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Molécula de canabidiol é capaz de induzir importante atividade antioxidante na pele, diz estudo

Óleo de canabidiol – Foto: Pixabay

Hoje em dia, o canabidiol, uma molécula natural derivada da cannabis medicinal, é um componente que vem sendo muito comentado, não só no mundo da cosmética, mas também na indústria farmacêutica e nutricional devido às suas propriedades antioxidantes e ao seu potencial terapêutico. Apesar de ser derivada da cannabis, o canabidiol não é um composto psicoativo, ou seja, não tem efeito sobre o sistema nervoso. Mas um estudo recente das Universidades de Córdoba e de Dundee conseguiu demonstrar o mecanismo de ação para a atividade antioxidante dessa molécula.

“O canabidiol atua sobre as diferentes células da pele para liberar seus antioxidantes. Foi descoberto que ele induz a expressão de heme oxigenase 1, uma enzima com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, nas principais células da camada superior da pele, chamados queratinócitos”, afirma o farmacêutico Maurizio Pupo, Pesquisador, Consultor em Cosmetologia e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Italy.

De acordo com o estudo, a liberação dessa enzima é conseguida graças à redução da proteína BACH1, que suprime a expressão da enzima. Os pesquisadores ainda conseguiram modificar a molécula para que elas tivesse mais uma ação antioxidante, dessa vez ativando a proteína NRF2. “Essa proteína controla a maneira como certos genes são expressos. Esses genes específicos ajudam a proteger as células contra o ‘estresse oxidativo’, nome que se dá ao estado em que o nosso corpo fica quando não consegue combater os efeitos nocivos dos radicais livres, podendo levar a problemas como mutações no DNA celular, que podem favorecer o aparecimento de câncer de pele”, diz Pupo.

Com essa nova molécula, os pesquisadores conseguiram uma dupla atividade antioxidante: por um lado, suprimem a BACH1 e com ela induzem a expressão natural de antioxidantes e, por outro, ativam o NRF2, que também induz a expressão de vários genes antioxidantes. “Isso, segundo o estudo, oferece uma resposta antioxidante e inflamatória muito potente, em um mecanismo de ação muito interessante para o tratamento de doenças de pele, como dermatite atópica, além de um grande potencial de uso em cosméticos devido às propriedades antioxidantes”, diz o farmacêutico.

Com base nesses estudos, a equipe de pesquisa continuará modificando as moléculas para melhorar suas propriedades e, mais adiante, realizará estudos em modelos animais para entender seu potencial terapêutico para dermatoses e outras doenças inflamatórias.

Moléculas antioxidantes – Segundo Pupo, apesar dos avanços na molécula de canabidiol, existem muitas moléculas que, quando aplicadas topicamente, conferem o máximo efeito antioxidante, evitando danos de radicais livres ao DNA celular e induzindo respostas antioxidantes naturais. “As principais são a Vitamina C, a Niacinamida, o Resveratrol e a molécula Difendiox”, afirma.

De acordo com o farmacêutico, um estudo publicado pelo British Journal of Dermatology destacou a vitamina C como um importante antioxidante para proteger a pele dos danos causados pela radiação UVB e UVA, incluindo danos ao DNA celular e a própria vermelhidão pós-sol.  “No caso da Niacinamida, um estudo publicado no Journal of Photodermatology Photoimmunology and Photomedicine revisou dados da ação quimiopreventiva desse ativo. A Niacinamida, ou vitamina B3, aumenta o reparo do DNA, modula a reação inflamatória induzida pela radiação ultravioleta e reduz a imunossupressão induzida por esta radiação. Como a Niacinamida reduz a incidência de queratose actínica e de câncer de pele não melanoma em indivíduos de alto risco por reparar o DNA danificado de melanócitos, podemos dizer que a Niacinamida é um promissor agente quimiopreventivo também do melanoma em paciente de alto risco”, afirma Pupo.

No caso do Resveratrol, ele é altamente utilizado por conta do seu elevado poder antioxidante natural, sendo capaz de prevenir e até tratar inúmeras doenças devido ao seu poder antioxidante, anti-inflamatório, estimulante da expressão de sirtuínas e protetor dos telômeros. Por fim, o especialista destaca que a molécula patenteada Difendiox, estudada na Universidade de Pisa, é um blend concentrado de 14 polifenóis da Oliva. “Esses polifenóis presentes na matéria-prima exclusiva Difendiox (defesa antioxidante) modulam a imunidade, oferecendo uma proteção biológica para a pele contra o sol. Se a imunidade da pele estiver reduzida, porque o sol é capaz de atacá-la fortemente, a homeostasia (equilíbrio) será mantida. Por mais que você tome sol, esteja estressado emocionalmente, ou tenha alguma doença, os polifenóis manterão em equilíbrio a imunidade da sua pele, evitando também que ela suba exageradamente”, finaliza Pupo.

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