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Dermatologistas alertam para os cuidados com a região dos olhos

Foto: Ani Kolleshi/Unsplash

Se a região dos olhos é a parte mais fina e sensível do corpo, capaz de apresentar os primeiros sinais de envelhecimento, agora, com o uso obrigatório de máscaras, ela está ainda mais em evidência. A dermatologista Alessandra Addad diz que esse é um dos motivos pelos quais as pessoas estão preocupadas com olheiras, rugas e os famosos pés de galinha nesse período de isolamento.

“Durante a quarentena, os cuidados que devemos ter com a região periorbital são os mesmos que fora da quarentena, mas eles ganharam uma importância maior porque é a única parte do nosso rosto que está à mostra. Como não conseguimos que o outro veja o nosso sorriso, acabamos nos expressando muito mais pelo olhar”, afirma.

Para quem está preocupado em se proteger dos sinais de envelhecimento e exibir um olhar mais vivo, sem aspecto de cansaço, reunimos um time de quatro dermatologistas para dar dicas de hábitos essenciais. Veja a seguir:

Devemos ter algum cuidado especial para proteger essa região durante a quarentena?

Para a dermatologista Aline Vieira, é importante manter a hidratação da região dos olhos. Como é uma pele mais fina e com muito movimento, envelhece rápido e também tem maior perda de colágeno. Não deixe de usar filtro solar, mesmo em casa, porque você está exposta a telas, seja a do computador em home office ou dos celulares e televisores. Para hidratar a região, você pode apostar em produtos simples, como vaselina ou um creme específico para a região que já use. Outra dica é dormir bem.

A dermatologista Tatiana Jerez afirma que dormir mal, ou simplesmente dormir mais tarde que o habitual, pode levar nosso organismo a um desequilíbrio na produção de hormônios. Isso provoca, por exemplo, inchaço na região dos olhos e o aspecto de cansaço. Evite telas muito próximas do rosto após as 20h e tente dormir antes das 22h.

Por que não se deve passar o creme para o rosto nos olhos?

Tatiana esclarece que essa é a região do corpo onde encontramos a menor espessura da derme. Além disso, a dermatologista afirma que a proximidade com os olhos torna o local ainda mais sensível aos cosméticos. Muitas substâncias são facilmente toleradas pela pele do rosto, mas podem gerar irritações ao serem aplicadas nas pálpebras, como o ácido glicólico ou retinóico. Mesmo os ativos que são tolerados nessa região exigem o uso de concentração menores nas áreas dos olhos, a exemplo da vitamina C.

Cremes para olheira funcionam ou são perda de tempo e dinheiro?

A dermatologista Thais afirma que funcionam, mas depende do tipo de olheira que você vai tratar. Existem olheiras causadas pelo aumento dos vasos e congestão destes na região, por aumento de depósito de pigmento e por alteração estrutural, o que chamamos de afundamento ósseo. As olheiras que se beneficiam com os tratamentos tópicos são, principalmente, as que têm depósito de pigmento. Já a dermatologista Aline acrescenta que os cremes são ótimos para a prevenção, principalmente se você tem como propósito somente hidratar a pele da região dos olhos. A médica afirma que sempre os prescreve porque esse é um local que não pode desidratar de jeito nenhum, pois quando isso acontece ganha aspecto craquelado e linhas finas. Não deixe de usar cremes como forma preventiva ou manutenção de algum procedimento feito em consultório.

Devemos passar produtos diferentes pela manhã e à noite na região dos olhos?

Thais afirma que depende do produto. Existem ativos que são seguros mesmo sob exposição solar e podem ser usados de manhã e à noite. Porém, a dermatologista reitera que produtos que contenham altas concentrações de determinados ativos podem causar irritação se usados duas vezes ao dia. Já Alessandra complementa que é importante fazer uma associação diferente de ativos em produtos usados durante o dia e à noite. Ela alerta que os cosméticos para a região dos olhos precisam ter ativos de boa qualidade, com ação hidratante que devolvam água à pele, mantendo a elasticidade. Além disso, precisam ser hipoalergênicos, uma vez que os olhos são uma área muito sensível a alergias e irritações.

Quais propriedades os cosméticos para a área dos olhos devem ter?

Aline explica que, se você quer prevenir o envelhecimento nessa região, pode usar um hidratante à base de ácido hialurônico com um antioxidante, por exemplo, a vitamina C. Se já tem linhas de expressão, é indicado passar um hidratante à base de ácido hialurônico e associar o ácido retinóico na formulação, para melhorar a renovação celular e deixar a pele mais lisinha, diminuindo as linhas finas. Se é uma paciente que tem pigmentação, ela sugere um agente despigmentante, por exemplo  vitamina K, e associar a vitamina C para ajudar a clarear e a prevenir a formação de pigmento pela ação antioxidante. Se for uma pele mais flácida, ela costuma adicionar peptídeos que estimulam colágeno, com ácido retinóico e ácido hialurônico, para ter uma hidratação boa. E se é uma paciente que precisa de drenagem, porque tem um edema importante nas pálpebras, usa-se a cafeína ou o chá verde, que ajudam a drenar essa região.

Quais os tratamentos mais indicados para a região no período pós-quarentena?  Se a pessoa quiser fazer durante a quarentena, quais cuidados ela e o médico devem adotar?

A dermatologista Thais afirma que todos os tratamentos podem ser feitos durante a quarentena, respeitando as medidas sanitárias apropriadas, como uso de luvas, máscaras, paramentação em geral e uso de produtos antissépticos para limpeza correta da pele do paciente. Tratamentos que estimulam a produção de colágeno são os mais indicados, como aponta Tatiana: “Isso é conseguido com a radiofrequência do Exilis Ultra, que pode ser aplicada no rosto todo ou apenas na região dos olhos”.

Aline sugere a estimulação do colágeno com radiofrequência monopolar para melhorar a fissura da derme e deixar a pálpebra mais hidratada: “O Exillis Ultra tem uma ponteira específica para a região dos olhos, ideal para intensificar o tratamento nessa região, uma vez por semana, durante quatro sessões”. Vale lembrar que pacientes do grupo de risco que estiverem em isolamento rigoroso devem considerar um momento futuro para realizar seus tratamentos.

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