Por André Aloi
O ano chega ao fim, mas 2015 deixa um legado: você pode chamar todo mundo de “miga”, independente do sexo e se a pessoa é ou não sua conhecida. A frase mais falada do ano, talvez, tenha sido: “miga, sua loka”. Não entendeu quando usar? Uma página de humor no Facebook compartilha todos os memes relacionados à brincadeira. No Twitter, dá pra acompanhar a #hashtag.
Além do “miga”, outra expressão que ganhou destaque foi “falsiane”. Auto-explicativa, né?
As premiações geraram algumas boas risadas. A luva da Lady Gaga no Oscar ou Rihanna vestida de ovo frito no MET Gala não saíram ilesas à internet. Mas foi a cor de um vestido que deu “tela azul” (ou bug!) na cabeça do brasileiro. Era preto e azul ou branco e dourado? O “Fantástico”, da TV Globo, pôs fim à dúvida! A apresentadora Poliana Abritta usou a peça no programa e mostrou que era, de fato, azul. Apesar de todo mundo enxergar o contrário.
A editoria de Política gerou alguns memes consagrados. A presidente Dilma saudou uma mandioca e ganhou até um remix, chamado de “Saudando a Mandioca”. E uma repórter correu atrás de uma “senhora”, que desmentia trabalhar na Assembleia Legislativa de Goiás, mesmo tendo sido flagrada batendo o ponto e indo embora. Gerou até um game de perseguição da senhora, além de um ótimo remix com a música “Run Away With Me”, de Carly Rae Jepsen.
Taylor Swift comprou briga com a Apple e outras plataformas de streaming, a internet reagiu com bom humor: chamou Taytay de mercenária e retrucou… Numa conversa, cada vez que o nome da cantora é citado ou alguém toca ou canta sua música, reza a lenda que um boleto chega para cobrar. Mas foram outras cantoras que caíram no gosto popular…Impulsionada por seu tenebroso falsete, MC Melody revirou os olhos da internet, que fingiu acreditar que ela cantava algo e não apenas soltava uns gritinhos de arrepiar. De embalo, sua amiga Deborah Moreira “mostrou cultura para esse povo” com um vídeo em que aparece com a cantora mirim, ensinando a técnica vocal. Deprê!
Ainda falando de música, o hit do ano talvez tenha sido a faixa “Aquele 1%”, de Marcos & Belutti e Wesley Safadão. Safadômetros (medidores que indicavam o índice de safadeza das pessoas) e adjacentes foram destaque nas redes sociais, indicando que você era 99% uma coisa e 1% outra, como diz a música (99% por cento anjo, perfeito / Mas aquele 1 % um por cento é vagabundo). O cantor de cabelo grande e alisado apareceu ainda em outro meme: as comparações dele com Angelina Jolie.
Se a internet “quebrou” com o derrière de Kim Kardashian no passado, o que dizer do bumbum de Justin Bieber no Instagram neste 2015? Muitas montagens – inclusive de famosos – pularam na timeline. Mas beleza mesmo foi um vídeo em que uma drag brinca, falando que quer “close” e “unhas de garota”. Esse bombou!
Um dinossauro fanho brindou a internet este ano. O “Dinofauro” tem até página no Facebook, com direito a minutos de sabedoria no estilo NSFW (not safe for work): “os 4 ‘Fs’ da segunda-feira: #foco, #fé, #forfa e f*da-fe” ou “ufa fassa f*de no fanetone”.
2015 foi um ano místico e cheio de crença. Em especial para falar de signos. De acordo com o Google, as buscas sobre astrologia quadruplicaram nos últimos anos – os dados foram apontados em reportagem da “Folha de S. Paulo”. Sendo assim, frases de diferentes entrevistas de Susana Vieira e Nicole Bahls viraram memes para explicar cada signo do zodíaco.
Apesar de difícil, a gente pode dizer que o ano teve seu maior aprendizado: se alguém briga com a gente (pode ser a Jessica), não dá pra sair por baixo. Por falar nisso… já acabou 2015?