A universidade do futebol

O Brasil é o tal do país do futebol (ou não), mas foram os ingleses que inventaram a métrica do jogo, organizado e com regras. Um século e lá vai pedrada depois, eis mais um mérito: é inglesa a primeira universidade do futebol. Começa em setembro o primeiro ano letivo da UCFB, a University & College of Football Business, uma parceria entre a centenária Buckinghamshire New University e a escola de futebol do time inglês Burnley, que em 2009 voltou à primeira divisão inglesa, depois de 33 anos, graças a um arrojado business plan.

“Futebol é um fenômeno global, econômico e social. É importante entender sua evolução e pensar em inovações”, defende a apresentação do site da UCFB. “Há muitos empregos neste business que vão exigir cada vez mais novas habilidades, a combinação de qualificação, experiência prática, imaginação e comprometimento”. A UCFB vai oferecer um curso de graduação de 3 anos para profissionais de marketing e gestão, além de cursos rápidos, workshops e palestras. Num momento oportuno: a UEFA, associação de agremiações européias, recentemente reportou que mais da metade dos seus 655 associados enfrenta problemas financeiros, mesmo gerando uma renda anual coletiva de cerca de 11,7 bilhões de euros.

No Brasil, a coisa não é muito diferente… aliás, é periclitante. Profissionalizar o negócio é urgente, pra que finalmente a gente consiga manter nossos craques no país, tornar mais atraente o espetáculo, gerar mais renda com os jogos, atrair mais investimentos, construir estádios – como pode o Corinthians, o time de maior torcida do país, penar para levantar o Itaqueirão, depois de tantos anos? Chega de cartolas que não sabem conjugar verbo, maior vergonha…