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Pedro Alex: multi-instrumentista vem com álbum e clipe

Foto: Reprodução/Instagram/@pedroaleex

O cantor, compositor e multi-instrumentista Pedro Alex antecipa mais um clipe antes de seu disco de estreia, “Vibrações” chegar em 9 de julho. No próximo dia 25, chegam, no formato curta-metragem, as músicas “Neoul” e a inédita “Vela Acesas”.

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O roteiro traz a narrativa de um casal (Pedro Alex e Kamila Souto) se conhecendo e ganhando intimidade, com atenção especial aos pequenos detalhes da vida, como tomar café ou sol. Contemplar a vida e aproveitar os momentos construídos é a mensagem.

O cenário mostra um passeio pela mágica Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Além de cachoeiras, o principal atrativo do local, o vídeo percorre três cidades e suas diferentes atmosferas: Colinas do Sul, São Jorge e Alto Paraíso.

“Somos de Brasília, as cachoeiras são as nossas praias. A Chapada dos Veadeiros é nosso refúgio, o local perfeito para se isolar e de estar em contato com a natureza. Suas cidades são pequenas, intimistas e charmosas”, conta Pedro Alex.

Hoje com 22 anos, o filho do cantor e compositor do Natiruts, Alexandre Carlo, nasceu e cresceu cercado de música. No estúdio Zeroneutro, montado no quintal de sua casa em Brasília, nasceram seus quatro primeiros singles, lançados em 2020: “Vem Ficar” (feat. Kevin Ndjana e Iuri Rio Branco), “(Não Vou Mais) Te Esperar“, “Parti Pra Ver“ (feat. O Dobro) e “Um Só“ (feat. Felipe Phyre).

Pedro Alex é fã de música preta. Tudo o que envolve a “black music” e suas vertentes faz a cabeça dele. Aliás, uma das músicas do álbum “Vibrações, intitulada “Preta”, é para ficar de olho, tem um gingado sensacional e uma letra incrível, é dançante e deliciosa de ouvir. 

Ninja de estúdio que é, Pedro Alex estuda os estilos musicais criados em décadas passadas (como MPB, R&B, soul, funk, reggae e afrobeat) e os renova com arranjos modernos e a retórica inerente à geração. E ele bota a mão na massa mesmo: além de cantor e compositor, Pedro toca baixo, piano, bateria, guitarra e violão e produz (ou coproduz) suas músicas.

Pedro levou um papo com RG que você acompanha a seguir.

A música passou de pai para filho, com a música familiar influenciou em seu trabalho?

A música sempre esteve presente dos 2 lados da família. Por parte de pai, minha família é bem musical e possui vários músicos, seja como profissão ou hobby, então sempre tive contato com músicos e instrumentos nas reuniões de família. Do lado da minha mãe, a música sempre foi algo muito presente em todos os momentos. E, assim como meu pai, minha mãe também é uma grande apreciadora de música e creio que todo esse ambiente dentro de casa ajudou muito no meu desenvolvimento e no meu interesse pela música. Mas, obviamente, o fato de meu pai ter a música como profissão e ainda conseguir ser um artista de muito sucesso e prestígio no Brasil, e sendo um dos maiores porta-vozes da música brasileira no exterior, me influenciou a olhar para a música com outros olhos para além do entretenimento e começar a olhar para a música como uma profissão e uma forma de sustento.

Foto: Reprodução/Instagram/@pedroaleex

Como nasce o músico Pedro Alex?

A resposta desta está diretamente ligada à primeira pergunta. O meu interesse por tocar instrumentos vem desde muito cedo e sempre com muito incentivo das duas partes da família e isso me ajudou muito a poder decidir o caminho que eu queria seguir. Meu primeiro instrumento de fato foi uma bateria, com 5 anos de idade, e daí para frente o interesse pela música começou a crescer. Ao chegar na adolescência, meu interesse pelo violão começou a ficar mais intenso e comecei a aprender as músicas que eu gostava de ouvir e, consequentemente, veio a vontade de começar a compor e produzir as minhas próprias músicas. Durante todo esse processo, foi muito natural o interesse por tocar outros instrumentos e aprender mais sobre a produção musical e o desenvolvimento dessas duas vertentes (multi-instrumentalismo e produção musical). E apesar de já dominar diversas nuances dessa face da música, ainda tenho muito espaço para evoluir. Inevitavelmente, minhas composições têm muita influência da minha maior referência na música que é meu pai, porém nesse meio tempo consegui absorver nuances de várias outros artistas e estilos que fui descobrindo ao longo da vida e juntando tudo isso para formar um estilo de composição próprio, criando minha própria identidade.  Algumas pessoas próximas que conhecem meu trabalho há algum tempo conseguem reconhecer o meu toque em algumas composições que fiz em parceria com meu pai para o Natiruts, como, por exemplo, a mais recente delas, “Good Vibration”, com participação de Iza.

Como aprendeu a tocar tantos instrumentos?

