Vandré Silveira – Foto: Chico Rasta
Vandré Silveira está de volta à telinha na reprise da novela “Jesus”, da RecordTV, na pele do personagem Lázaro. Mas quem pensa que o ator está parado nesse período de pandemia está muito enganado. Ele tem aproveitado o momento para escrever e também investir em um projeto especial de lives.
“Tenho me dedicado às minhas lives, que é uma forma de me expressar artística e criativamente. Faço três fixas por semana: uma na quarta-feira que se chama ‘Embalos Imberbes de Quarta à Noite’, com o meu amigo e ator, Rodolfo Mesquita; a segunda, a mais antiga, é na quinta-feira com pessoas das mais diferentes áreas; e na sexta-feira tem a ‘Sexta Sexy’, que é a de maior sucesso, onde falamos sobre sexo abertamente, sem tabus, sempre com muito respeito e de forma leve. Já conversei com algumas sexólogas e psicólogas e, no início da ‘Sexta Sexy’, eu sempre faço um número musical. É uma maneira de exercitar minha expressividade”, diz.
O interprete de Lázaro tem aproveitado para assistir mais uma vez a trama da RecordTV e revela que ela trouxe ainda mais fé a sua vida.
“Foi o primeiro grande personagem que fiz na TV aberta. Ele me trouxe muitas alegrias, era o melhor amigo de Jesus, um homem de bom caráter e honesto. O mais legal é que a novela mostrou a trajetória dele, a relação com as irmãs Marta e Maria de Bethânia, interpretadas pela Dani Moreno e Jéssica Alves. Foi um acerto da direção e da autora, Paula Richard, pois todo mundo conhece o milagre da ressurreição, porém ninguém conhecia a vida de Lázaro. E todos puderam, então, acompanhar a sua vida. Eu sou um homem de muita fé e ele a fortificou ainda mais”, conta.
Ainda sobre “Jesus”, ele fala do sucesso da trama em outros países e do carinho que recebe dos fãs fora do Brasil. “É uma história universal, tanto que a novela faz grande sucesso em vários países. Eu recebo mensagens de pessoas do mundo todo com muito carinho. No momento, ela está sendo exibida na Argentina e com grande sucesso. Tenho recebido grande carinho dos fãs de lá e é muito gratificante.”
Após Lázaro, o ator teve uma mudança radical de personagens. No fim de 2019, viveu o personagem Tibério, que foi o advogado de Josiane (Agatha Moreira) em “A Dona do Pedaço”.
“Eu lembro que na época brincaram muito com isso, falavam ‘de amigo de Jesus para advogado do diabo’. E isso é muito bom, pois muitas pessoas me dizem que tenho como característica ser um ator muito camaleônico. Nesse caso, eu tive que entender esse personagem. Gosto de humanizar os personagens e tive um retorno bom. Alguns advogados criminalistas me procuraram para dizer que estavam agradecidos, pois se viram bem representados na televisão. Poder viver essa história e dar vida a esse personagem foi uma delícia e agradeço muito ao Walcyr Carrasco e à Agatha, que foi uma ótima parceira de cena.”
Vandré Silveira – Foto: Chico Rasta
Durante a quarentena, Vandré tem aproveitado o tempo também para se exercitar, trabalhar a mente e cuidar de casa. “Minha rotina mudou, mas sempre fui muito caseiro. O que eu fazia fora, tenho feito em casa: me exercito e faço ashtanga yoga, que tem me deixado mais tranquilo nesse momento. Tenho cuidado da minha casa. Eu sou muito ligado às plantas e aos animais, tenho dois gatos, um cachorro, um peixe, além de uma ‘florestinha’. Isso me toma muito tempo e é um tipo de terapia para mim”, diz.
Além de “Jesus”, Silveira poderá ser visto em breve na série “Amor dos Outros”, que vai entrar no ar no Cine Brasil TV e no Now. A produção foi gravada em 2019 em São Luis (Maranhão), com produção da Framme Produções e direção de Alexandre Mello.
“Na série, interpreto o personagem Eurípedes, um caminhoneiro, que é marido de Sandra (Júlia Horta). Ele é muito apaixonado, mas ciumento, e volta para a estrada para satisfazer a amada, que tem o sonho de ter uma casa própria fora dos padrões básicos. É um homem bom, porém machista, um bronco, que acha que a mulher tem que ficar em casa cuidando do lar. Em um certo momento, para ajudar na renda familiar, ela acaba indo trabalhar, escondida dele, como camareira em um motel. Isso vai causar uma série de conflitos e uma crise muito forte entre eles.”
Ele ainda ressalta que foi uma benção fazer um caminhoneiro, pois tem um avô que encarava as estradas no volante, então foi o regaste de sua ancestralidade.
“Eu aprendi a dirigir caminhão, tive algumas aulas e foi mágico. Foi muito gratificante fazer o Eurípedes. Um personagem rústico, mas, ao mesmo tempo, doce. Um ser humano muito afetivo”, finaliza.