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Cosméticos ou dermocosméticos? Entenda a diferença entre eles

Foto: Pixabay

Apostamos como você já ouviu falar que determinado produto é cosmético e que bom mesmo seria comprar um dermocosmético para ter mais eficácia no resultado que está buscando. Se você sempre fica confusa com essas nomenclaturas ou acha que tudo é a mesma coisa, a dermatologista Antonella Murad explica a função de cada um deles.

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“Dermocosméticos possuem ativos com variadas funções. Dessa forma, um único produto pode hidratar, tratar cicatrizes de acne, manchas e rugas, por exemplo, porque possui substâncias ativas com eficácia comprovada”, observa a médica.

Dermocosméticos é um termo utilizado para descrever produtos para a pele que são formulados a partir de princípios ativos com maior proximidade ao conhecimento dos dermatologistas e que têm subsídios científicos para comprovar a sua eficácia. Por trás deles, há investimento em pesquisa, ingredientes e, principalmente, tecnologia.

“Esses produtos são registrados pela Anvisa como grau II, o que significa que, apesar de serem classificados como cosméticos, eles precisam ter uma aprovação científica. Além disso, a pesquisa e desenvolvimento dos dermocosméticos passam por muitos testes para garantir a sua eficácia e segurança. Enquanto isso, os cosméticos agem apenas na camada mais superficial da pele, a epiderme, promovendo resultados imediatos, como hidratação e efeito lifting. Os cosméticos provocam alterações da aparência momentânea, ao contrário dos dermocosméticos.”, ressalta Antonella.

De acordo com a dermatologista, os dermocosméticos têm como principal benefício serem intermediários entre cosméticos e medicamentos. Já os cosméticos agem superficialmente na aparência da pele, mas não tratam o problema.

“Isso acontece porque os dermocosméticos têm ativos com maior capacidade de penetração na pele, já os cosméticos não. Enquanto o cosmético vai ajudar a cobrir uma mancha, disfarçar uma acne ou ajudar a hidratar a pele, o dermocosmético vai atuar no tratamento. Por isso, o mais indicado para rugas, cicatrizes da acne, clarear manchas e olheiras, entre outros problemas, são os dermocosméticos. A diferença principal, portanto, não é que um é melhor que o outro, e sim que as suas funções e propósitos são diferentes”, destaca.

Antonella explica que existem duas diferenças básicas entre cosméticos e dermocosméticos quanto aos seus princípios ativos. No caso dos cosméticos, os princípios ativos são de uso livre. Outro ponto diferencial é a quantidade de princípio ativo, que é maior nos dermocosméticos do que nos cosméticos. Mas essa quantidade nunca pode ser maior que nos medicamentos.

Os dermocosméticos não possuem componentes que são desnecessários para que eles façam sua ação com eficácia. Ou seja, perfumes, conservantes e corantes não entram nesse tipo de produto, o que diminui as chances de irritações e alergias na pele. Por isso, os dermocosméticos são considerados produtos hipoalergênicos. Os cosméticos, por sua vez, costumam carregar esses componentes.

“A melhoria externa da pele é visualizada de forma mais rápida, com o efeito de hidratação do cosmético. Já os resultados do uso dos dermocosméticos são a médio e longo prazo, mais eficazes, porque dependem de uma modificação interna que depois se evidenciará externamente”, diz a dermatologista.

Segundo ela, usar um dermocosmético, apesar de mais efetivo que o cosmético, sem a correta indicação pode não trazer nenhum benefício.

“Procure o seu dermatologista. Ele é o profissional especializado que pode entender as necessidades da sua pele e indicar o tipo de cuidado mais adequado”, finaliza.

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