Foto: Pexels
Mais do que padrões, regras ou dimensões, a beleza está relacionada com a impressão individual que determinada imagem causa no outro. Ou seja, a percepção que esta promove de forma particular em cada pessoa.
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“Na teoria existem algumas características que podem favorecer ou não a estética pessoal. Classicamente ela é fruto da simetria, da harmonia e do equilíbrio. Mas é preciso lembrar que beleza é algo individualizado e sua percepção pode variar. Assim, se tratando de simetria e sua relação com a beleza é preciso que esta seja analisada levando em conta o conjunto em que está inserida”, explica o dermatologista Otávio Macedo.
Proporções faciais
Para uma análise mais técnica se começa levando em conta a simetria entre o lado direito da face em comparação com o esquerdo. Uma linha vertical imaginária atravessa a parte central da glabela – região que divide as sobrancelhas -, passando pela ponta do nariz e lábios, dividindo a face em duas partes iguais. “Certamente não há face perfeitamente simétrica, no entanto, pequenas assimetrias compõem uma boa estética facial”, reforça o médico.
Outro ponto importante a ser analisado são os terços, que devem estar equilibrados: superior (área da linha do cabelo até a delimitação das sobrancelhas), médio (região que engloba as sobrancelhas e final do nariz) e inferior (restante da face até a ponta do queixo). “Vamos observar se esses terços são quase iguais na altura vertical. De forma global, o equilíbrio da face está na proporção entre largura e altura da cabeça.”
Já se tratando de divisões verticais, a face geralmente é dividida em cinco segmentos correspondentes à largura dos olhos. Para que ocorra uma proporção mais simétrica, a largura da base do nariz deve ser aproximadamente a mesma distância intercantal – intervalo entre as duas pontas dos olhos mais próximas ao nariz -, enquanto a largura da boca deve se aproximar da distância interpupilar.
“Ao subir uma linha vertical do final da boca ou comissuras labiais esta deve encontrar o centro da pupila”, diz Macedo. Além disso, o médico comenta que o queixo costuma ser a região mais projetada em relação ao resto da face, principalmente nos homens.
Agora olhando para o terço inferior, o especialista explica que este ainda pode ser subdividido, sendo que a parte dos lábios superior tem a metade da altura do lábio inferior e do queixo. Já com os lábios em repouso, a exposição do vermelhão inferior – parte mais pronunciada da boca – deve ser cerca de 25% maior do que os dois vermelhões laterais do lábio superior.
Os rostos mais jovens apresentam malar e queixo mais proeminentes, e que no caso dos homens existem algumas especificidades que são próprias da beleza masculina. “No homem a atenção fica para o contorno, queixo e mandíbula. O rosto masculino apresenta características mais quadradas, que com o tempo tendem a se perderem. Ressaltar esses pontos ajuda a trazer de volta esse aspecto”, indica.
Esses são alguns dos pontos analisados para solucionar alguma queixa do paciente em relação à simetria facial, e precisa ser feita por um profissional treinado para isso. “Esse crivo feito de forma leiga ou irresponsável pode levar o paciente a criar uma percepção errônea de ‘defeitos’ que não existem ou que talvez da sua perspectiva de autoanálise é algo visto equivocadamente, com limitações. Assim, também cabe ao médico destacar e explicar sobre uma possível contraindicação, se for caso”, explica.