Foto: Divulgação
Há muita curiosidade – e convenhamos, desinformação – sobre os melhores tratamentos em consultório para a redução de linhas finas e rugas. Mas abaixo, com ajuda de especialistas, selecionamos 5 métodos testados e aprovados, que estão entre os mais populares.
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Neurotoxinas – A toxina botulínica paralisa a musculatura e reduz as linhas de expressão existentes, segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Além disso, quando aplicado enquanto as marcas do tempo ainda estão suaves, a técnica adia o aparecimento de novas rugas e evita que elas se tornem profundas”, completa a médica. Se o procedimento for feito corretamente e por um profissional experiente, o rosto não fica paralisado, já que a toxina é aplicada apenas no músculo responsável por formar a ruga, deixando um efeito rejuvenescedor com aspecto natural. Por isso, é importante que o procedimento seja feito por um médico competente e experiente, que saberá mensurar corretamente o tamanho do músculo e a quantidade de toxina a ser aplicada. “O conhecimento da anatomia é indispensável para esse controle. O uso contínuo da toxina botulínica ajuda a uma reeducação da musculatura da face, com o tempo contraímos menos esses músculos. É indicada para diversas causas, como: suavizar as linhas da testa, o vinco entre as sobrancelhas, melhorar rugas nos cantos dos olhos (pés de galinha); levantar os cantos da boca; arquear as sobrancelhas; melhorar as rugas no pescoço e no colo; melhorar o sorriso gengival; arrebitar a ponta do nariz; melhorar as rugas do nariz chamadas bunny lines”, diz Beatriz.
Fillers (Preenchedores) – Um preenchimento é qualquer substância macia e semelhante a um gel que pode ser injetada na pele ou por baixo para ajudar a aumentá-la. “Preenchimentos são frequentemente usados para suavizar círculos profundos abaixo dos olhos, levantar maçãs do rosto, dar volume aos lábios e uniformizar as dobras nasolabiais. Os mais usados são os preenchimentos de ácido hialurônico, que apresentam resultados que duram até dois anos e são reversíveis. O preenchimento não dura para sempre. Ele irá se decompor naturalmente em seu corpo”, afirma a médica Dra. Roberta Padovan, médica pós-graduada em dermatologia e medicina estética, acrescentando que a enzima que nosso corpo usa para quebrar o preenchedor também está disponível em uma forma injetável. Essa injeção de hialuronidase permite que os provedores dissolvam o preenchimento de ácido hialurônico se o paciente não ficar satisfeito com os resultados.
Lasers e equipamentos – Existem diversas tecnologias em consultório capazes de tratar linhas e rugas, desde a radiofrequência microagulhada Eletroderme, que causa microfissuras na pele para estímulo ao colágeno, até o ultrassom Ultraction 3D, que preserva a primeira camada da pele, mas promove estímulo ao colágeno contra a flacidez, e lasers de picossegundos. “Para o tratamento dos sinais do envelhecimento o Pico Ultra 300 emite pulsos de energia que produzem microvesículas de ar no interior da pele para promover o estímulo da neocolagênese e o alinhamento harmônico das fibras de colágeno e elastina, promovendo o rejuvenescimento da pele com redução da aparência das rugas e linhas de expressão e aumento da firmeza e da elasticidade. E, por produzir comprimentos de onda de 1064nm e 512nm, o equipamento age tanto na epiderme quanto na derme profunda, promovendo assim um tratamento global da pele”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Lipoenxertia – Existem opções também como utilizar a gordura do próprio corpo para rejuvenescer a pele, procedimento conhecido como lipoenxertia. “Como a gordura é do próprio paciente, a técnica é biocompatível e não há os riscos de rejeição. E, mesmo sabendo que cerca de 50% do material enxertado pode ser absorvido pelo organismo, a quantidade restante é repleta de células-tronco capazes de melhorar a qualidade e o aspecto da pele”, afirma o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e mestre em Cirurgia Plástica pela Unifesp. Na técnica, o primeiro passo é retirar a gordura de outra região, que pode ser dos culotes, partes internas ou externas das coxas, costas ou abdômen — sendo que esta última área é a mais comum. “O procedimento é feito através de uma cânula que fará a lipoaspiração do material, levando-o para um recipiente separado. Nele, o médico eliminará partes desnecessárias para que a gordura fique limpa e pronta para ser enxertada no local desejado”, afirma o médico. Logo após, a gordura é injetada na região facial com o objetivo de trazer efeito volumizador, tratando problemas como bigode chinês, olheiras profundas, rugas, ou promovendo a harmonização facial. Pode também ser utilizada para dar volume aos lábios, queixo e mandíbula.
Bioestimuladores injetáveis – Os bioestimuladores irão aumentar a produção natural de colágeno do corpo. De acordo com o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, diferentemente dos suplementos e cremes de colágeno, os bioestimuladores irão aumentar a produção natural de colágeno do corpo. Dessa forma, o colágeno é realmente produzido onde precisa. Os mais famosos são Sculptra, Radiesse e Ellanse. “O primeiro é composto por Ácido Polilático (PLLA) e irá estimular o aumento da quantidade de colágeno no organismo. É um tratamento facial e corporal eficaz para quem busca uma forma de rejuvenescer a pele”, explica. Já Radiesse é composto por microesferas de hidroxiapatita de cálcio. “Esse é um tratamento com efeitos de longa duração, chegando até 24 meses. Ele causa um processo inflamatório que irá provocar a produção de colágeno. Em menor proporção, com o passar do tempo, ele também produz um efeito preenchedor”, afirma. E, por fim, Ellanse é um composto de carboximetilcelulose (gel à base de água) e policaprolactona, um polímero absorvível comumente utilizado para suturas e implantes. “Ele possui um efeito similar ao ácido hialurônico, produzindo efeitos de preenchimento imediato, mas também estimula a produção de colágeno ao longo do tempo”, finaliza o médico.