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O Instituto C&A – pilar social da C&A no Brasil – em parceria inédita com Nordestesse, conectou dez marcas nordestinas lideradas por mulheres que terão suas peças comercializadas no marketplace da varejista, o Galeria C&A, a partir desta terça-feira (04.07).
Com curadoria do Nordestesse – hub criativo que registra, amplia e fomenta a produção, as discussões e o talento de marcas e serviços de empreendedores nordestinos -, Demodé, Sherida, Funlab, Carnávalia, Vivian Lazar, Vem Meu Bem, Seja Balbina, Casa de Maria, Xique-xique e Carlotte, são as marcas selecionadas para o desenvolvimento de uma coleção que traz em sua essência elementos urbanos, elegantes e atemporais.
Para Daniela Falcão, sócia-fundadora da Nordestesse, a escolha destas levou em conta a distribuição geográfica, de modo que os nove Estados fossem contemplados; o resgate de tradições artesanais ancestrais como o crochê, bordados e a cestaria; o impacto social e ambiental causado pelas marcas e o exemplo de serem dirigidas por mulheres e/ou empregarem majoritariamente mulheres em sua cadeia.
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“Procuramos trazer um time de marcas com estilos diversos, em sintonia como caráter democrático do Galeria C&A, mas que carregassem alguma dessas características em seu DNA. Boa parte delas tem menos de quatro anos de vida, são nomes que podem e devem ser mais conhecidos nacionalmente”, diz.
As peças autorais, com identidades e tendências diversas, unem crochê, popart e minimalismo a elementos da cultura nordestina como a literatura de cordel e as xilogravuras. Além disso, atendem a categoria body positive e com uma grade de tamanhos que variam do P ao GG.
“Além de oferecer mais visibilidade às marcas, comercializar os produtos no marketplace da C&A é importante para democratizar o acesso e conhecimento às produções destas marcas tão ricas culturalmente. Esse trabalho feito a muitas mãos foi necessário para criar conexão e fortalecer o objetivo de entregar uma moda com propósito que cause, de fato, uma mudança de paradigmas”, comenta Gustavo Narciso, diretor-executivo do Instituto C&A.
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As dez marcas selecionadas têm estilos variados, mas que dialogam com as principais tendências de moda da atualidade. A Demodé, marca do Maranhão, especializada em roupas íntimas, busca criar um ecossistema positivo usando tecidos sustentáveis, certificados e valorizando o artesão na produção. Já a Sherida, do Ceará, tem como um de seus grandes trunfos conseguir unir símbolos regionais de uma forma pop e contemporânea, com práticas ancestrais como por exemplo, a do bordado.
Outra marca conhecida pelo seu mood divertido, pop e jovem é a Funlab, do Rio Grande do Norte. Com foco na moda activewear, a marca vai muito além da academia e exibe peças para uma mulher ativa ao mesclar em suas malhas, frases e elementos da cultura nordestina como a xilogravura e literatura de cordel. Vinda da Paraíba, a marca Carnávalia, se descreve como um shot de dopamina, com peças experimentais capazes de reinventar realidades através da roupa.
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No mundo das tramas do crochê, a sergipana Vivian Lazar – que emprestou seu nome a marca – é especialista em peças feitas na arte ancestral que aprendeu com sua mãe, ainda aos dez anos e, hoje, exibe peças modernas que vestem não só as pessoas, mas, também, as casas. Ainda no crochê, a marca pernambucana Vem Meu Bem, idealizada pelas irmãs Bruna e Renata Malta, ressignificam a técnica fazendo a cabeça dos jovens com seu crochê pop e contemporâneo.
Entrando em outro universo, mas ainda falando sobre ancestralidade, a marca Seja Balbina mostra em suas peças todo o talento e dedicação das mulheres da cidade de Feira de Santana, na Bahia, ao misturar manualidades como fuxico e patchowork a tecidos minimalistas e naturais como o linho, algodão e viscose, feitos para vestir todos os tipos de corpos.
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E, para fechar, não poderiam faltar as marcas de bolsas, Casa de Maria, do Pernambuco, que é braço empreendedor e de design no Aria Social, ONG que educa e profissionaliza através da arte; A piauiense, Xique-xique, que explora as técnicas manuais das artesãs experts em tear da comunidade de mesmo nome presente no Piauí e, a marca alagoana Carlotte, que tem em sua essência elementos urbanos, e trabalha a valorização dos materiais nobres, artesãos locais e a manufatura minuciosamente elaborada.