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Outubro Rosa: esculturas marcam intervenção urbana em oito cidades

Obra de Leticia Maia – Foto: Divulgação

Em 2010 quando a odontopediatra Louise Liu Rigo Vargas de Oliveira recebeu o diagnóstico de câncer de mama não imaginava que dez anos depois ainda estaria com a doença. Sua história de uma década de superação, e a de outras pacientes, serão compartilhadas na exposição “Inspiração Pink” que, ao lado do projeto Artemisa, ambos executados via Lei de Incentivo à Cultura, levam a oito cidades do País 23 esculturas de torsos que representam mulheres e um homem em tratamento. A exposição faz parte da programação do Coletivo Pink, iniciativa da Pfizer em parceria com as principais associações de pacientes no País. Tem como objetivo levar informação de qualidade sobre câncer de mama para a sociedade, romper paradigmas e acolher pacientes que vivem com metástase.

Obra de Rafa Mon – Foto: Divulgação

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“A pandemia nos trouxe a oportunidade de inovar, por isso escolhemos os projetos que nos possibilitaram realizar, sem aglomeração, intervenções urbanas e conexões virtuais. Unimos na exposição vozes e histórias de mulheres, e de um homem, e ampliamos o alcance do Coletivo Pink no Brasil. Neste formato, também asseguramos a divulgação de informação de qualidade, em especial, sobre o câncer de mama metastático, além de sensibilizarmos a sociedade para a importância da prevenção e da vida”, explica Cristina Santos, diretora de comunicação da Pfizer.

Obra de Clara Leff – Foto: Divulgação

Com 1,70 m de altura, as esculturas se destacarão nas ruas, em estações de trem e metrô das cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Recife, Belém e Brasília, onde serão instaladas e ficarão expostas no mês de outubro. As intervenções artísticas nos torsos foram criadas por 15 artistas plásticos que se inspiraram em cada paciente, de acordo com suas particularidades e histórias. São elas: Nina Pandolfo, Rizza, Ju Violeta, Patrícia Carparelli, Clara Leff, Minhau, Stella Nanni, Linoca, Pri Barbosa, Rafa Mon, Stefany Lima, Leticia Maia, Erika Chichkanoff, Associação Laramara, coletivo de artistas com deficiência visual, e Didu Losso, curador da exposição, ao lado de Camila Alves, que também assina a mostra.

Obra de Minhau – Foto: Divulgação

Uma das esculturas, por exemplo, utilizou borboletas, pois simbolizam o processo de transformação que a paciente vivencia. Em outra, a paciente se reconhece como um girassol, sua flor favorita, a flor do sol, que simboliza energia e vitalidade. Já no caso do paciente Paracelso Alves Vieira Júnior, a escultura ganhou tons “palmeirenses” em razão de sua predileção pelo time paulista. Para conhecer a história de cada paciente, basta que o celular seja direcionado para o QR Code disposto nas esculturas ou acessar o site www.coletivopink.com.br.

Obra de Stefani Lima – Foto: Divulgação

“Os torsos são esculturas clássicas eternas e se conectam com vida e longevidade. A arte ajuda a criar empatia e mobilizar as pessoas”, conta Didu. Ele sabe o quanto a empatia é necessária quando se tem a doença porque já foi diagnosticado com câncer de pele. Quem anda conectado com ele nesta missão é o produtor cultural Igor Cayres que traz a segunda edição do projeto Artemisa. No ano passado, criou a exposição de fotos artísticas de mulheres em tratamento, realizada na Casa das Rosas, em São Paulo. Neste ano, em parceria com o Inspiração, Cayres é o responsável por levar o Coletivo Pink mundo afora por meio de canais virtuais, como mídias sociais, website e pelo Google Arts & Culture, plataforma que reúne as grandes exposições do planeta. Cayres é o primeiro produtor cultural brasileiro a conseguir este espaço na concorrida plataforma do Google.

Obra de Rizza – Foto: Divulgação

O Artemisa é uma homenagem à mãe, Beth Cayres, famosa produtora cultural, que faleceu no ano passado, apenas quatro meses após receber o diagnóstico. “Minha mãe continuou trabalhando e demonstrando sua força e é inspiração para mim e um compromisso que assumi com a causa; levar por meio da cultura a beleza e a transformação das pacientes para sensibilizar a sociedade”, explica.

Quem estiver observando qualquer um dos 23 torsos poderá visualizar as outras esculturas no mesmo momento, bastando direcionar seu celular para o QR Code que o levará à exposição virtual completa.

O lançamento acontece no dia 1º de outubro com uma projeção artística na fachada do prédio da Fiesp, na Av. Paulista.

Integrar dois projetos incentivados para atender à demanda tão exclusiva de uma empresa, no caso, a Pfizer, foi um trabalho de Andrea Moreira, da YABÁ Consultoria, e Camila Alves, da Trilha Cultura, parceiras em produção de projetos socioculturais. Juntas desenharam um plano capaz de unir arte, engajamento social e a linha de comunicação que a Pfizer esperava: o acolhimento de quem está com câncer de mama metastático. O resultado é a realização do maior programa de engajamento social do Outubro Rosa no Brasil.

Coletivo Pink

Em sua terceira edição, a programação do Coletivo Pink inclui também a realização de dez atividades ao longo do mês, no que foi chamado de Sofá Pink. Serão encontros online que reunirão especialistas e pacientes. Totalmente gratuito, trarão temas diferentes a cada semana de outubro. Entre eles, a importância da vacinação para pacientes com câncer, sexualidade, empreendedorismo, maternidade e o papel da família na rede de apoio à mulher com câncer. O Sofá Pink trará histórias inspiradoras e informações de qualidade sobre a doença, visando o fortalecimento do feminino.

As associações de pacientes oncológicos parceiras do projeto são: Instituto Oncoguia, Instituto Vencer o Câncer (IVOC), Amor e União Contra o Câncer (AMUCC), Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Todos Juntos contra o Câncer (TJCC) e Além da cura e a Casa Paliativa.

Para programação completa do Coletivo Pink visite www.coletivopink.com.br.

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