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Oxa reúne lendas do bate-cabelo em novo clipe; assista

OXA – Foto: Konstantin Rain

A cantora queer OXA compartilha a música “Bate Cabelo Pela Paz” nesta sexta-feira (20.05). O título da canção já é reflexo de um dos temas da faixa: o bate-cabelo, movimento que surgiu no Brasil e é referência da cultura drag em todo o mundo. Ícones desse estilo de performance, Marcia Pantera, Danny Cowltt, Natasha Princess e Stripperella fazem participações especiais no audiovisual. 

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“A letra tem um peso muito grande e quero que o Brasil conheça ainda mais essa cultura e que ela nunca morra”, afirma OXA.  A produção incorpora elementos de funk, house music e eletrônico experimental, numa mistura pop, e é assinada por HITMAKER, colaboradores de Anitta e Luísa Sonza.

O bate-cabelo, homenageado na faixa, começou no Brasil na década de 1980, com Marcia Pantera, que inventou o estilo com inspiração nos roqueiros, que rodam seus cabelos longos no ritmo das guitarras. O ato virou um símbolo da causa LGBTQIAP+ e é repetido por drag queens de todo o mundo. 

A performance é considerada o momento mais esperado das apresentações dessas artistas, que rodam a cabeça em todas as direções de forma frenética e o cabelo fica suspenso no ar de um lado para o outro. Exaltar esse marco tão relevante para a comunidade é estimular o conhecimento e o respeito. “Eu quando era mais nova, não tive a oportunidade de conhecer ou vivenciar tudo o que estamos conhecendo e aprendendo nesta nova geração”, explica OXA.

“Bate Cabelo Pela Paz” – Foto: Divulgação

Criadora do movimento bate-cabelo, Marcia Pantera celebra: “O bate-cabelo é uma cultura brasileira. Alguns clipes americanos já trouxeram um pouco desse estilo, mas não como no Brasil… É a nossa arte ganhando o mundo”. Ao que Natasha Princess completa: “O bate cabelo moveu e move história no cenário cultural LGBT, logo isso é muito importante. Estar em clipe pop é levar essa arte para mais e mais pessoas e, definitivamente, é o meu intuito como artista periférica”. E Melissa Alonso, a Stripperella, ecoa: “É uma resistência da arte que vem de anos para mim…. Uma cultura nossa que, aos poucos, o mundo está conhecendo”.

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