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Faz sentido falar em imunidade da pele? E como estimular essa proteção?

Foto: Pixabay

Ultimamente, por conta das recentes notícias, a imunidade virou um assunto de ordem dentro de várias casas. Queremos estimular nosso sistema imune por meio da alimentação e de bons hábitos de vida, com o objetivo de prevenir doenças e ter uma melhor qualidade de vida. Mas você sabia que o maior órgão do nosso corpo, a pele, também conta com células imunes?

“O tecido cutâneo também vai perdendo gradativamente, o que prejudica as suas funções como proteger contra malefícios do sol, vento e frio ou até mesmo de bactérias e infecções. A pele tende a ficar também sem brilho, mais desidratada e suscetível a irritações”, afirma o Dr. Abdo Salomão, dermatologista membrbons o da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Por isso, é fundamental estimular o equilíbrio da imunidade da pele por meio de algumas substâncias. Ultimamente falamos muito do poder dos skinbióticos (ou probióticos tópicos), mas existem também outras substâncias, antioxidantes, reparadoras e estimulantes de células de defesa, que fazem um trabalho importante”, completa a farmacêutica Mika Yamaguchi, diretora científica da Biotec Dermocosméticos.

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A epiderme é essencialmente constituída por uma célula principal, o queratinócito, responsável pela produção de queratina. “A queratina devido à resistência e impermeabilidade é a responsável pela proteção da pele. Existem também na pele outras células, os melanócitos, que são responsáveis pela produção de melanina, que têm como principal função a proteção da pele, por meio de produção de pigmento. A epiderme possui ainda células responsáveis pela imunidade: as células de Langerhans”, explica Salomão. “Mas com o afinamento da pele, a diminuição das células de defesa e da vascularização, decorrentes das constantes agressões, principalmente dos marcadores do envelhecimento, há um enfraquecimento dessa capacidade de proteção e um risco maior de aumento de infecções”, comenta o médico.

A pele também é formada por proteínas e peptídeos, estruturas cuja função é manter a barreira cutânea autorrenovável. “Baixos níveis de proteínas significa que há um controle do crescimento bacteriano na superfície da pele, enquanto uma alta produção de proteínas – causada por agentes externos e modo de vida de cada pessoa – indica que pode haver o rompimento da barreira, deixando a pele vulnerável e com baixa imunidade”, afirma Mika.

A alta tecnologia dos dermocosméticos manipulados, entretanto, pode auxiliar a preservar por mais tempo o equilíbrio da imunidade da pele e até mesmo recuperá-la, desde que haja matérias-primas específicas, como a exclusiva tecnologia do PGT1, por exemplo, ativo desenvolvido na França. “O PGT1 consegue manter esse sistema equilibrado. Ele fortalece e estimula a produção de novos peptídeos e de neurônios responsáveis pela imunidade da pele. Quando isso acontece, as defesas naturais são restabelecidas, proporcionado beleza e saúde à pele”, explica Mika. A farmacêutica ainda reforça que PGT1 auxilia na produção de colágeno e na renovação celular e não há contraindicação para utilizá-lo. Ele pode ser inserido em sabonetes, cremes, loções e géis.

De acordo com o farmacêutico Maurizio Pupo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Ada Tina Italy, a imunidade da pele precisa estar em equilíbrio para, em uma eventual inflamação, manter esse processo sob controle. “Quando a imunidade está alta demais, nós podemos ter vários problemas em virtude desse sistema imune hiperativado, como acne, psoríase, alergias e outras doenças de pele. O mais importante é manter a imunidade da pele e do corpo saudável”, afirma. E como podemos fazer isso? Existem substâncias presentes em cremes que ajudam nessa tarefa, como os polifenóis, os peptídeos bioidênticos da carnosina e a niacinamida.

No caso dos polifenóis, uma das principais novidades é o Difendiox, matéria-prima exclusiva da Ada Tina Italy e estudada na Universidade de Pisa. Presente em maior concentração no protetor solar anti-idade Biosole AV, Difendiox é um blend concentrado de polifenóis da Oliva. “São 14 polifenóis no total, mas os mais abundantes são: hidroxitirosol e a oleuropeína. Esses polifenóis presentes na matéria-prima exclusiva Difendiox (defesa antioxidante) modulam a imunidade, oferecendo uma proteção biológica para a pele contra o sol. Se a imunidade da pele estiver reduzida, porque o sol é capaz de atacá-la fortemente, a homeostasia (equilíbrio) será mantida. Por mais que você tome sol, esteja estressado emocionalmente, ou tenha alguma doença, os polifenóis manterão em equilíbrio a imunidade da sua pele, evitando também que ela suba exageradamente”, diz Pupo.

Outros dois imunomoduladores com a mesma ação são encontrados nos produtos Collagen Peptide, que conta com peptídeos bioidênticos da carnosina, e no Pure C FPS 50, que traz a niacinamida. “O primeiro é um sérum anti-idade extremamente poderoso que atua para manter a imunidade da pele sempre saudável. E o segundo, além da Vitamina C, tem a niacinamida como uma proteção biológica para imunomodulação”, diz o farmacêutico.

Outra estratégia para melhorar a imunidade da pele é por meio do uso de probióticos. Segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da SBD, a nossa pele é habitada por milhares de bactérias, fungos e vírus. Eles formam o microbioma, cuja função é proteger o nosso corpo de doenças e outros problemas, como o ressecamento e a sensibilidade da pele. “Esses microrganismos ‘bonzinhos’ são os chamados comensais. A presença deles na pele previne o surgimento de germes causadores de doenças e mantém o pH da pele em equilíbrio”, explica a médica. Dentre os fatores que afetam o microbioma, estão: má alimentação, hábitos de higiene, uso de cosméticos muito abrasivos (sabonetes e produtos que removem essas bactérias ou causam algum tipo de reação à pele), além do estresse emocional. “Quando a população do microbioma se reduz, as bactérias, vírus e fungos podem se instalar, causando infecções e doenças. Uma vez que ocorrem alterações, a pele tende a ficar desprotegida, ficando suscetível a doenças como psoríase, dermatite atópica e acne”, afirma. Para cuidar do microbioma da pele, Paola sugere algumas dicas, como tomar banho morno, rápido e com sabonetes que consigam manter o pH da pele. Outra dica, segundo ela, é manter a pele sempre hidratada, pois, dessa forma, mantemos um ambiente favorável para os microrganismos bons. “Aposte em hidratantes probióticos que favorecem as bactérias boas do microbioma, protegendo a região das doenças de pele. Conter o estresse é muito importante também; procure incluir atividades físicas na programação, além de procurar profissionais que auxiliem no controle da ansiedade”, completa a dermatologista.

Mais um ponto importante é melhorar a energia celular, com ativos tópicos como Arct-Alg ou orais como Bio-Arct. Ambos conseguem triplicar a energia celular e melhorar o funcionamento de proteção da pele. “Quando eu melhoro a energia celular, me preocupo com a integridade de barreira de formação de lipídios, e dou à pele elementos que ajudam no processo preservação, também estou favorecendo elasticidade, firmeza, melhora na qualidade externa e da hidratação, lubrificação e preservação da pele, por muito mais tempo”, explica Salomão.

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