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Simple Organic: conheça a marca brasileira de beleza vegana

Tudo começou com uma vontade de mudar o mundo para uma vida que estava acabando de começar. Foi depois de ter sua filha que Patrícia Lima começou a enxergar problemas no modo como consumimos e a quantidade de lixo que descartamos. A publicitária sempre trabalhou com moda, e foi enquanto amamentava Maya que enxergou como poderia fazer sua mudança no mundo.

“Eu estava maquiada e ela colocou a mão no meu rosto e, depois, na boca. Parei de usar maquiagem naquele momento e comecei a pesquisar sobre beleza natural”, conta Patrícia em entrevista a RG. Foi dessa pesquisa e da falta de marcas que atendessem essa demanda que nasceu a Simple Organic.

A marca existe há pouco mais de um ano – três anos foram investidos em pesquisa na área – e já chamou a atenção dos consumidores de cosméticos, com produtos orgânicos, veganos e cruelty free.

“No início, a ideia era ser sustentável, mas quando você começa a criar um negócio transparente e a estudar os processos de fabricação, é impossível não se tornar vegano”, diz a fundadora.

Outra característica da Simple Organic é ser uma genderless, com produtos não-exclusivos a apenas homens ou mulheres.  Para Patrícia, era muito claro que os amigos não eram representados pelas marcas de beleza. “É muito bacana ver depoimentos de casais que dividem os produtos ou ficar tão próxima do público gay e trans que temos”, conta.

Crescimento

“Quando comecei, contei pro Alexandre Herchcovitch, que já era meu amigo, e ele usou os produtos durante a São Paulo Fashion Week. Foi um boom, porque aquele público não conhecia beleza natural, orgânica e vegana”, lembrou Patrícia sobre o primeiro momento de grande visibilidade da marca, que cresceu substancialmente a partir daquele episódio.

Para ela, a maior conquista da Simple Organic foi atrair pessoas que ainda não conheciam esse universo. “A gente não tá preocupado com vendas”, ela reflete. “Hoje, é até um problema produzir numa quantidade que responda nossa demanda. Nossa preocupação é causar um impacto positivo na sociedade”, explica Patrícia, que se surpreendeu com a facilidade que o Brasil abraçou o assunto.

O segundo grande momento de crescimento, na visão da fundadora, foi quando a Lush anunciou sua saída do mercado brasileiro. “A gente não esperava que as pessoas e a mídia fossem lembrar da gente instantaneamente, como aconteceu”, contou Patrícia que também pontua diferenças entre as marcas. “Apesar da Lush ter um discurso bacana, ela não tem regras tão rígidas quanto as nossas. Eles não são 100% orgânicos ou veganos e ainda trabalham com sintéticos, diferente de nós”.

Os produtos

Para Patrícia, é muito difícil de listar os produtos queridinhos do público – e quem entra no site da marca pode confirmar isso, já que diversos deles estão esgotados. A produção, como pontuado pela empresária, ainda não consegue suprir a demanda.

Mas a criadora da empresa revela que a Green Water de Pitanga é um xodó. “É um produto muito natural, feito a partir do óleo essencial da pitaya e é multifuncional, podendo ser usado tanto como um adstringente quanto como tratamento para melasma”.

“Nunca quis que a Simple fosse taxada como inacessível. Hoje em dia, ela se tornou uma marca de opção. Você pode comprar um produto sintético ou natural, os preços são os mesmos”, diz Patrícia sobre o valor de seus produtos. Consciente de que a decisão de ter uma vida natural é mais cara,  ela afirma que a marca não repassa para os clientes os valores dos certificados de orgânicos e do PETA.

Futuro? A Simple Organic tem grandes metas. Em processo de aberturas de franquias pelo país (a primeira loja será em Manaus), a marca também investe na exportação e na inclusão. “Ainda esse ano, vamos lançar uma linha exclusiva para peles negras”, revela Patrícia sobre a próxima novidade.

 

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