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Movimento Sou de Algodão e Riachuelo se unem em prol da moda responsável

Foto: Manuel Nogueira e Layla Motta

A Riachuelo, uma das maiores empresas de moda do Brasil, oficializou nesta sexta-feira (07.10), a adesão como parceira do Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores do Algodão (Abrapa), que conta com a participação de mais de 1.100 marcas de diversos segmentos. O anúncio ocorre na mesma data em que é comemorado o Dia Mundial do Algodão, lançada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra, na Suíça, com o objetivo de enaltecer uma das matérias-primas que mais dinamizam o meio agrícola, a economia mundial e brasileira, já que o País é o quarto maior produtor do mundo.

Rumo a novas soluções e a um novo jeito de fazer moda, a Riachuelo, por meio do CRIA!, movimento da marca para materializar a responsabilidade com a sociedade e com o meio ambiente, conheceu de perto o trabalho do Sou de Algodão, após  experiência imersiva na Cotton Trip, iniciativa do movimento que leva gestores de grandes marcas brasileiras até os campos de algodão.

 “Tivemos o imenso prazer de conhecer de perto o movimento que promove a produção responsável da fibra, algo essencial para a Riachuelo que atua fortemente na preservação da cadeia de valor para ofertar produtos que causem menos impactos ambientais desde a extração da matéria-prima até a entrega do produto na arara”, diz Valesca Magalhães, gerente executiva de sustentabilidade da Riachuelo.

Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, é muito importante a presença de todas as marcas parceiras, desde o pequeno empreendedor até grandes varejistas. Ele ressalta que a entrada da Riachuelo só ajuda a comprovar o quanto o trabalho do Movimento reforça e fortalece a união da cadeia, que vai além da fazenda. Dessa forma, a indústria e a mão de obra nacional também são valorizadas.

“A nossa intenção é diminuir as distâncias entre os diferentes públicos e realizar a comunicação com os consumidores, envolvendo os produtores de algodão e a cadeia têxtil. Ao mostrarmos que a fibra é o elemento que nos conecta e demonstrarmos a importância de cada agente, unimos todos em torno de um único propósito e rompemos os limites entre cada setor para que eles possam se comunicar”, explica Busato.

Foto: soudealgodao.com.br

Constantemente reafirmando seu compromisso de mitigar impactos ambientais na cadeia, a Riachuelo é membro da Better Cotton Initiative (BCI) e segue investindo em matérias-primas mais sustentáveis e certificadas, como a viscose produzida a partir da celulose extraída da madeira, onde ocorre a “quebra” do material por meio de processos químicos, até se obter a fibra. Com a certificação Lenzing ou Birla, a matéria-prima é proveniente de madeiras originadas de manejo florestal responsável, além de o processo produtivo possuir rígidos padrões ambientais relacionados a recursos hídricos e emissões.

Potência na produção de algodão, o Brasil, segundo maior produtor de denim e o terceiro na produção de malhas.  Atenta ao mercado e preocupada com o setor, a Riachuelo, além de prezar por matérias-primas mais sustentáveis, possui um jeans mais sustentável com fibras têxteis mais sustentáveis, energia 100% renovável e com uma redução de até 85% na utilização de químicos. Para se ter uma ideia, o jeans, para ser produzido, consome até 90% menos de água em relação aos processos convencionais. A participação da Riachuelo no Movimento Sou de Algodão reforça ainda mais a atenção para o cultivo e produção sustentável do algodão usado em 89% na fabricação das peças no parque fabril da marca em Natal e Fortaleza.

“Estamos felizes em fazer parte deste Movimento tão significativo para a cadeia da principal matéria-prima usada na nossa confecção. Acreditamos que essa parceria será essencial para promover a importância de se fazer uma moda mais responsável, conscientizando e mobilizando a sociedade e clientes a abraçarem essa causa”, diz Valesca.

Foto: Divulgação

Dia Mundial do Algodão

No Brasil, a Abrapa representa os produtores que cultivam da fibra, com a ajuda de suas nove associações, que juntas conseguem oferecer mais de 84% da produção com a certificação Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e cerca de 92% da produção em regime de sequeiro, cultivado apenas com a água da chuva, tornando o Brasil uma referência na produção responsável, além de ocupar a quarta posição de maior produtor do mundo e conseguir atender a indústria nacional em, praticamente, sua totalidade. A fazenda só é certificada se atender a um extenso protocolo com mais de 180 itens distribuídos em 08 critérios, como contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil e análogo ao escravo ou em condições degradantes ou indignas, desempenho ambiental e boas práticas agrícolas.

Neste sentido, para garantir boas práticas e o respeito aos direitos humanos dos trabalhadores, os fornecedores da Riachuelo passam por auditorias periódicas e são certificados Abvtex. E, desde 2017, a marca apoia o Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (InPacto), organização não governamental que tem como missão promover a prevenção e a erradicação do trabalho escravo na cadeia produtiva. A companhia segue com a certificação no aplicativo Moda Livre, que monitora a indústria têxtil e de vestuário, sendo uma das marcas mais bem colocadas no ranking de responsabilidade.

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