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Descubra quais são os carros de luxo mais vendidos no Brasil

A BMW X1 foi o carro de luxo importado mais vendido no Brasil no primeiro semestre do ano passado, segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Com 2,3 mil unidades comercializadas nos primeiros meses de 2018, o jipe da montadora alemã ficou à frente do Classe C, da Mercedes-Benz, que vendeu 2 mil modelos, e do Audi Q3, com 1,8 mil vendas. Destes, apenas o segundo colocado não tem estrutura de chassi de SUV.

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A lista ainda tem o BMW 320 (1,7 mil unidades), o Classe GLA, da Mercedes-Benz (1,5 mil), o XC60, da Volvo (1,5 mil), o Audi A3 Sedan (1,1 mil) e o Land Rover Evoque (1 mil). O licenciamento 2019 deve dar uma dimensão atualizada do volume de veículos de luxo vendidos.

Os dados corroboram uma pesquisa feita em 2016 pela revista estadunidense Forbes com consumidores de carros brasileiros: a conclusão do estudo foi que, no país, Audi, BMW e Mercedes são, respectivamente, o sonho de qualquer pessoa. Apesar de a Audi estar na primeira posição, a montadora alemã não tem tanto sucesso nas vendas quanto sua conterrânea BMW, que, de 1991 para cá, já vendeu mais de 70 mil modelos no Brasil – muito mais que sua principal rival, a também alemã Mercedes-Benz.

No caso desta, a pesquisa da Forbes mostrou que a maioria dos modelos da montadora no país não é de luxo: o que mais vende aqui são caminhões de carga. Apesar disso, o carro-chefe da marca, o Classe C, é desejo de muitos brasileiros.

As alternativas dos leilões
Se nas lojas de automóveis importados os preços são quase impraticáveis para a imensa maioria das pessoas, em leilões na internet é possível encontrar modelos por valores bem abaixo dos de mercado. Em agosto de 2018, o publicitário paulistano Felipe Palme arrematou um GM Camaro por R$ 100 mil. De acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que regula a tabela de preços de veículos no pPaís, uma versão igual à dele na loja custa R$ 130 mil. O mesmo aconteceu com o empresário Kelve Warjügen, que comprou uma BMW Sedan pagando cerca de R$ 60 mil reais. Pela tabela Fipe, o valor real do carro supera os R$ 110 mil.

Ao contrário da maioria dos veículos de leilão, o automóvel não tinha nenhum dano. “O primeiro proprietário perdeu o carro para o banco”, conta ele. Nesses casos, os valores não caem tanto, porque a mercadoria ainda possui valor de mercado razoável. “O banco fez valer o contrato e o tomou para si”, conta não sem certa simpatia para com o antigo dono. O veículo foi vendido ainda em primeira praça pelo leilão de Curitiba da Sodré Santoro, uma das grandes leiloeiras do país.

Situação diferente do comerciante goiano Carlos Marques: no final do ano passado, ele comprou uma BMW 550i produzida em 2011 por R$ 36 mil. Na tabela Fipe, o veículo vale R$ 93 mil – mais do que o dobro do preço. No caso dele, porém, o veículo estava batido na parte dianteira. Os valores de recuperação podem aumentar o preço final para até R$ 80 mil, o que ainda representa uma economia de R$ 13 mil reais.

Ele, no entanto, está satisfeito. “O chassi foi preservado, assim como todos os equipamentos internos, o câmbio. Vou gastar dinheiro com a funilaria, alguma coisa do motor e a direção – essa sim vai ser cara”, comenta. Ele calcula que, com os custos para arrumar o carro, ainda economizará cerca de R$ 15 mil.

Há casos em que os compradores são revendedores de peças, o que faz com que os lucros sejam maiores. Veículos como um Subaru Impreza 2011 que capotou em uma rodovia de São Paulo são vendidos no leilão por R$ 6.500. As lojas revendem pedaços do veículo posteriormente, como rodas, pneus, portas, equipamentos eletrônicos e partes do motor – todas que também são caras em revendedores oficiais.

Para o advogado Milad Kalume, que trabalha como gerente de negócios em uma consultoria financeira, o maior risco ao comprar um veículo de leilão é a falta de verificação do estado dele. Por isso, é fundamental que o cliente agende um horário para visitá-lo antes de comprar. “Normalmente, os veículos provenientes de leilão são bens em estado ruim de conservação e exigem certo investimento para deixá-los em ordem”, explica. Há casos em que alguns compradores chegaram a ter prejuízos.

Segundo a Fenabrave, federação de concessionárias operando no país, a alta nas vendas de carros no Brasil foi de 9,23% em 2017, em comparação com o ano anterior. Nesse meio tempo, porém, os leilões de veículos se tornaram uma opção para adquirir um automóvel por um preço mais em conta.

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