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Saiba quais são os fatores que fazem você engordar

Comer menos e fazer exercícios e a fórmula certa para perder peso e manter a forma, mas nem sempre essa dobradinha é suficiente. Antes de desistir de diminuir o seu manequim, saiba que o caminho tem curvas, que esbarram em questões ligadas à sua saúde.

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Quem abusa de pão francês, arroz, massa, açúcar e pratos industrializados demora mais para chegar ao peso desejado. O problema é que esses alimentos são inflamatórios, além de calóricos.

“Mesmo comendo pouco desses alimentos, incluí-los todos os dias nas refeições, significa nutrir os adipócitos, células que armazenam gordura. Eles acabam produzindo adipocinas, substâncias com alto poder inflamatório, que tomam conta de boa parte das células do corpo e formam a indesejada gordura que acumula na barriga, no culote e no bumbum”, explica a nutricionista funcional Adriana Magalhães, da clínica Ana Carolina Sumam. 

A saída é comer mais peixes de água fria, como o salmão, atum, bacalhau e sardinha. Eles estão lotados de gorduras poli-insaturadas, como o ômega-3, inimigo número um das inflamações.

As emoções descontroladas, como a ansiedade, também podem engordar. Estudos sugerem que nessas situações-limite, em que você está a um passo do descontrole, o organismo ativa um gene que provoca a larica pelas comidas “engordativas”. Isso acontece porque o açúcar e a gordura acionam o centro de recompensa do cérebro, que libera dopamina e manda o baixo-astral embora no ato.

“A solução é buscar outras formas de sentir prazer, bem-estar e de aliviar a tensão. Malhar, meditar e se envolver em um hobby que a faça se sentir bem, são maneiras de melhorar esses sentimentos, sem compensar na comida”, ressalta.

A tireoide em pane também pode ser um dos fatores do sobrepeso. Essa glândula, localizada no pescoço, produz os hormônios T3 e T4, que regulam o organismo – dos batimentos do coração ao trabalho do intestino, o raciocínio e a força muscular. A hipófise, outra glândula, fica na base do cérebro e secreta o TSH, que estimula a tireoide a fabricar T3 e T4. Quando ela produz esses hormônios em quantidade insuficiente, ocorre o hipotireoidismo, que deixa o corpo inteiro mais lento, inclusive o metabolismo.

“A doença também está relacionada à retenção de sal e água, que levam ao inchaço. A mulher com hipotireoidismo ganha, em média, de três a cinco quilos em um ano”, explica Adriana.

Um exame de sangue comum pode medir os níveis de TSH no organismo. Se houver alteração, o médico indica a reposição hormonal, que consiste em tomar diariamente um comprimido com hormônio tireoidiano sintético, com dosagem orientada para cada caso.

A pílula anticoncepcional também pode ser a vilã no ganho de peso. Algumas mulheres têm queixas como ganho de peso, pele oleosa e alteração da libido depois que começam a tomar o remédio. O principal vilão para quem reclama que engordou é o estrógeno, hormônio presente em algumas pílulas. Ele pode levar à retenção de líquido e dificultar a eliminação, o que provoca inchaço e reflete na balança.

“É necessário experimentar pílulas de marcas e dosagens diferentes até encontrar uma que combine com o paciente, sem oferecer efeitos colaterais negativos. As mais modernas costumam ter menos impacto sobre o peso, pois trazem doses menores de estrógeno”, finaliza a nutricionista.

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