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Viviane Pasmanter: colunável

Atriz conversou com RG sobre sua personagem na nova novela das 19h

Sao Paulo e o palco da mais nova colunavel da paroquia. Abram alas para Regeane (!), personagem da atriz Viviane Pasmanter no novo folhetim das sete horas da Rede Globo, Tempos Modernos. Numa entrevista exclusiva para RG, a atriz falou um pouquinho sobre a experiencia de encarar uma mulher deveras oposta a ela, que em verdade e moca menos dada a arroubos consumistas, animal prints e atitudes duvidosas: “Ela nao tem compromisso com nada”, define Pasmanter, que acredita que sua personagem “nao e exatamente ma”, mas revela que ela vai se envolver com o vilao-mor da trama, o otimo Guilherme Weber. Da dobradinha, espera-se boas cenas e enxaqueca para o protagonista da novela, Antonio Fagundes, cujo papel tem ecos de Rei Lear – a semelhanca do monarca shakespeariano, ele tem muito poder e precisa transferi-lo para uma de suas tres filhas (alem de Viviane, Fernanda Vasconcellos e Regiane Alves). O dramalhao ingles e pano de fundo para o texto de Bosco Brasil, grande aposta entre os novos autores da Globo.


Mas o que nos traz aqui nao e exatamente a novela, mas o processo de construcao da neoperua. Viviane esta em plena fase de exploracao da personagem. Mais low profile, a atriz devera ser vista em algum cocktail de lancamento de colecao ou alguma festinha do high em Sampa nos proximos dias… Tudo em busca de elementos para o papel que estreia em janeiro. “Ela e muito fashion-victim”, conta a atriz. “O figurino tem muito bicho, muita onca, dourado… quando eu vi ate estranhei um pouco, mas depois eu folheei uma RG Vogue e estava tudo ali!”, espanta-se. “Ta tudo na loja, ne?”. Pois e. Mas tem que saber dosar, hein…


Ao que parece, a personagem de Pasmanter nao e la muito amiga do bom senso. “E uma comedia”, reforca a atriz, o que ja nos da a dimensao da satira fashionista que vem por ai. Mas ha sempre um comentario no comico, e pode-se esperar uma velada alfinetada sobre o consumismo. A atriz tem sua opiniao: “Pra mim nao faz sentido gastar R$4mil num sapato. A culpa nao me deixa”. Mas nessa imersao, voce conseguiu encontrar novo sentido nessa relacao entre o desejo e consumo? “Fui numas lojas, conversei, entendo que ha a inteligencia da industria por tras disso, ha publicidade, ha um negocio”, observa. Sera que Viviane vai deixar de lado seu look super basica (ela se define assim) e aderir a uma rasteirinha Tory Burch ou um bom Cavalli zebrado? “Olha, em geral a gente sai com algumas coisas do personagem…”, admite. A ver.


Segue o papo, e Pasmanter conta para RG que acaba de sair da pele de uma personagem muitissimo diferente da sua Regeane. Ela coordena uma ONG da Vila Brasilandia em Rosa Morena, co-producao Brasil-Canada pilotada pela O2 Filmes. Fez “laboratorio”numa associacao da comunidade, convivendo com uma familia assistida, sete criancas em situacao de risco social. “Outro mundo”, ela diz, com alguma inquietacao na voz.  Pausa aqui, e a constatacao da ironia cotidiana do oficio: para atuar, o malabarismo psicologico e premissa. De ativista a perua, num zas-tras… Boa sorte pra ela, boa pipoca pra voce.

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