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Veja 5 obstáculos que frustram o seu desejo de melhorar o corpo 

Rodrigo Sangion – Foto: Reprodução/Instagrtam/@rodrigosangion

Muitos sonham em melhorar o corpo ou atingir um condicionado físico exemplar. Mas poucos estão dispostos a fazer o que é preciso para alcançar essa ambiciosa meta ou mesmo lutar contra as barreiras que levam a crer que o objetivo nunca será atingido. Esses obstáculos, aliás, acabam fazendo com que você desanime e aceite o corpo que não é do seu agrado. Fique sabendo, porém, que, com força de vontade e estratégia certa, é possível vencer essas barreiras. Rodrigo Sangion, profissional de educação física e CEO da academia Les Cinq Gym (SP), selecionou alguns dos principais obstáculos que frustram o desejo de melhorar o corpo e indica o caminho a ser percorrido para virar o jogo.

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Idade avançada. É fato: à medida que se envelhece, a tendência é perder massa muscular e ganhar gordura. Homens, por exemplo, tendem a incorporar cerca de 3% de gordura ao peso corporal, a cada década, entre 20 e 40 anos. Já as mulheres têm um acréscimo de 5% a cada dez anos. Em termos gerais, isso ocorre porque o metabolismo (processo de transformação dos alimentos em energia) torna-se cada vez mais lento com o passar dos anos. Portanto, faz sentido dizer que é mais fácil ter um corpo bonito aos 20 do que aos 40 anos. “Isso, no entanto, não é uma ciência exata. Se alguém que já passou dos 40 anos se dedica mais aos exercícios e cuida melhor da alimentação que uma pessoa jovem, é óbvio que ela terá resultados estéticos melhores. Tudo é uma questão de correr atrás do prejuízo”, diz Sangion.

Genética pouco privilegiada. Há pessoas que têm mais facilidade para ganhar músculos. Outras, penam para atingir esse objetivo. Assim como há aqueles que acumulam mais gordura que outros. Isso pode estar relacionado à predisposição genética, ou seja, a constituição física que herdamos de nossos pais. Para se ter ideia, quando pai e mãe são obesos, o risco de o herdeiro tomar o mesmo caminho é de 80%. Quando apenas um deles tem essa condição, o risco cai para 40%. Mesmo quando os pais não são obesos, ainda existe um risco de 10%. Nesse caso, considera-se fatores como alimentação e sedentarismo como agentes principais do problema. As mulheres, infelizmente, têm ainda contra elas o fato de possuírem 10% a mais de gordura e entre 20% e 40% menos massa muscular que os homens. Se você foi premiado pela genética no mau sentido, vai precisar ser esforçar ainda mais para vencer tal barreira. “Nesses casos, recomendo a ajuda de um nutricionista ou médico que faça um trabalho com o profissional que o orienta nos exercícios físicos, por mais que você tenha força de vontade. É preciso traçar um programa alimentar e de atividade física que possam vencer a sua genética. Sem atentar contra a sua saúde, preservando sua imunidade, por exemplo, e nocauteando o estresse que tais desafios costumam provocar”, diz Sangion.

Metas ou referências surreais. Além da genética pouco privilegiada, é comum algumas pessoas usarem como referência de corpo ideal, modelos magérrimos ou fitness. São metas muito ambiciosas de atingir e que provocaram frustração. Afinal, o modelo de referência pode ter a tal genética privilegiada ou treinar e se alimentar da forma que você não está disposto a fazer. Conclusão: você só não vai ficar igual a ele como também vai se estressar no meio do caminho. “O importante é você ter ciência do que pode ser melhorado dentro da sua realidade. E sempre é possível fazer algo bacana nesse sentido Você pode não ficar como o modelo de seus sonhos, mas, caso se dedique, vai conseguir ser o melhor modelo de você mesmo. Tudo isso sem gerar frustração, com o bônus de dar um upgrade na autoestima.”

Rodrigo Sangion – Foto: Reprodução/Instagrtam/@rodrigosangion

Falta de regularidade nos treinos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para não ser considerado sedentário é preciso fazer, semanalmente, entre duas horas e meia e cinco horas de exercícios aeróbicos, (corrida ou bicicleta, por exemplo), em uma intensidade pelo menos moderada. Seria o mesmo que exercitar-se entre 20 e 40 minutos diariamente. Quando a questão é apenas estética, a regularidade nos treinos também é importante. Portanto, não adianta você exercitar-se uma a duas vezes por semana, ainda que siga a receita da OMS. É preciso um pouco mais. “Recomendo que se treine pelo menos três vezes na semana, em dias intercalados, para que você não passe mais de dois dias sem fazer nada. É o mínimo que se pede em termos de regularidade”, explica Sangion. Mais: quando treinar, procure sempre atingir o seu limite máximo de esforço. Isso é perfeitamente suportável em períodos mais curtos de atividade física (até quarenta minutos), como pregam os estudos sobre intensidade e resultado nos treinos.

Acomodar-se no inverno. Há pessoas que usam o período de frio para entregar-se aos prazeres da mesa e ao ócio. Afinal, não há quase oportunidades para expor o corpo, como ocorre no verão, período propício para uma temporada na praia, por exemplo. Sem contar que o frio aumenta o apetite, pois há uma necessidade biológica de aumentar a demanda de energia para manter o corpo aquecido. Além, claro, de nos levar quase sempre para o aconchego do edredom em vez de nos empurrar para a academia. Esses dois fatores são fatais para o aumento da gordura corporal. Só que é possível fazer desse limão, uma bela limonada. E basta usar a ciência para isso. “No frio, o metabolismo também está mais acelerado, o que aumenta o gasto calórico em até 10%, justamente porque é necessário aquecer o corpo. Se usamos isso a nosso favor, fazendo mais exercícios, e selecionando melhor o que comemos, a tendência de emagrecer ou manter o peso é maior”, diz Sangion. No mais, praticar exercícios físicos no inverno é muito mais revigorante, pois não há aquela falta de disposição que o calor tende a provocar.

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