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7 trends que o mercado de beleza nos reserva para 2021

Foto: Unsplash

 

Não há mercado que inove tanto quanto o de beleza. A cada estação, novas moléculas, equipamentos e técnicas surgem para entregar ao consumidor uma verdadeira revolução. Hoje, já é possível definir a musculatura sem transpirar e apostar em tratamentos que eliminem ao máximo a dor e o inchaço. Abaixo, consultamos os principais especialistas na área de beleza para que você entenda o que vem por aí:

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Reforço protetor

À medida que as pesquisas descobrem que as pessoas ainda não sabem usar protetor solar de maneira correta, os estudos com novas moléculas buscam justamente potencializar a proteção do filtro solar através de ativos antioxidantes e antipoluentes. “Esses novos ingredientes são adicionados ao hidratante, com importante impacto para potencializar a proteção contra os danos da radiação solar. São moléculas como Alistin, Exo-P, SuperOx-C, além das Vitaminas C, B3 (Niacinamida) e E”, afirma Mika Yamaguchi, farmacêutica e diretora científica da Biotec Dermocosméticos. “A suplementação também ganha papel de destaque para atuar como reforço nessa luta contra os danos do sol. Ativos como Bio-Arct (antioxidante), FC Oral (anti-inflamatório) e Glycoxil (antioxidante e antiglicante) podem ser usados”, completa Mika. “Apesar desse reforço ser importante, é fundamental o uso do protetor solar diariamente”, diz a farmacêutica.

Cremes hiperpersonalizados

Formular um cosmético na farmácia de manipulação é uma forma interessante de personalização, mas fazer um exame genético para saber o que realmente sua pele precisa – e em que dose – é o suprassumo do exclusivo – e certeiro. “O seu creme não pode ser o mesmo da sua amiga. É por isso que na pele dela o resultado parece ser muito melhor que o seu. Isso não tem a ver com a ideia de que a ‘grama do vizinho é sempre mais verde’: existe, na verdade, uma explicação em seu material genético”, afirma o geneticista Dr. Marcelo Sady, pós-doutor em genética e diretor geral Multigene, que conta com exames genéticos para tratamento da pele. No mundo, essa tendência vem sendo chamada de hiperpersonalização dos cuidados com a pele, ou Skin Tech 2.0. “Através da saliva, os exames analisam o DNA de sua pele e apontam especificidades como propensão à acne ou ao fotoenvelhecimento, nível de sensibilidade e reatividade e até mesmo a capacidade de cicatrização do tecido cutâneo. A vantagem é que eles ajudam o dermatologista a indicar o que é melhor para a pele de cada paciente levando em consideração seu gene, o que faz com que seja possível uma abordagem mais precisa para a rotina de cuidados com a pele de cada um, com produtos e tratamentos específicos para oferecer o que o tecido cutâneo mais necessita”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “Por exemplo, o genótipo do gene MMP1 está relacionado a uma degradação do colágeno oito vezes maior que o normal após a exposição solar”, afirma o geneticista Dr. Marcelo Sady. Ou seja, essa característica predispõe o paciente a ter mais rugas e sofrer mais com o fotoenvelhecimento. “Existem substâncias que podem agir para prevenir essas alterações. Usar cremes com antioxidantes como OTZ 10, Superox C e Alistin é uma boa opção. O médico pode também indicar cápsulas orais com Exsynutriment e In.Cell para um tratamento completo dessas alterações, na medida em que as substâncias são responsáveis por uma maior produção de colágeno”, afirma a farmacêutica.

Skin fasting

Esqueça de uma vez por todas aqueles – impossíveis – 10 passos da rotina de beleza. A tendência agora é ser rápido, objetivo e eficiente, com o skin fasting, que ganhou força no período pós-quarentena e inclui três passos fundamentais: limpeza, hidratação e fotoproteção. “Isso acontece porque muita gente começou o período de isolamento acreditando que o melhor a fazer era usar todos os produtos que tinha em casa, mas essa não é a melhor opção. A pele responde bem a um tratamento direcionado e não a um volume muito grande de produtos aleatórios aplicados sem orientação”, afirma Paola. Mas como é que se entra no regime skin fasting? Primeiro, você precisa lavar o rosto de manhã e à noite. “Lavar de manhã ajuda a retirar possíveis células mortas que se acumularam durante o sono e preparar a pele para a rotina da manhã: hidratante e protetor solar. À noite, a limpeza facial é essencial para retirar vestígios de maquiagem, protetor solar e resíduos de poluição”, diz a médica. Logo em seguida, chegamos à hidratação, etapa que pode concentrar também o tratamento anti-idade, quando alguns ativos com essa função são adicionados ao hidratante no mesmo produto. “Por fim, é hora de proteger a pele. Produtos que aliam ação anti-idade e fotoproteção são excelentes, mas você precisa observar no rótulo se, além do FPS, ele também conta com PPD, para evitar os riscos dos raios UVA”, diz Paola.

