contar, a executiva assumiu o cargo de Diretora Global de Vendas & Marketing do Grupo Fasano, onde aprendeu muito sobre a gestão de pessoas.
Ao ser questionada sobre as barreiras a serem superadas no mercado de trabalho pelas mulheres, Renata acredita que o grande entrave seja o equilíbrio entre o pessoal e profissional.
“Na hotelaria os desafios são menores na equidade de gêneros, mas ainda existem. Acho que o grande passo para começarmos a melhorar isso é entender as demandas das mulheres e equilibrar a vida profissional e pessoal, gestação, licença maternidade e etc. Seria incrível ver uma participação maior dos homens e pais nessa divisão de tarefas e assim o mercado entenderia melhor o quão difícil é essa tarefa de equilibrar todos esses pratinhos. Ainda me vejo em situações onde as pessoas me perguntam: Você viaja tanto, trabalha tanto, e o seus filhos? Não imagino a mesma pergunta sendo direcionada para executivos homens.”
Aline Meneses dos Santos – Foto: Divulgação
Uma mulher sem medo de arriscar
Aline Meneses dos Santos, natural de Eunápolis, Bahia, é uma mulher que não tem medo de arriscar. A gerente de Governança do Pratagy Beach All Inclusive Resort, de Maceió, Alagoas, hoje com 40 anos de idade, e um filho de 20 anos, Gustavo, fruto do primeiro casamento, se considera uma pessoa inquieta profissionalmente. Sempre esperando mais, inclusive de si mesma, Aline chegou ao Pratagy em 2016, após um longo percurso na hotelaria, iniciado há mais de duas décadas.
A história de Aline começa em 1999, em resort de luxo na Bahia, onde trabalhou por cerca de 2 anos como garçonete. Insatisfeita e almejando voos cada vez mais altos, resolveu estudar inglês para poder mudar de função e se candidatar à uma vaga interna como telefonista. Conseguiu. Mas nesse meio tempo, engravidou. “Foi um período difícil. Me dedicar muito ao curso, ao trabalho e, claro, tudo isso com o Gustavo dentro de mim. Felizmente deu tudo certo, eu consegui a vaga e trabalhei nessa função por 5 anos, até que o meu esposo recebeu uma oferta de emprego em Natal e precisamos nos mudar para lá.”
Um mês depois de chegar ao RN, já estava empregada. “Em um ano, fui promovida para supervisora de bares, o meu 1º cargo de chefia em 8 anos de hotelaria”. Aline ficou feliz, mas logo percebeu que não era o que gostava de fazer. Sua paixão estava na hospedagem. “Quando eu soube que o hotel iria abrir uma central de atendimento, algo parecido com a minha função na Bahia, pedi transferência e entrei nessa área com o assistente.”
“Às vezes, é preciso dar dois passos para trás para dar um para a frente.” Em um ano como assistente, promoção para coordenação geral e contribuição assídua para o desenvolvimento do setor. Mas se tudo ia bem na vida profissional, o mesmo não acontecia em casa. Ao se separar do marido, Aline começou a se sentir deprimida. Voltou para a Bahia e se apegou à uma nova religião. “Ao me converter, encontrei forças, refúgio e discernimento para continuar.”
O apego à fé abriu portas. Ao ser convidada para um ingressar em novo projeto hoteleiro, em João Pessoa, Paraíba, Aline se encontrou na carreira ao conhecer a gerente geral Margarete Ausier. “Ela identificou em mim potencial para a governança e para que eu pudesse desenvolver essa função, ela investiu em mim ao me pagar alguns cursos de especialização. Também me enviou ao Uruguai, para um programa de capacitação e, mesmo sem experiência prévia, assumi o cargo e descobri a minha paixão, que é a governança.”
Desde então, Aline descobriu que precisava de mais. “Eu tinha a necessidade de me aprofundar na área. Queria conhecer tudo e ao longo de 22 anos pude trabalhar nos mais variados segmentos da hotelaria até que o Pratagy Beach me encontrar em Natal.”
