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Em websérie documental, Kyra Gracie fala sobre representatividade feminina no jiu-jitsu: “Achava que era só para os homens”

Kyra Gracie e Erika Abreu – Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (22.09), foi ao ar o 3° episódio de “Smile Makers Brasil”. A websérie, que mostra a transformação e retrata a vida profissional e pessoal das irmãs dentistas Rachel e Erika Abreu, conta com a presença de pacientes anônimos e famosos das profissionais. Dessa vez, “Smile Makers” contou com a presença da pentacampeã mundial de Jiu-Jitsu Kyra Gracie, que é casada com o ator Malvino Salvador.

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Durante o episódio, Kyra, que foi a primeira de sua família a conquistar uma faixa preta em jiu-jitsu e a competir ativamente no esporte, falou sobre representatividade feminina na luta.

“Eu cresci dentro de um ambiente onde todos os meus tios e primos eram campeões de Jiu-Jitsu, e eu ia para academia assisti-los o tempo inteiro. Então, eu vivia muito isso, apesar de achar que era só para os homens porque eu não tinha uma referência feminina. Eu chegava lá no espaço, na academia, só via os meninos treinando. A gente até brincava um pouquinho, mas não era incentivado para as mulheres. Até que um dia, eu chego e minha mãe está no tatame. Quando eu vi isso, falei: ‘Minha mãe está treinando, legal, eu posso treinar. Isso me incentivou muito’”, disse a integrante da família Gracie.

A representatividade feminina também foi abordada por Rachel e Erika, mas, ao contrário de Kyra, na profissão delas, as mulheres não são minoria numérica.

“A maioria dos dentistas são mulheres, mas quando a gente vê um dentista bem-sucedido palestrando em um congresso é sempre um homem”, disse Rachel.

“Na faculdade, a maioria dos universitários eram mulheres. Uma vez um colega falou: ‘Nossa, a maioria é mulher. Eu estou super tranquilo porque daqui a pouco vocês vão parar para engravidar e terem filhos, então vocês não são concorrência’. Ele nem sabe, mas isso me estimulou a casar, engravidar, mas colocar a minha profissão em um nível de importância tão grande como da minha família. Nós percebemos que somos referências para muitas mulheres para não pararem. Eu coloco uma foto grávida trabalhando e ttenho esse retorno. Nossa, você me estimula. Aí a gente vê que não pode parar”, endossa Erika.

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