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Chameleo lança álbum de estreia com grandes feats, como Pabllo Vittar e Jhonny Hooker; ouça

CHAMELEO lança “Ecdise” seu álbum de estreia – Foto: MAR+VIN

Os camaleões se ajustam de acordo com o ambiente em que se encontram, mudando o tempo todo. Da mesma forma, Chameleo – “Camilio” na pronúncia -, se adapta a cada momento de sua vida, passando por constantes transformações. E é justamente essa ideia que o cantor e compositor deseja passar em seu primeiro álbum, “Ecdise”, lançado nesta quinta-feira.

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O disco tem o total de 13 faixas, sendo duas já lançadas: “Frequente(mente)” com Pabllo Vittar e “Enigma” com Carol Biazin. Além de outros quatro feats, com Johnny Hooker, Alice Caimmy, Konai e Number Teddie. Segundo o músico, o conceito eclético do álbum veio ainda antes das músicas. Várias sonoridades foram exploradas, sem que ele se apegasse a um gênero musical só, nem mesmo a apenas um produtor, foram seis no total. 

“A mudança sempre foi muito presente na minha vida, como um combustível, nunca tive medo. Trazer essa proposta para o meu primeiro álbum é até meio arriscado, mas não teria como ser diferente”, afirma Chameleo

O novo trabalho conta a história das transformações do cantor que está em constante metamorfose, assim como os répteis que trocam de pele a cada dois meses. Sua própria ecdise começou três anos atrás, quando ele passou por um câncer. “Parece que a cada pele que a gente troca a gente vai se transformando em uma nova pessoa, e é isso que eu quero passar com o álbum”, diz o artista, que aposta em um disco pessoal para que as pessoas o conheçam de verdade.

Capa do álbum “Ecdise” – Foto: MAR+VIN

Mas a relação de Chameleo com a arte começou mesmo no teatro. Desde pequeno no palco, foi a partir de uma peça, para a qual teve que aprender a tocar guitarra, que ele viu a música como uma possibilidade. “Eu estava achando que iria para um lado mais de ator, mas ali eu descobri minha paixão pela música, e foi só uma questão de tempo até eu começar a me aprimorar no violão e a escrever.”

O cantor conta que começou a compor com 12 anos, como uma válvula de escape depois da morte de uma tia muito próxima a ele. “Escrevendo eu botava para fora tudo que não conseguia colocar em palavras, então a música já entra nesse papel muito importante para mim desde cedo”, explica.

A partir daí, compor virou a forma como ele expressa seus sentimentos e suas percepções. Tudo é estímulo para escrever, suas próprias vivências, as experiências dos outros, um livro, um quadro, e, dessa forma, até suas inspirações são distintas e mutáveis. 

“Se eu quero escrever uma música bem sentimental, por exemplo, coloco Elvis Presley para tocar, que eu sou apaixonado. Eu amo Os Mutantes, Pink Floyd, não tem nada a ver direto com o meu som, mas de alguma forma me inspira”, conta ele. Mas de referências mesmo, ele cita Billie Eilish, Rosalía, Mahmood, Angel Ulyanov, e artistas que quebram a barreira da linguística de uma forma geral. 

Chameleo, Camilio na pronúncia, lança álbum de estreia – Foto: MAR+VIN

O próprio cantor se formou musicalmente nos Estados Unidos, e, a sua forma, também pensa fora desse limite que a língua oferece. Segundo ele, um dos maiores aprendizados do curso foi entender mais sobre o mercado musical. “Até achei que seria mais criativo, no sentido de produção musical mesmo, mas essa parte ‘business’ foi bem importante para mim que sou um artista independente”, afirma.

Hoje, Chameleo já aprendeu a transformar seu hobby em uma profissão, embora ainda seja um artista muito novo. Sua carreira começou mesmo durante a pandemia, depois de lançar “Você me fu**”, seu primeiro single mais pop. Antes disso, o cantor já tinha alguma experiência com shows, mas muito pouca e de uma época mais alternativa, “uma pele anterior”.

“Eu sempre fui a criança viada que dançava Pussycat Dolls e Britney Spears, e acho que foi muito um lance de auto aceitação. Quando eu assumi o pop, eu assumi 100% quem eu sou e foi aí que as coisas começaram a acontecer”, comenta.

Em constante transformação, Chameleo não tinha como ser outra coisa que não um camaleão, e esse disco de estreia vem enfatizando exatamente isso. “Sinto que o que eu passo no álbum é a minha versão mais pura, mais verdadeira. Pelo menos até o momento, né? Porque a gente está sempre em constante transformação”, diz ele, entre risadas, mudando de ideia antes mesmo de terminar a frase.

Ouça “Ecdise” aqui!

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