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Orquestra Ouro Preto faz concerto dos 250 anos de Beethoven

Orquestra Ouro Preto – Foto: Íris Zanetti

Neste sábado (24.10), às 20h30, a Orquestra Ouro Preto recebe o pianista Cristian Budu como solista convidado para celebrar em grande estilo os 250 anos de nascimento do compositor Ludwig van Beethoven, um dos maiores gênios da música clássica de todos os tempos. O concerto será transmitido ao vivo pelo canal da orquestra no YouTube, direto do Grande Teatro do Sesc Palladium, em Belo Horizonte. A apresentação seguirá todas as orientações de isolamento social e higiene necessárias à preservação da saúde e segurança dos músicos e da equipe de produção.

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Com regência do maestro Rodrigo Toffolo e patrocinado pela CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), o repertório traz duas peças representativas da grandiosidade do compositor alemão em um concerto de aproximadamente 60 minutos.

A célebre “Sonata ao Luar” para piano solo é um dos temas mais conhecidos do compositor, sendo inclusive utilizado em inúmeras obras cinematográficas. Já o Concerto nº 5 para piano e orquestra, popularmente conhecido como “Imperador“, será apresentado em uma composição especial para a ocasião.

Com a atual crise sanitária, o desafio colocado foi de realizar o concerto em homenagem aos 250 anos de Beethoven em condições mais seguras possíveis. “Buscamos, dentro da versatilidade da Orquestra Ouro Preto, a solução que transforma este concerto em um momento ainda mais especial e seguro, sem a presença de instrumentos de sopros”, destaca Toffolo. Em uma orquestração pouco conhecida do grande público, será apresentada a versão para cordas do compositor alemão Vincenz Lachner publicada em 1881, 70 anos após a estreia deste concerto.

“A abertura do concerto já nos coloca à frente da mente revolucionária de Beethoven, uma clara ruptura com o modelo tradicional até então. Lembro-me da primeira vez que ouvi este concerto, tinha 16 anos e chegava ao teatro com meu irmão, após uma apresentação do quarteto de cordas que tínhamos à época. O sentimento de susto, seguido do puro êxtase ao ouvir a transição do segundo para o terceiro movimento, ainda percorre meu corpo até hoje. É sublime. E tenho certeza que todos que nos assistirão, no Brasil e no mundo, terão essa sensação. Impossível não se curvar a genialidade de Beethoven”, destaca o regente titular e diretor artístico Toffolo.

Para o pianista convidado, Budu, que abrirá o concerto com a Sonata para piano, “interpretar Beethoven é um desafio – e sempre deve ser, para ser Beethoven. Ele representa a busca pelo inatingível, a mudança através da superação. Sua música requer mais questionamentos do que respostas prontas. Ela vive enquanto vive o ser humano e, por isso, deve ser sempre renovada e aprofundada, para de fato ser vivenciada”, ressalta o pianista.

 

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