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O que preciso saber sobre meu tipo de pele antes de comprar um creme pró-idade?

Foto: Unsplash

Muitas pessoas apostam todas as fichas em um bom skincare, que é válido para ajudar a prevenir o envelhecimento da pele, mas tem efeito limitado quando os sinais já surgiram.

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“O melhor a fazer é buscar um dermatologista para uma avaliação da pele, que pode necessitar de procedimentos em consultório para um estímulo adequado de colágeno. Quando pensamos em prevenção, os cremes também funcionam melhor quando são prescritos por um médico, que vai entender a necessidade daquela pele”, explica a dermatologista Dra. Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“O erro mais comum em pacientes que compram produtos de prateleira sem indicação médica é com relação ao tipo de pele. A textura errada do produto pode fazer com que os resultados não sejam alcançados”, completa a médica.

Segundo a dermatologista, a pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha diversas funções importantes, sendo a principal barreira de defesa do nosso corpo com o meio externo.

“Esse é um dos motivos pelo qual a pele varia de características de acordo com a localização. Quando observamos a pele do rosto, podemos perceber características bem específicas e, quando mencionamos o tipo de pele, estamos falando da pele do rosto em relação à oleosidade. Podemos, então, classificar basicamente em três tipos: normal, seca ou oleosa”, explica.

Foto: Unsplash

“Mas devemos lembrar que independentemente do tipo de pele, a região da zona T, que é a região central da face, apresenta um maior número de folículos e glândulas sebáceas. Por isso, é uma região naturalmente mais oleosa ou menos seca, de acordo com o tipo de pele, quando comparamos com a parte lateral do rosto. Dessa forma, a pele também pode ser classificada como mista, com a zona T (testa, nariz e queixo) bem oleosa e o restante seco”, diz a Dra. Patrícia.

Para identificar o tipo de pele, devemos observar suas características e a forma como ela reage e fica ao longo do dia. “A pele oleosa é mais espessa, aparenta os poros mais dilatados e fica mais úmida e brilhante ao longo do dia.  Já, a pele mais seca é mais fina e costuma ser mais sensível. Tem um aspecto menos brilhante e tende a apresentar descamação. A pele normal é a que tem uma aparência mais bonita e saudável. Tem aspecto liso, aveludado, viçoso”, explica.

Com relação aos problemas de cada tipo de pele, a oleosa tende a ser mais acneica. “Por causa dos poros mais abertos, ela apresenta mais cravos e tendência a cistos, porém é uma pele mais resistente a rugas, devido a uma atividade acentuada das glândulas sebáceas”, destaca. “Já a pele seca, está mais sujeita a um envelhecimento precoce. Como tende a ser mais fina e menos hidratada, ela sofre mais com a ação do sol, vento ou frio. O óleo funciona como um lubrificante que protege a pele.”

Atualmente, é possível encontrar uma variedade grande de hidratantes, produtos pró-idade e protetores. “A escolha do produto ideal varia muito com o tipo de pele. Para peles oleosas esses produtos devem ser livres de óleo, e ter toque seco ou matificante. Para peles secas esses produtos devem auxiliar na hidratação e conter ativos próprios para isso”, destaca a médica. “Um erro muito comum é o de pessoas com pele oleosa que usam cremes pesados no rosto. Isso tende a aumentar a oleosidade e pode piorar até a acne”, alerta a dermatologista.

O creme pró-idade também varia de acordo com o tipo de pele. “Em geral, a pele torna-se mais seca a partir dos 35 anos. As peles mais maduras pedem produtos que auxiliam na hidratação. Portanto, o veículo deve ser adequado para isso, seja em creme ou loção. Já as peles mais oleosas pedem produtos com toque mais seco, em veículos de gel ou sérum, por exemplo”, lembra a médica.

 Sobre as substâncias pró-idade, que são recomendadas a todos os tipos de pele e funcionam muito bem para ajudar a prevenir o envelhecimento, a especialista indica o ácido hialurônico de baixo peso molecular, a Vitamina C, o ácido ferúlico e o resveratrol, além de alfa-hidroxiácidos (ácido glicólico), beta-hidroxiácidos (ácido salicílico) e retinoides sempre com orientação médica.

“O ácido hialurônico de baixo peso molecular tem maior permeação e ajuda a hidratar; a Vitamina C, ácido ferúlico e resveratrol são excelentes pró-idades, agindo para proteger o colágeno e o DNA celular, além de eliminar os radicais livres aceleradores do envelhecimento precoce. E os ácidos e retinoides ajudam a melhorar o turn-over (renovação) celular, o que ajuda também a estimular colágeno”, finaliza a médica.

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