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Karina Buhr dá dicas dos lugares por onde passou com sua turnê europeia

Cantora fez um roteiro especial pra RG, vem ler

“Passamos muito rápido por Lisboa. Chegamos direto pro show, tocamos e fomos correndo pro Porto, então, minha dica de Lisboa fica pra próxima viagem.

No Porto o melhor pra ver é… a cidade inteira! Cada pedrinha das ruas e aproveitar cada arrepio que dá no corpo quando sente uma identificação ancestral, ao mesmo tempo aflitiva e maravilhosa, com um jeito de falar, um pedaço de porta de igreja. E as comidas… e os vinhos…

Tivemos a sorte louca de estar lá exatamente na época de São João e cruzar com as rusgas no meio da rua. As “Rusgas de São João” um encontro de rusgas, que é um folguedo com música e dança, bem bonito, que cada “freguesia” da cidade tem a sua.

E aí vem na cabeça, pelo ouvido e pelo arrepio do braço, o Bloco da Saudade, de Recife, os maracatus, principalmente meu Estrela Brilhante, o baião, as festas nossas todas, de carnaval e São João.

Em Madri tem o centro cultural Matadero, antigo matadouro desativado e ressignificado. Foi onde aconteceu meu show na cidade (na programação do festival Fringe), um lugar incrível de se conhecer e com programação maravilhosa de peças e shows.

Paris pra mim também é andar pelas ruas. Tocamos na beira do rio, na Bienal Internacional de Dança do Ceará, entre o jogo da França e do Brasil na Copa…

Quem for pra Barcelona tem a ida imperdível ao Palau de La Música. Tocamos lá e foi uma emoção única da vida. Teatro belíssimo, de 1908, com uma acústica de tirar o fôlego e uma beleza que fez Catatau, guitarrista, me falar “gata, não roda o microfone hoje não” rs. Ele falou isso se referindo ao faroeste de laço que faço com o cabo do microfone no show, com medo de eu quebrar algum ladrilho, algum pedaço de nariz de alguma estátua maravilhosa rs. O Palau tem visitas guiadas e aconselho mesmo a quem for lá.

Berlim é cada pedaço de rua, cada passo dado, cada muro, tudo da cidade. Amo essa cidade. Tocamos no Marie Antoinette e é um lugar bem legal pra ir, um club underground, embaixo da linha do metrô, perto da Alexander Platz, com janelas que dão pro rio. Entre as fotos tem meu encontro surpresa comigo mesma no cartaz do show, num poste da Warschauer Strasse.

Dois lugares incríveis em Berlim: o atelier Aviatrix, da artista (artista plástica, designer, dj…) pernambucana Renata Faccenda, que fica do lado do parque Tempelhof, por sua vez, um antigo aeroporto desativado, que foi pra votação popular, porque estava prestes a cair nas garras da especulação imobiliária. Pois o Tempelhof foi votado e virou um maravilhoso e imenso parque público.”

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