Top

Descubra como acabar com os efeitos do estresse na pele

Foto: Divulgação

Você sabia que o estresse pode ser o maior inimigo da vida moderna? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ele é visto como uma epidemia que atinge cerca de 90% da população mundial e pode causar outras doenças, tendo diversos desdobramentos, inclusive na saúde da pele.

SIGA O RG NO INSTAGRAM

O maior órgão do nosso corpo é um espelho do que está acontecendo no organismo. Para a dermatologista Marina Pipa, da Clínica Vanité, em São Paulo, o estresse ativa o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, com consequente secreção de hormônios e sinais neuronais como, por exemplo, o cortisol e adrenalina. Na pele, podemos encontrar receptores para esses hormônios e neurotransmissores, tornando-a alvo deles.

“O estresse crônico pode alterar a barreira cutânea, a microbiota e agravar doenças, como psoríase, dermatite atópica, dermatite seborreica, prurido, acne, rosácea e alguns tipos de queda de cabelo”, explica a médica, que é especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Sabemos que o estresse não causa nada sozinho, mas em pacientes predispostos pode funcionar como gatilho ou exacerbar essas doenças.

“Ao estarmos submetidos à exaustão e noites mal dormidas, podemos observar modificações ao longo do corpo, como desidratação, aspecto cansado e surgimento ou piora de lesões”, sinaliza Marina.

Para melhorar a condição da pele é preciso atuar na causa. Se o problema for crônico, a especialista indica associar aos cuidados do dermatologista uma psicoterapia, atividades que tragam prazer, exercício físico e até a readaptação no trabalho.

“Além dessas medidas de controle e tratamento direcionado para as doenças, a rotina de skincare e autocuidado pode trazer a sensação de bem-estar e relaxamento. Sendo assim, uma boa limpeza de pele, hidratação, máscaras calmantes e hidratantes podem ser boas opções”, indica.

Vale destacar que a pele, em si, não fica estressada, mas, sim, sensibilizada. Com isso, costuma apresentar vermelhidão, descamação, sintomas de ardência e prurido. A barreira cutânea pode ser alterada com a aplicação de ativos irritantes, como ácidos, principalmente com o uso incorreto ou em excesso.

Para quem tem uma vida corrida, a dermatologista avisa que a rotina de autocuidado não precisa ser longa e não vai levar mais do que dois minutos.

“Ao acordar, lave o rosto, aplique um hidratante e o protetor solar indicados pelo seu médico. À noite, aposte em um demaquilante, cleasing oil ou cleasing balm, sabonete e hidratante novamente. Para pacientes com acne, incluímos à noite algum ativo de tratamento.”

Lembre-se que a exposição solar sem a devida proteção é uma grande agressão e, além dos efeitos a curto prazo, que incluem vermelhidão, descamação e ardência, temos os de longo prazo, como envelhecimento, manchas e o câncer.

Mais de Beleza