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Conheça o Espaço Arquétipo, que une estética com saúde mental

Foto: Divulgação

De fora para dentro e de dentro para fora. Este foi o conceito chave que norteou os médicos Thiago Vinicius Ribeiro Cunha, dermatologista, e Adilon Harley Machado da Silva, psiquiatra e psicanalista, a empreenderem e darem vida ao Espaço Arquétipo.

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Situada em São Paulo, a clínica tem o intuito de trabalhar estética e saúde mental de maneira conectada, para descomplicar a mente e cuidar da pele com individualidade e exclusividade. Juntas, as áreas se encontram na interface do seu eu com o universo.

Em papo exclusivo com o RG, a dupla Thiago e Harley contou um pouco do processo de idealização do projeto, o modus operandi novo e diferencial que criaram e ainda falaram sobre os desafios de empreender em meio a pandemia do novo coronavírus. Leia na íntegra a seguir!

RG – Antes da gente falar do projeto, queria saber um pouquinho sobre vocês. Como se conheceram? De onde veio a ideia de ter esse projeto diferenciado?

Espaço Arquétipo – A gente se conheceu há um tempo e somos um casal, né? Nos conhecemos nas redes sociais. Já namorando, cada um tinha o seu trabalho: eu, na área da psiquiatria, e ele, na dermatologia, focado em estética. Fomos encaminhando pacientes um para o outro e entendemos que existia essa demanda mútua. Pensamos, também, em propor consultas mais longas – fora daqueles 15 minutos padrão no dermatologista – para que se tenha uma reflexão completa do porquê ele está ali. Do principal motor para ele (paciente) estar ali. Começamos, com isso, que as pessoas se questionassem se elas estavam querendo fazer aquele procedimento estético por elas ou baseado no olhar dos outros. O oposto também acontecia: uma pessoa que vinha com problemas de auto-estima passar comigo, eu encaminhava para um tratamento mais completo no psiquiatra. Chegamos, com isso, em um momento que percebemos que não existia uma clínica de estética que dava o devido valor à saúde mental.

RG – Essa reflexão pode levar a uma ruptura da expectativa do paciente, né? A partir de um procedimento que vocês não achem ideal que ela faça naquele momento. Essa ruptura da ideia é tranquila?

Espaço Arquétipo – Nada tranquila. Zero! Você quebra uma expectativa, né? Aí que entra a questão da formação médica, porque temos, também, a formação humana porque saúde vai muito além da pele. É difícil porque o paciente chega com um vício de comportamento e com um foco muito direcionado. Vamos trabalhando essa expectativa e vai ter de lidar. Muitas vezes, é necessário dizer que, se a pessoa quiser receber nosso tratamento, ela vai ter que reorganizar os níveis de expectativa e trabalhar em uma linha de tempo maior. Essa ruptura é longa, não é do nada. Precisam de vários encontros com muito cuidado.

RG – Essa ruptura deve ser um dos maiores desafios de se ter um empreendimento próprio. Uma das coisas que eu gostaria de saber de vocês é como que é a visão de empreender para vocês? É a primeira experiência?

Espaço Arquétipo – Sim, primeira vez que temos um negócio nosso. Tem sido muito interessante, com algumas dificuldades e falta de conhecimento da área, já que fazemos tudo por nós mesmos. A lógica que sustenta a empresa, fisicamente falando, é o dinheiro que ganhamos com os pacientes, mas fomos construindo elementos que não gostaríamos de ser a partir de coisas que já vemos no mercado: médico em lugares inacessíveis, longe dos pacientes; glamourzição de marcas, de procedimentos e dos próprios médicos, com amplas fotos nas redes sociais com relógios caros, carros enormes, resultados imediatos nas redes sociais, a ponto de venderem um luxo que se conquistaria, por exemplo, logo depois de um procedimento. E não é assim. Sabemos e temos noção que os procedimentos estéticos são voltados para a elite da sociedade, nem todos tem acesso e condições para realizá-los. Mas o que propormos é uma mudança de visão diante deste cuidado. Tirar essa carga de luxo e consumo em cima e colocar uma visão de auto conexão com ela mesma. É essa a proposta principal!

RG – E, além deste tratamento horizontalizado, com saúde mental e saúde estética, qual seria o outro diferencial que vocês falariam para alguém ir fazer o tratamento com vocês?

Espaço Arquétipo – Acho que é o tempo de experiência nas profissões. Estamos há muito tempo no mercado e fomos adquirindo, ao longo deste tempo com muitos pacientes e consultas, uma técnica e um histórico excelente. No campo da dermatologia, temos tratamentos de skin care bem específicos, interessantes e únicos porque vamos na contramão de indicar apenas produtos de grandes laboratórios. Vamos na contramão, neste quesito. Já na psiquiatria, trabalhamos muito com a ideia da auto identificação a partir da realidade do que elas são e também para se aceitarem os ambientes que estão e vivem. Quebrar vícios sociais e status da sociedade é um excelente caminho.

RG – E para a gente encerrar, como vocês enxergam que a pandemia e o uso excessivo das redes sociais interferem nos pacientes de vocês?

Espaço Arquétipo – Na pandemia, todo mundo ficou ainda mais conectado. Com essa dinâmica dos cancelamentos, o impacto é direto nas duas áreas que atuamos, tanto na saúde mental, obviamente, mas muito sobre a cobrança excessiva sobre a própria aparência. Esse comportamento tem um prejuízo muito forte na saúde da cabeça e da pele.

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