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Mallu Magalhães lança álbum “Esperança”; ouça e assista ao clipe

Foto: Daryan Dornelles

Mallu Magalhães chega, nesta terça-feira (15.06), ao quinto álbum de estúdio aos 28 anos. A quem se perguntar como atingiu tamanha maturidade jovem assim, note que metade da vida ela passa/ou como artista. E note também a dimensão da beleza na retrospectiva musical e pessoal que é traduzida nas 12 faixas de “Esperança”, disco que é lançado agora em todas as plataformas digitais. Ouça aqui!

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Entre os seis anos de “Pitanga” (2011) e “Vem” (2017), Mallu teve uma filha e (re)descobriu o que a fez artista desde a infância até a maternidade. A sorte nos brinda com o talento da musicista de traduzir a própria trajetória em formato musical.

“Esperança” abre com o piano, guitarra e vocal da própria traçando sua origem em “America Latina”. O produtor Mário Caldato Jr. (que dividiu o trabalho com ela) construiu camadas de efeitos sobre a sutileza melódica de Mallu, até que a identidade brasileira ganhasse tom de manifesto latino.

“Deixa a Menina” é a primeira ode à filha, Luisa. Era como Luísa falava quando alguém a tentava parar ou impedi-la de fazer algo que queria. No piano Rhodes e no sintetizador revela-se uma crocância MPB jazzística, ainda mais com o dueto vocal com Preta Gil.

Foto: Daryan Dornelles

“Pé de Elefante” também leva o Rhodes em certo desabafo antigo de Mallu, que é vertido em canção de leva mais antiga da artista (o álbum foi gravado antes da pandemia, em 2019). Já “Barcelona” vem a seguir como certo outro lado da moeda, em texto aspiracional qual sopro de frescor acentuado pelo timbre grave de Nelson Motta, que declama poema no meio desta.

Mallu considera “Regreso” um pouco “chorosa”. Talvez pela letra em espanhol. Mas a bossa MPB é docemente conduzida no violão e trompete. Traça uma certa escala otimista para “As Coisas”, que é igualmente “chorosa” para Mallu, mas em outro sentido. “Ainda me emociono quando a escuto”, diz. A progressão de acordes em ascendente e harmonia com o vocal são a senha de beleza vertida em lágrimas.

Mesma beleza e convite hedonista de “Cena de Cinema”, que flerta com Jazz e Blues qual a Tropicália tão bem fez. Ainda tem a artista arriscando um lap steel no miolo.

“I´m Ok” dá um passo adiante no flerte surf-rock e vem em formato de roquinho saboroso, com toda a sutileza que marca a obra da artista.

Assim como “Fases da Lua” caminhou para um viés meio trip hop inesperado. Explica-se: na hora de gravar, ela começou a cantar à capela e músicos foram improvisando sobre, tecendo até mesmo os arranjos da versão do disco.

“Você Vai Ver” tem cheiro de mar, dobra de ska com reggae embalada na melodia e assobios de assinatura reconhecível em segundos de Mallu.

Foto: Daryan Dornelles

“Quero-Quero” traz novamente as combinações de Rhodes e trompete, MPB e jazz, e “Enjoy the Ride” dá um laço no pacote (auto)referencial da obra como uma carta de amor e melhores desejos à filha – é uma subversão musical como se emulasse o melhor do indie rock prestando homenagem à música brasileira. Além disso, a faixa ganhou um clipe filmado no auge do lockdown. 

“Ele surgiu da vontade de dançar em casa e, de certa forma, fugir um pouco da realidade que se apresentava (e ainda se apresenta)”, conta Mallu. “Fiz uma campanha no Instagram e o pessoal me enviou vários videos dançando a música ou apenas curtindo algum hobby em casa, e foi uma delícia receber vídeos tão lindos e divertidos”, completa. Por meio de um sorteio, foram escolhidos mais de 60 participações que fazem parte do clipe. “Depois disso, pedi ao Bruno Ilogti, que fez os clipes do álbum, editar um vídeo totalmente caseiro e cheio de amor, carinho e esperança”, completa a cantora.

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