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Você sabia que a poluição pode fazer mal à pele?

Foto: Pixabay

Sabemos que a exposição solar sem a devida proteção pode causar diversos danos à pele, mas recentemente um novo agente danoso tem sido estudado e virou uma grande preocupação mundial: a poluição. “Diversos estudos epidemiológicos mostram um impacto da poluição na pele, principalmente por conta de partículas e micropartículas que causam diversos danos e inflamação. Esses processos podem levar ao aumento de doenças cutâneas inflamatórias como acne, dermatites e psoríase, degradação do colágeno e envelhecimento da pele”, destaca a Dra. Roberta Padovan, médica pós-graduada em dermatologia e medicina estética. “A grande questão é que a poluição libera metais pesados e tóxicos, que aderidos à pele, formam um grande contingente de radicais livres, com formação de espécies reativas de oxigênio, induzindo ao estresse oxidativo. Com isso, o corpo tenta se defender liberando mensageiros pró-inflamatórios em excesso, o que também traz como consequência o aumento do número de enzimas que degradam colágeno e elastina”, acrescenta.

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As micropartículas possuem “microparticularidades” que assustam, sendo uma das mais conhecidas o PM 2.5, um material particulado de 2,5 micrômetros, algo realmente muito pequeno, cem vezes menor que um fio de cabelo, mas com fortes agentes que se depositam na pele, causando danos à barreira cutânea, formação de radicais livres e envelhecimento celular. “Esse micropoluente proveniente de diversas fontes, inclusive dos combustíveis, fumaças, indústrias e queimadas, gera a produção de radicais livres de carbono, de nitrogênio e de oxigênio, todos danosos à pele”, conta a médica.

Segundo ela, o sabonete comum consegue eliminar as partículas maiores de poluição, no entanto as menores são capazes de adentrar os poros e causar danos. Por esse motivo, ela julga como fundamental incluir o uso de substâncias antioxidantes e antipoluição na rotina de beleza, especialmente no caso de pessoas que moram em grandes centros urbanos, metrópoles e megalópoles. “Com relação aos antioxidantes, sua atuação clássica é combater o excesso de radicais livres – e isso é interessante para impedir os danos da poluição. São exemplos de antioxidantes clássicos a Vitamina C, Vitamina E, Resveratrol, Niacinamida (Vitamina B3) e Ácido Ferúlico. Já o cosmético antipoluição pode ter diversos mecanismos e algumas substâncias antipoluição são incorporadas em filtros solares, justamente porque ajudam a formam um filme de proteção sobre a pele, impedindo a penetração das micropartículas”, conta a Dra. Roberta.

Um exemplo é o ativo antipoluição Exo-P, um polissacarídeo altamente purificado de um micro-organismo da Polinésia Francesa e que pode ser manipulado em sabonete, espuma ou fluido de limpeza. “Exo-P é um antipoluente que reduz a adesão das PM 2.5, além de ‘sequestrar’ metais pesados. Além disso, o ativo reduz a atividade dos radicais livres, protege a pele e a integridade celular contra os poluentes, inclusive fumaça de cigarro”, explica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos. A concentração de 1% do ativo é suficiente, com uso preferencialmente noturno ou conforme orientação médica.

Para limpar efetivamente a pele, a médica diz que é importante usar esfoliantes e tônicos. “Essas etapas somam-se à limpeza e podem ajudar a reduzir a adesão dos poluentes. Complementar à limpeza, o uso de cremes de tratamentos anti-idade e antipoluição pode ser feito duas vezes ao dia, em formulações com vitamina C e Niacinamida. A vitamina C vai ajudar no reparo da pele, ao mesmo tempo em que estimula colágeno; enquanto a Niacinamida possui ação hidratante e estimuladora do fibroblasto”, diz Roberta. “Nas clínicas, os procedimentos de limpeza de pele e microdermoabrasão podem ser feitos, desde que indicados pelo médico”, completa.

Limpeza profunda mesmo, inclusive dos micropoluentes, é conseguida pela novidade HydraFacial, que acaba de chegar ao Brasil. “Baseado no conceito de Beauty Health, que consiste em melhorar a aparência da pele ao mesmo tempo em que promove manutenção da saúde do tecido cutâneo, o procedimento HydraFacial é uma experiência única, feita com um equipamento de hidrodermoabrasão, que é realizado em (pelo menos) 30 minutos, com (pelo menos) 3 etapas, suficientes para conferir a melhor pele da sua vida. O equipamento conta com a exclusiva e patenteada tecnologia Vortex-Fusion®️, que gera um efeito de vórtice para expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto confere hidratação, o que é o principal ponto para diferenciar a experiência de uma microdermoabrasão ou limpeza de pele – que cutuca, lesiona e faz a pele arder. Hydrafacial, pelo contrário, não machuca, não resseca, não tem tempo de inatividade. É um procedimento completamente indolor, que garante uma pele mais saudável, hidratada, com mais viço e um toque macio e suave”, afirma a dermatologista Dra. Adriana Awada, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. “O procedimento não utiliza instrumentos que cortem ou penetrem fisicamente no tecido cutâneo, pelo contrário, atua eliminando as células mortas ao mesmo tempo que limpa, hidrata e repõe os antioxidantes essenciais que a nossa pele necessita, promovendo a sua restauração natural. Esse não é um tratamento facial típico que só funciona do lado de fora. HydraFacial promove verdadeiramente a restauração natural da pele, permitindo que ela fique higienizada, purificada e hidratada, sem causar irritação”, explica a hydrafacialista Fernanda Ruiz. Recomenda-se a realização de sessões mensais ou conforme orientação do seu especialista para ajudar a manter os resultados e continuar a promover a restauração natural – e saúde – da pele.

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