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Páscoa: o prazer de comer bem precisa de equilíbrio, diz especialista

Foto: divulgação

Celebrado neste domingo (17.04), a Páscoa é um verdadeiro convite ao prazer de comer bem, e uma verdadeira tentação para os amantes de um bom chocolate.

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Uma breve navegação pelas redes sociais, por exemplo, leva a receitas de encher os olhos e dar água na boca para os mais chegados em doces. “O ambiente oportuno e as ofertas tentadoras de ovos de Páscoa e outras delícias de todos os tamanhos, tipos e recheios, estão em todos os lugares e podem ser territórios delicados para quem vive na luta contra a balança. O hábito de se alimentar é muito afetivo. Está associado à uma questão de conforto”, o alerta é da nutricionista Amanda Giovannetti, da Amparo Saúde, frente de negócios do Grupo Sabin.

A especialista observa que a questão é muito mais comportamental do que alimentar. “O que notamos é que, quando o assunto é doce, há muitas questões envolvidas e o comportamento de muitos pacientes muda em certos períodos do ano. Natal, Páscoa, são dias em que muitos tendem a ficar mais suscetíveis a estas delícias cheias de açúcar e acabam perdendo um pouco da atenção na hora de equilibrar o prazer de um docinho sem culpa. Quem adota dietas mais restritivas corre mais risco de exagerar quando sai da rotina.”

Ainda de acordo com a nutricionista, o chocolate possui uma série de compostos bioquímicos que, ao chegar na boca, promovem sensação de bem-estar, dão energia e ainda melhoram o humor. “O sabor doce e agradável praticamente combina com tudo, né? O problema é quando o momento aconchegante de comer um docinho deixa de ser o aliado do prazer e da pausa necessária na correria do dia a dia e se torna um comportamento automático, desatento e fonte de culpa. Por isso, orientamos que não há necessidade de excluir um alimento. Vale muito mais a pena buscar uma alimentação equilibrada para fugir dos exageros e não cair em episódios compulsivos”, diz ela.

Segundo a especialista, o fluxo de pacientes que buscam orientação nutricional após os períodos de celebração costuma aumentar significativamente. “É muito comum notarmos um fluxo maior de atendimento pós períodos de celebrações e férias escolares, mas o que nos preocupa é o alto índice de pessoas buscando por resultados imediatos. Elas esquecem que se alimentar é um hábito diário e que essa transformação que procuram está nos hábitos adotados a longo prazo, na rotina diária de cuidados e na alimentação saudável associada às atividades físicas, que ajudam a encontrar e manter o peso ideal.”

“Um importante aliado na hora das compras para o almoço de Páscoa é a lista de supermercado. Com ela em mãos, a possibilidade de exagerar na hora de escolher os produtos pode diminuir bastante, fazendo com que as escolhas sejam mais adequadas à sua rotina e necessidades alimentares”, destaca.

De acordo com a nutricionista, no momento de encher o carrinho, o consumidor precisa estar focado nos alimentos ricos em nutrientes, que trazem qualidade e ajudam a manter o cuidado com a balança. “Se for comprar ovos de Páscoa, tente os recheados com castanhas e frutas secas. Busque nas gôndolas as opções de chocolates amargo, meio amargo, até mesmo extra amargo, que são ricos em flavonoides, antioxidantes poderosos que reduzem os riscos de doenças cardiovasculares e auxiliam na redução da pressão arterial e do colesterol ruim. Também é interessante ler rótulos. Se o produto apontar muitos conservantes, por exemplo, é melhor eliminar da lista, assim como aqueles que têm grande quantidade de gordura trans (a gordura vegetal hidrogenada)”.

Além disso, a nutricionista destaca que portadores de doenças crônicas ou com algum tipo de restrição alimentar encontram alternativas saudáveis e nutritivas também. “Diabéticos, hipertensos têm uma rotina mais delicada, mas não precisam excluir do menu o açúcar. Com cuidado coordenado e acompanhamento contínuo, que leve em conta seus hábitos sociais, é possível promover adaptações dentro de um contexto saudável e de qualidade”, conclui.

 

 

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