Otimização facial

Tratamento baseado no anseio de millennials, de querer abandonar as maquiagens e filtros, mas não se transformar em outra pessoa, a tendência do Litlift oferece resultado natural. “O tratamento mais adequado para essa otimização geral da face funciona por meio da combinação estratégica de preenchedores e neuromoduladores, todos injetáveis, e feitos em uma sessão de no máximo 30 minutos”, afirma o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Essa tendência surgiu nos Estados Unidos e existe até a hashtag #NoFilterJustFiller. O Litlift oferece resultado mais natural e serve tanto para rejuvenescimento quanto para melhora geral da aparência. O resultado do tratamento pode ser visto em apenas uma semana, segundo o médico, e uma das vantagens é que o tratamento não tem downtime, ou seja, o paciente não precisa se afastar das atividades diárias. “Esse é o tipo de tratamento que pode ser feito uma semana antes de um casamento ou um evento importante, pois o paciente não se afasta das suas atividades e nem sofre com inchaço, vermelhidão ou descamação da pele”, afirma.

Foco nas pernas

Os meses de pandemia e isolamento social foram particularmente ruins para as pernas. Sem movimentação, a circulação ficou prejudicada e com a reabertura gradual é normal que as pessoas busquem tratamentos para essa área. Existem diversos produtos para tratar e melhor a qualidade da pele, mas quando o assunto são as varizes, não tem jeito: você deve consultar um médico. E não se preocupe: sem internação, é possível tratá-las. “Uma das técnicas mais usadas é o ClaCs (Cryolaser + cryoescleroterapia), que combina o laser transdérmico com escleroterapia com glicose, tratamento adequado para veias menos calibrosas e superficiais na pele. Também pode ser utilizada para vasinhos (as famosas telangiectasias)”, diz a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Sem necessidade de repouso, é necessário apenas se abster de tomar sol por um período de 10 dias após cada sessão.

Fim da dor

Os procedimentos, cirúrgicos ou menos invasivos, mais buscados serão aqueles com menor tempo de recuperação, que diminuam o inchaço e que causem menos dor. O clássico ultrassom micro e macrofocado, por exemplo, já evoluiu: agora o Ultraction 3D permite ajustar exatamente a profundidade onde o aparelho vai agir e o tamanho do dano térmico. Com isso, o tratamento é menos dolorido e reduz flacidez de maneira poderosa. “Do ponto de vista clínico, o tratamento é menos dolorido e muito mais homogêneo. Ele estimula mais colágeno e traz resultados na hora. O paciente pode imediatamente voltar às atividades de rotina”, afirma o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr. Além da tecnologia, as cirurgias também evoluíram nesse sentido. O grande destaque é a rinoplastia preservadora, nova técnica cirúrgica que traz excelentes resultados de forma menos invasiva, com menos inchaço e hematomas, além de tempo de recuperação reduzido. “A rinoplastia preservadora tem como objetivo corrigir problemas estéticos e funcionais do nariz de maneira menos agressiva que a rinoplastia estruturada, técnica tradicional que, apesar de trazer bons resultados a longo prazo, exige longo período de recuperação e causa dificuldades caso seja necessária uma segunda intervenção”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, que trouxe a técnica de maneira pioneira ao Brasil. “Na rinoplastia preservadora há também menos chances de ocorrerem complicações e, caso seja necessária uma nova intervenção no nariz, a cirurgia é mais simples. Por esses motivos, a técnica é principalmente indicada para pacientes que vão realizar a rinoplastia pela primeira vez”, destaca.

Malhar sem suar

Quem desejar uma ajuda maior para conquistar o abdômen de “tanquinho” ou fortalecer a musculatura de qualquer área do corpo pode fazer uso da tecnologia HI-EMT (Treinamento Eletromagnético Muscular de Alta Intensidade), já disponível no Brasil com algumas máquinas – e em breve mais lançamentos surgirão com aperfeiçoamento da técnica. A tecnologia oferece a possibilidade de ajudar o paciente no processo de hipertrofia (ganho de massa muscular), em sessões de apenas 30 minutos. “Enquanto o dispositivo executa mais de 20 mil abdominais ou agachamentos, é como se o paciente estivesse treinando, mas de uma forma sem cansaço e sem dor. A tecnologia passa por todas as camadas da pele e da gordura e estimula diretamente o músculo por meio de contrações contínuas e intensas”, afirma a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Exposto às contrações, o tecido muscular responde com remodelação do interior da estrutura, resultando em hipertrofia muscular e estímulo do tônus, além da queima de gordura. “Segundo estudos, a tecnologia HI-EMT pode aumentar em aproximadamente 15% a espessura do músculo abdominal e promover uma redução média de 19% na camada de gordura subcutânea do abdômen”, diz a Dra. Beatriz. Há quatro protocolos exclusivos, sendo dois para o público feminino e dois para o público masculino, através de seis programas (fases) de treinamento, que permitem personalizar o tratamento visando atingir os melhores resultados. O protocolo pode ser feito em oito sessões, duas vezes por semana, ou conforme orientação médica, após avaliação do paciente.

Lembre-se: consulte sempre um médico para a indicação precisa do tratamento para sua pele.

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