Tive a oportunidade de ter contato constante com diversos instrumentos desde pequeno e, sempre que possível, acompanhava meu pai nas sessões de estúdio e a curiosidade foi a principal chama para despertar essa vontade dentro de mim. O fato de ter diversos instrumentos em casa (piano, baixo, violão, guitarra, bateria, cavaquinho etc.) me deu a possibilidade de me aprimorar em todos os que fossem possíveis. Muito do que aprendi na música foi sozinho, movido pela minha própria curiosidade, tentando aprender a tocar músicas das minhas referências, procurando entender cada nuance dos arranjos e movido por essas vontade de aprender e me desenvolver mais. Peguei aulas de diversos instrumentos diferentes ao longo do tempo para direcionar esse estudo que foi iniciado intuitivamente e com toda a ajuda e incentivo, consegui desenvolver essa versatilidade.

Quais são suas principais influências musicais?

Difícil elencar poucas influências porque em cada momento da vida você se sente inspirado por algo diferente, mas sem dúvida alguma posso citar alguns que me acompanharam por todas as fases da vida (sem necessariamente uma ordem) como Natiruts, Sade, Lenny Kravitz, Bob Marley, Djavan, Ed Motta, Stevie Wonder, Michael Jackson, Alicia Keys, Pharrell etc.

Você é fã da música preta, como incorpora os sons em seu trabalho?

Eu costumo dizer que o meu estilo é MPB (Música Preta Brasileira). Somos um País que abriga muitas culturas diferentes e dentro da Música Preta aqui no nosso País, absorvemos culturas vindas de diversos cantos do mundo.  Dentro da minha trajetória, bebi de diversos estilos como samba, a forró, o axé até outros estilos vindos de outros países como o soul, o reggae, O afrobeat, a salsa e o rap. Analisando todas essas vertentes musicais, consigo enxergar diversas semelhanças em células de batidas, em caminhos harmônicos e, sempre que possível, procuro estar envolvendo e misturando todos esses pequenos detalhes, praticamente um de cada lugar, quase que imperceptíveis, mas que no final acabam formando o meu estilo e a minha música.

Como tem sido a receptividade de seu recente trabalho, “Vibrações”?

A receptividade dos singles tem sido bem legal! Dos 6 singles que lancei até agora (contando com os feats), 3 já passaram dos 25 mil de plays de forma orgânica somando as plataformas e tenho conseguido, cada vez mais, chegar no público que vai se interessar pelas minhas músicas e minhas mensagens, e isso me deixa muito satisfeito e com uma expectativa muito boa para o disco que vai vir e os materiais que preparei.

Como será a divulgação do trabalho no meio da pandemia, pretende fazer lives e tal?

A divulgação do trabalho é sempre um caminho difícil e muito incerto pois depende de muitas variáveis para que o projeto seja um sucesso, então vou procurar fazer o que é possível ser feito: estar ativo nas redes, procurar fidelizar ainda mais o meu público com as minhas músicas e minha identidade e eventualmente preparar uma live especial para comemorar o lançamento desse projeto tão especial para mim e para minha carreira.

Como você se inspira para criar seu trabalho?

Tudo pode ser uma inspiração e as inspirações mudam de tempos em tempos. Posso ser inspirado por um filme, uma música, um canto de um pássaro, um relato de alguém. A maioria das músicas no disco refletem sentimentos reais vividos por mim (bons e ruins), mas em algumas outras eu peguei inspirações fora da minha vivência para poder complementar uma experiência minha, e essa é a parte mais legal da composição na minha opinião: você ter a liberdade de se inspirar em tudo e qualquer coisa pra criar algo genuíno e original.

Foto: Reprodução/Instagram/@pedroaleex

Quanto tempo demorou até a concepção do álbum?

Como foi um disco composto em diversas etapas e reflete momentos diferentes da minha vida (por isso o nome “Vibrações”, pois cada música representa um momento e um sentimento dentro de todo esse processo), eu diria que demorei cerca de 5 a 6 anos, contando que existem composições minhas de quando eu tinha entre 15 e 16 anos, como “Preta” e “Fala De Uma Vez” (durante esse tempo, gravei também um disco com uma outra proposta e que também já está pronto). Terminei a produção do disco “Vibrações” no segundo semestre de 2020, com 21 anos.

Todas as músicas vão ganhar clipe?

Todas as músicas terão um conteúdo visual preparado especialmente para cada uma delas, sejam esses materiais, videoclipes ou visualizers. A música “Vem Ficar” já possui um videoclipe no meu canal no Youtube, e com esses materiais pretendo complementar o trabalho com chave de ouro.

Já pensa em um novo single do álbum para lançar? Qual?

Sim! O single “Velas Acesas”, com um clipe duplo com o single lançado em janeiro chamado “Neoul”, gravado inteiramente na Chapada dos Veadeiros, mostrando toda a sua beleza e suas paisagens naturais, com imagens captadas nas cidades Alto Paraíso, Colinas do Sul e Vila de São Jorge.

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