Foto: Arquivo Harper’s Bazaar
A cirurgia plástica ainda é o padrão ouro para alcançar resultados estéticos, principalmente na face. “Rejuvenescimento facial aprimorado, escultura de mama e corpo e outros refinamentos são difíceis de serem realizados fora da sala de cirurgia, mesmo com o avanço tecnológico. No entanto, muitos tratamentos podem ser combinados – como se fossem parcerias entre os invasivos e não invasivos – para potencializar os resultados”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
“Um exemplo disso que vem cada vez mais sendo utilizado é a lipoenxertia. O paciente que fez a lipoaspiração pode se beneficiar dessa gordura retirada em outras áreas, como nos seios ou até mesmo na face, para dar volume, rejuvenescer e melhorar o brilho da pele”, acrescenta o médico.
O que a cirurgia plástica pode fazer
Segundo Farinazzo, a cirurgia plástica é ótima para “apertar” a pele solta, pois é possível removê-la fisicamente. “A estrutura subjacente do rosto também pode ser esculpida e apertada. E, em combinação com o enxerto de gordura, podemos melhorar sua face, mama e outras áreas do corpo, dando mais volume. Então é possível “esticar” e “esculpir”, aprimorando integralmente a aparência do paciente. A lipoenxertia geralmente tem o benefício de melhorar a qualidade, a cor e a textura da pele. Curiosamente, pacientes e cirurgiões plásticos notaram melhorias na qualidade da pele após a técnica”, explica.
Seja um lifting facial, de pescoço ou corporal após a perda de peso, ou ainda uma reconstrução mamária usando enxerto de gordura, muitos refinamentos modernos só podem acontecer com cirurgia real, segundo o médico, e não com um procedimento não invasivo ou em consultório. “Esses procedimentos devem ser feitos sempre em ambiente hospitalar, com anestesia local ou geral, dependendo da cirurgia a ser feita”, explica o médico.
Outro procedimento que deve ser feito apenas por cirurgiões plásticos é a rinoplastia. “Existe uma técnica chamada Rinomodelação, que não é cirúrgica e não tem resultado definitivo. Apesar de menos invasiva, ela usa preenchedores como o ácido hialurônico para modificar o nariz sem a necessidade de bisturi, mas pode apresentar resultados exagerados de preenchimento. Como o nariz tem grande influência na harmonia da face, a técnica de rinomodelação pode ser realizada por aqueles que ainda não se decidiram pela cirurgia, mas lembrando: seu resultado é temporário, já que o ácido hialurônico é reabsorvido pelo organismo em até um ano e meio”, diz o médico, que é Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Hoje já existem diversas técnicas que dão resultado mais natural, como a rinoplastia preservadora. Ela diminui o trauma, o inchaço e o tempo de recuperação. Ela tem como objetivo corrigir problemas estéticos e funcionais do nariz de maneira menos agressiva que a rinoplastia estruturada, técnica tradicional que, apesar de trazer bons resultados a longo prazo, exige longo período de recuperação e pode causar dificuldades caso seja necessária uma segunda intervenção”, explica o médico.
O que os tratamentos não cirúrgicos podem fazer
Graças à tecnologia moderna, não só podemos obter uma melhor qualidade da pele, mas também é possível obter uma pele mais firme (e mais estímulo de colágeno) com peelings químicos, tratamentos a laser, radiofrequência, microagulhamento e várias outras opções não cirúrgicas como os injetáveis. “Esses aprimoramentos geralmente são feitos em combinação com um lifting facial e lifting de pescoço, pois o rejuvenescimento da pele é vital para obter os melhores resultados”, diz Farinazzo.
Os cirurgiões plásticos também podem melhorar a longevidade da qualidade da pele com o uso de neuromoduladores, como a toxina botulínica, muitas vezes administrados após procedimentos de cirurgia plástica, como liftings faciais, para manter os resultados. “Isso é especialmente verdadeiro se as rugas da testa e os pés de galinha começarem a reaparecer anos após o rejuvenescimento facial por conta dos movimentos musculares repetidos na região”, diz o médico.
Em alguns casos, explica Farinazzo, o dermatologista pode ser um grande aliado na preparação da pele ou na manutenção do resultado, oferecendo técnicas de esfoliação da pele com peelings químicos, terapia a laser, microagulhamento, radiofrequência e muito mais. “Dependendo de seus desejos e anatomia, o cirurgião plástico pode recomendar terapias combinadas para alcançar melhores resultados. Mas, lembre-se sempre de buscar um cirurgião plástico que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, finaliza o médico.