Beatriz Curry – Foto: Divulgação
Paixão pelo mundo das cervejas artesanais
Nascida em Campinas, interior de São Paulo, Beatriz Cury se apaixonou pelas cervejas artesanais quando o meio ainda era pequeno, pouco falado e em desenvolvimento. Mas a trajetória profissional de Bia não começou pelo universo cervejeiro. Tudo teve início em 2008, quando ingressou no curso de engenharia de alimentos da USP, na cidade Pirassununga. Foi ali que deu os primeiros passos de carreira ao conquistar uma vaga de estágio na empresa Mãe Terra Produtos Naturais. Ainda como estudante universitária, também fez parte do programa de desenvolvimento dentro da própria USP, de arrecadação financeira e criação de projetos para Caiçara Rio do Vento, cidade do sertão do Rio Grande do Norte.
Beatriz foi longe e cresceu dentro da Mãe Terra com as vagas assistente e depois como analista na área de suprimentos e desenvolvimento de pequenos produtores da empresa. Mas o interesse pelo mundo das cervejas sempre falou mais alto. Existia grande foco sobre o assunto na vida pessoal e já havia feito cursos de cerveja baseados no processo caseiro e artesanal. O universo conspirou a favor da paixão de Bia e no ano de 2015, conseguiu uma indicação para vaga na área comercial da Cervejaria Nacional, microcervejaria no Bairro de Pinheiros. A imersão no mundo cervejeiro proporcionou na rotina de trabalho proximidade com distribuidores e oportunidades de novos negócios, o que foi um grande aprendizado. Com o tempo assumiu os núcleos de marketing, vendas e estruturou as áreas de eventos, delivery.
Atualmente com 31 anos, Beatriz atua há seis anos na Cervejaria Nacional. É sommelier de cervejas, continua no comando das mesmas áreas e ainda contribui no processo de criação e acompanhamento de novas campanhas. Sobre as dificuldades no mercado de trabalho, Bia ressalta que é a luta por cargos e ter voz, é constante.
“As mulheres ainda procuram espaço para serem ouvidas e assumirem cargos de confiança. Em algumas áreas em específico, como a da cerveja, ainda é preciso lutar contra preconceitos, assédio e mostrar que somos capazes. É uma luta constante mas estamos conseguindo mudar.”
Meri Maio – Foto: Divulgação
Mãe, empresária e sócia de restaurante de sucesso
Meri Maio, de 50 anos, começou a trabalhar muito cedo. Focada e sempre em busca de independência financeira, se movimentou e aos 14 anos, transitou por diferentes profissões como vendedora, secretária, promotora de eventos, entre outras. Na vida acadêmica, estudou até o terceiro ano de economia na Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) e em 2018, se aventurou em gastronomia, na escola Accademia Gastronomica do Giuseppe Gerundino, em São Paulo. Curso que diz muito por onde sua carreira cravou o sucesso: atualmente é sócia do prestigiado restaurante By Koji, dentro do estádio do Morumbi.
“Em 2010, conhecemos o Carlos Koji, renomado sushiman, e foi apresentada a oportunidade de abrir um restaurante dentro do estádio do São Paulo Futebol Clube. Eu estava certa que seria uma parceria de sucesso, já que tinha experiência na área administrativa e financeira, e por toda competência gastronômica do Chef.”
Desde 1997, Meri é empresária e atua na área de consultoria administrativa e comercial, assessorando uma empresa de facilities. Já a trajetória no ramo de alimentação começou em 2003, por meio de um sociedade com o marido, Wagner Maio, e seus dois irmãos, voltada para inauguração de um restaurante de quilo. O sucesso foi tão grande e possível investir na compra de mais quatro estabelecimentos diferentes e o Bar Martins, no Jardim Paulista, onde foi sócia e cuidou da área administrativa, até 2012.
Há dez anos como sócia do By Koji, restaurante japonês, Meri se diz realizada, mesmo com todos os obstáculos já enfrentados. “Realmente não estava errada. É uma parceria que deu muito certo e continuamos em ascensão, mesmo com todas as adversidades enfrentadas neste último ano de pandemia da Covid-19.”