My Green Network (MyGN) – Foto: Divulgação
Depois de um ano e meio de dedicação e investimentos na obtenção da licença de produtos envolvendo a cannabis nos estados da Califórnia e do Colorado, nos Estados Unidos, a My Green Network (MyGN) nasceu em 2018 com um objetivo inovador: transformar ideias em realidade. O objetivo da empresa é garantir que empreendedores e conhecedores do assunto possam, finalmente, viabilizar negócios.
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Sediada em Orange County, na Califórnia, a MyGN tem como proposta ser um espaço completo para desenvolvimento de projetos baseados na planta – de produtos alimentícios a medicamentos, passando por cosméticos, cervejas e muito mais. Os produtores apenas pagam uma mensalidade para utilizar os espaços da MyGN, além de uma taxa inicial para a obtenção da licença para produção de produtos à base de cannabis.
“Somos um espaço colaborativo, uma mistura de incubadora com coworking. Assim, atendemos qualquer pessoa que queira criar um produto e não disponha de tantos recursos, ou simplesmente não deseje fazer altos investimentos”, afirma Maria Cordeiro, brasileira e uma das co-fundadoras. Ela, ao lado de seus dois sócios norte-americanos, os advogados Ken Hwang e James Shih, investiram US$ 1,7 milhão na abertura da empresa – que tem licença na Califórnia. “Nosso intuito é ampliar o acesso à fabricação de inovações à base de cannabis, viabilizando o surgimento de novas startups no setor”, diz ela.
Maria Cordeiro – Foto: Divulgação
Hoje, a empresa conta com sete espaços colaborativos, com capacidade de atender cerca de 30 empresas por mês. Segundo Maria, em apenas um dia de trabalho, é possível produzir o equivalente a US$ 15 mil, em média. “Nossos espaços para produção seguem à risca todas as normas determinadas pela legislação da Califórnia”, afirma.
Hoje, a empresa possui contrato assinado com 15 empresas que fabricam itens diversos como cremes, snacks, barras de cereais, doces etc. Com a MyGN, estes empreendedores chegam a reduzir em até 90% dos custos de abertura, o que inclui investimentos iniciais, conformidade, tempo e até mesmo insegurança jurídica. “Empreender significa enfrentar uma verdadeira selva, e trabalhar com cannabis exige ainda mais cuidados porque há riscos de todos os lados. Nós temos consciência das dificuldades e por isso desejamos ajudar quem quer começar a trilhar este caminho”, diz a brasileira, de 25 anos.
SharkTank
Agora, a empresa lança um SharkTank, cujo objetivo é promover uma seleção de empresas para oferecer a oportunidade de produção dentro de seu espaço. Para participar, é necessário ter uma boa ideia, mínimo de 21 anos de idade e pertencer a uma minoria. “Pelo alto custo do negócio, 99% dos americanos nunca terão a oportunidade de ter sua própria licença para trabalhar com cannabis. Por isso, pensamos em realizar esta iniciativa voltada para as pessoas que têm o desejo de empreender, mas que pertençam à minorias – inclusive brasileiros e estrangeiros de modo geral”, informa.
Em um primeiro round, os participantes precisarão explicar sua paixão pela indústria e porque seriam bons candidatos para ganhar o prêmio principal. No segundo round, eles devem enviar o plano de negócios para ser avaliado; na terceira etapa, haverá uma votação aberta ao público, pela internet, para escolher o melhor projeto.
O vencedor receberá uma licença para produção de produtos (Type-S License) além de toda a assistência de advogados para a criação da empresa, branding e criação das embalagens pelo Studio Goesto.